18 junho 2007

Uma história da Maçonaria Britânica (1737-1763)

A crise precipitada pelo apoio da Grande Loja ao Príncipe de Gales culminou em 1741, com a parada solene da Grande Loja em Londres a ser interrompida por tumultos. Em 1747, a Grande Loja sentiu-se incapaz de continuar a organizar a sia parada pública anual. Em 1751, formou-se a Ancients Grand Lodge (Grande Loja dos Antigos), reflectindo a crescente divisão do mundo maçónico.

Em Inglaterra, esta crise de autoridade da primeira Grande Loja evidentemente que conduziu a uma saída de muitos elementos. No entanto, nessa mesma altura a Maçonaria difundia-se para além das Ilhas Britânicas. Benjamin Franklin tinha impresso uma edição americana do Livro das Constituições em 1734 e, por volta de 1740, foi instalado Grão-Mestre Provincial de Filadélfia.

Entretanto, à medida que a Maçonaria se espalhava pelo Mundo, tornava-se uma maior fonte de conflitos. As discordâncias entre as Maçonarias francesa e inglesa, por vezes reflectindo o explícito envolviento jacobino, criou tensões entre as Grandes Lojas de França e de Inglaterra. Por outro lado, a suspeição papal, que resultou numa série de bulas papais contra a Maçonaria a parir de 1738, tornaram a Maçonaria uma actividade arriscada na Europa Continental. O livro, que foi um êxito de vendas, descrevendo os tormentos de John Coustos às mãos da Inquisição Portuguesa contribuiu para dar ênfase a uma imagem da maçonaria Britânica anti-católica, o que também é ilustrativo de como a Maçonaria se tornou uma instituição com uma marca política e social.

(Prossegue-se na divulgação do trabalho do Professor Andrew Prescott, que constituiu a sua lição de despedida do Center for Research in Masonry da Universidade de Sheffield)

Rui Bandeira

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