02 junho 2009

Da Regularidade

No sitio( como o Rui Bandeira gosta de Dizer) da GLLP publicou o Grande Correio Mor a sua nota do mês de Junho.
Dado o tema que aborda e tendo em conta também os textos trazidos aqui a semana passada penso que faz todo o sentido publicar aqui, também, esta nota.


"
Não é maçon quem quer. Não é por alguém se proclamar maçon regular que efetivamente o é. Não é por uma organização se arrogar de integrar a Maçonaria que na realidade nela se integra. Não é por uma organização se pretender ou anunciar ser regular que realmente o é.

Um maçon deve ser reconhecido como tal por seus Irmãos - os demais maçons. Um maçon é maçon regular se assim for reconhecido pelos maçons regulares. Uma Obediência, uma Grande Loja ou um Grande Oriente, é regular se como tal for reconhecida pelas Potências regulares da Maçonaria.

O ato que identifica, aceita, proclama, uma Grande Loja ou um Grande Oriente como regular é o Reconhecimento.

Alguns - geralmente aqueles que não são reconhecidos como regulares ou que se integram em organizações que não são reconhecidas como Obediências Maçónicas Regulares - por vezes clamam que o reconhecimento é um mal, uma inutilidade, uma burocracia, uma forma de algumas Potências se arrogarem poder que não têm ou não deviam ter, porque - bradam esses - ser maçon é ou deveria ser um estado de espírito, uma postura ética, e tal seria do foro íntimo de cada um. e como cada um é livre de se associar a quem quiser, como quiser, quando quiser, todas as organizações que se reclamam de maçónicas deveriam como tal ser aceites.

Convém este raciocínio a quem não é reconhecido maçon regular ou às organizações que não são aceites como regulares...

Mas a Regularidade não é uma palavra nem um conceito oco. A Maçonaria regular é uma organização iniciática que segue princípios estritos - e que devem ser escrupulosamente seguidos. Ninguém é obrigado a ser maçon regular. Mas quem o quiser ser tem de seguir e praticar os Princípios da Regularidade - e fazê-lo de forma inequívoca, de forma a que os demais maçons regulares... reconheçam que assim é!

A Maçonaria Regular é o modelo original, instituído desde tempos imemoriais e organizado na sua forma moderna desde o início do século XVIII. É o produto genuíno. Aquele por que as imitações aspiram a ser tomadas. As imitações por vezes arrogam-se de serem o produto genuíno ou, pelo menos, de serem como o produto genuíno. Mas não o são! Daí que as Grandes Lojas e Grandes Orientes efetivamente seguindo escrupulosamente os princípios da Maçonaria Regular tenham que garantir que só quem cumpra essas regras seja aceite no honroso grupo daqueles que são reconhecidos pelos seus pares como regulares.

Ser maçon regular é difícil. Ser reconhecido como maçon regular implica o contínuo e incansável cumprimento das regras da regularidade, sempre, em todos os momentos e circunstâncias. E sujeitar-se ao escrutínio dos seus pares quanto a esse contínuo e efetivo cumprimento.

Daí que não seja regular quem se afirma como tal, mas apenas quem é reconhecido como tal pelos maçons e pelas Obediências regulares. Daí a necessidade de regras, de princípios de reconhecimento. Daí a imprescindibilidade do Reconhecimento - por muito que isso desagrade a quem não é reconhecido como maçon regular!

A Grande Loja Legal de Portugal/GLRP é a única Obediência maçónica portuguesa reconhecida como regular pela Maçonaria Regular Universal. Pelas sete partidas do Mundo, por quase duzentos Grandes Orientes e Grandes Lojas. E integra-se de pleno direito e de corpo inteiro nesse restrito e honroso grupo das Potências Regulares. E ela própria reconhece como regulares perto de duzentas Obediências Regulares sedeadas nas sete partidas do Mundo.

Na parte do sítio dedicada ao Reconhecimento divulgam-se os princípios universalmente seguidos para que uma Potência Maçónica seja reconhecida pelas demais como Regular e a lista das Grandes Lojas e dos Grandes Orientes que reconhecem a GLLP/GLRP e são por esta reconhecidos como Regulares.

Rui Bandeira - Grande Correio Mor - sitio da GLLP www.gllp.pt "


Editado por
José Ruah

26 comentários:

Nuno Raimundo disse...

Boas...

Este texto veio mesmo a calhar.
Aqui há uns dias atrás houve uma convenção em Lisboa organizada por uma Obediência Maçónica que se arroga de regular.

Pode o painel do blog esclarecer essa situação?

Como outra obediência se designar regular se em Portugal somente a GLLP/GLRP se afirma ou é reconhecida como tal?

abr...prof...

Jose Ruah disse...

Agrageço um esclarecimento qual foi a instituiçao que organizou a convenção? - Para me documentar .

Jose Ruah disse...

A GLLP/ GLRP não se afirma regular, é RECONHECIDA como tal.
Para isso cumpre uma serie de procedimentos e preceitos.

Quanto aos Demais, excluindo aqui o GOL organizaçao de Maçónica Liberal e de grande prestigio, pois são de mais.

Quem de direito está na 1ª Liga, os outros jogam em ligas de recurso e anunciam grandes feitos de forma estrondosa para criar a impressão de são de constelaçoes superiores.

A Cada um as suas acções.

Nuno Raimundo disse...

Boas José...

A Obediência que referi é a GRANDE LOJA NACIONAL PORTUGUESA, que organizou uma convenção internacional com outras potências maçonicas nos dias 22 a 25 de Maio passado, e em que até um canal de tv ( penso que a TVI, não me recordo bem) fez publicidade no seu jornal da noite a esta convenção.

Quando falei em "afirma ser regular" é porque respeita os Landmarks e respetivas regras para que então, seja "reconhecida como regular" por outras obediências regulares.
:)

abr...prof...

Rui Bandeira disse...

@ NuNo_R:

Mas não possui regularidade de origem, já que não foi criada regularmente por uma Grande Loja devidamente reconhecida nem por três Lojas regularmente constituídas. Esta entidade foi criada por alguns elementos que cindiram individualmente da então GLRP e eles próprios criaram uma ou mais Lojas (portanto não regularmente constituídas).
O primeiro princípio do reconhecimento visa precisamente evitar proliferação de Obediências através decisões - até porque estas são, por natureza, anti-maçónicas, já que resultam ou têm origens em vãs lutas por vão poder...

Rui Bandeira disse...

@ José Ruah:

Gosto de dizer "sítio" e não"site", porque orgulhosamente falo e escrevo em português - e onde existe uma palavra em português, não uso a similar em inglês...

Aliás, só digo e escrevo "Internet" - e não, por exemplo, "Interrede" - porque, como é manifesto, a palavra "Internet" foi já adotada correntemente pela língua portuguesa.

Diogo disse...

Rui Bandeira: «Mas não possui regularidade de origem, já que não foi criada regularmente por uma Grande Loja devidamente reconhecida nem por três Lojas regularmente constituídas»

Que grandes burocracias... que o enriquecimento espiritual exige...

Rui Bandeira disse...

@ Diogo:

Não, Diogo, está enganado.

Infelizmente o que torna necessárias essas "burocracias" é o falhanço do enriquecimento espiritual de quem não consegue dominar suas paixões (orgulho, vaidade, inveja, etc. - cada caso é um caso) e troca o trabalho de aperfeiçoamento que deve fazer por vãos pseudo-poderes, títulos vazios ou penduricalhos de lata.

O que torna necessárias essas "burocracias" é o esquecimento ou desprezo pelo princípio de que cada um se aperfeçoa através do grupo e que, portanto, o grupo é um meio, não um fim, e que portanto não importa o lugar que se ocupa no grupo ou que responsabilidades se têm. Lugares e responsabilidades só são úteis se assumidos unicamente numa pespetiva de serviço. Por exemplo, a função que me foi confiada um dia ser-me-á retirada e confiada a outro. Pode ser já amanhã ou algures mais tarde. A única coisa que me importará é que, enqunato a exerça a exerça o melhor que posso e sei - e que os meus Irmãos assim o venham a considerar.

Nunca cincdirei - porque não busco honras, penachos ou tachos, apenas procuro a ajuda dos meus Irmãos e do frupo para ser, em cada dia, um pouco menos mau.

É por isso que não tenho respeito nenhum por quem colocou projetos pessoais, querelas, ãnsias de poder, posição ou reconhecimento à frente do que devia ser o seu único objetivo: tentar ser melhor.

PS: É bom saber que, embora calados, ambos andamos atentos...

Nuno Raimundo disse...

Boas RUI...

Obrigado pelo esclarecimento.

:)

abr...prof...

Diogo disse...

Caro Rui, estava com saudades suas. Gosto de um bom, frontal e honesto debate. Que as sua novas funções não o afastem desta caixa de comentários.

Abraço

jpa disse...

Olá a todos;

Por azar ontem estive longe da net, por isso comento hoje.

Para já, " Bem vindo ao seu sítio " Sr. Rui Bandeira, a "malta" estava com saudades suas.

Já comentei anteriormente que se deve separar o trigo do joio. Estas obdiências regulares que apareceram após a cisão assim como a que se define como GLRP, são efectivamente o joio. A GLNP é inclusivé mista.
Acreditando que a maioria dos seus elementos são Homens Livres e de Bons Costumes, devem estes tentar a sua entrada na GLLP, as Mulheres Livres e de Bons Costumes que tentem a sua entrada na Maçonaria Femenina da GOL, ou nos Direitos Humanos, deixando de trabalhar em Maçonaria à Glória do GADU.
Os que querem Poder, que se dediquem a outras actividades.

Cumprimentos
JPA

Jose Ruah disse...

@JPA

Percebendo o que quer dizer, não é assim tão simples o ingresso na GLLP de quem anda por estas instituiçoes que classifica de joio.

De entre as varias perguntas que tenho ainda para responder uma delas aponta para este tema pelo que quando a ela responder vou tentar esclarecer melhor esta questão.

PURPOSES disse...

Meus Caros,
Desculpem a intromissão. Estou adormecido da GLNP por estar no estrangeiro. Já há três anos. Mas li estas notas. Vou dar o meu contributo pessoal e não vinculativo da GLNP.
Mas que grande trapalhada vai por aqui...neste blog.
Para esclarecer e não para comentar:
1/ A GLNP (Grande Loja Nacional Portuguesa) é masculina. De onde veio essa ideia de ser mista? Onde se baseiam para essa informação tão fidedigna? Que mulher foi iniciada?
2/ A GLNP foi constituída com 4 Lojas regulares e 50 homens. Claro que houve lideranças, rostos visíveis. Mas o desconhecimento não se pode traduzir em verdades factuais. Conhecem os nomes dos que assinaram as Actas da Assembleia Geral da fundação da Grande Loja? Ou gostam de comentar aquilo que não sabem?
3/ Permitam-me que acrescente que quando for possível aceder aos dados histórico dos documentos terão uma boa surpresa. E, com verdade, quando a GLNP e a GLLP foram formadas houve uma grande confusão. Era a GLNP, a GLRP e a GLLP a invocarem terem as mesmas Lojas e o direito sobre elas. MAs onde estavam de facto essas Lojas? Umas na GLNP. Outras na GLLP. Outras na GLRP. Outras no GOL. E outras Lojas em lado nenhum. E muito maçons a aderirem a umas e a outras Obediências. E outros a adormecerem. Por isso deixemos as palavras que valem apenas a dimensão do vento...Os factos, as assinaturas, as fichas, as actas falam por si. E tanto quanto sei enquanto andei por aí nunca foi uma preocupação da GLNP relacionar-se com a GLLP. E posso garantir que há maçons da GLLP a participarem em sessões nas Lojas da GLNP. Nas sessões do GOL e outras.
4/ Por mais que insistam, a regularidade que apregoam, a vossa regularidade não é desejável por outros irmãos. Nem dos Irmãos do GOL. Mas pelos vistos nem dos Irmãos da GLNP, GLRP, GLTP, Feminina e Direito Humano. Estão todos doidos e enganados? Querem todos participar nessa regularidade que é tão amável e relevante?
Não quero pois ir mais longe. Temos o direito de ser livres. Como homens e como maçons. E por isso parece-me que vivem mais perto da filosofia fundamentalista.
E já agora quem consagrou a GLLP?
E já agora quantas Lojas formaram a Grande Loja Nacional Francesa? Eu respondo-lhe a esta última questão: DUAS. E se assim for (confirme e responda) a GLRP (inicial) é IRREGULAR vista nesta vossa perspectiva.
Se assim for deixo-lhe os cumprimentos ou o abraço fraterno?
José Mário Peixoto

PURPOSES disse...

Senhores,
Só mais uma nota.
Aqui em França visito todas as Lojas de todas as Obediências. Faço pranchas que são lidas em todas as Lojas que visito. Umas vezes visito as Lojas do Grande Oriente de França. Outras vezes visito as Lojas da Grande Loja de França. Outras vezes visito as Lojas da Grande Loja Nacional Francesa. E em nenhumas me apercebo do que fazem por aí em Portugal.
Aqui em França ninguém perde tempo com esses assuntos. Ninguém escreve matéria sobre essas questões que não fazem evoluir a vida dos homens.
Eu não quero utilizar a vossa expressão "partir pedra". Que pedra?
Quero antes ser sensível e dizer-vos que tenho muito pena que no meu País se cultive animosidades. Com maçons de várias Obediências. E sempre que leio alo na internet sois sempre vós os que mais se animam e se esforçam num diálogo que nem os profanos usam uns com os outros. E para terminar, sem comentários, mas com observações, não sei bem se esta vossa prática ajuda mais a GLLP ou a prejudica. Por parecer que monopolizam a vossa informação. Escrevem aqui...escrevem no vosso sitio oficial...escrevem e passam a vida a duplicar erros e imagens.
Deiam as mãos. Se não quiserem o modelo francês de entendimento comum, deiam a face. Mas para quem vive no estrangeiro não é fácil ver portugueses que mais parecem árabes fundamentalistas.
Uma coisa é defender as regras; outras é ocultar as regras para nós e sem sabermos encontramos deficiência naquilo que desconhecemos.
Fiquem cientes que a Grande Loja Nacional Francesa foi apenas constituída com DUAS LOJAS. E se assim for (eu concordo com a regra) mas, se assim for, a GLRP é IRREGULAR. ALiás, nem irregular
é...simplesmente não é maçónica. È uma associação de pessoas de bem...e a GLLP e a GLNP e a GLTP são TODAS elas associação profanas com gente de bem. Será?
Para vossa reflexão.
Por ser verdade, só o GOL é uma Obediência maçónica.
Será?
Vamos pois assim pensar sobre esta legitimidade?
Vou de férias a Portugal. E posso dar-vos documentos que provam essa informação. Que aqui em França todos conhecemos. è por isso que aqui em França já ninguém liga a isso. Só a GLNF se preocupa. MAs por outras razões. Precisa dessa filosofia poara segurar os acordos para "segurar" as GGLL europeias e africanas que ficam sob a sua "alçada".
JMP

PURPOSES disse...

Para facilitar a vossa pesquisa.
20 de Novembro de 1913 é criada a Grande Loja Nacional e Independente e Regular para a França e Colónias Francesas.
Sigla: GLNIR
Criada por DUAS LOJAS.
"Centre des Amis" e "Amis et L'Anglaise" de Bordeaux.
Com duas Lojas ( só duas Lojas) foi reconhecida pela Grande Loja Unida de Inglaterra. Que aqui se escreve: "Grande Loge Unie d'Angleterre".
Transforma-se a 29 de Outubro de 1948 em GLNF.
Como podem ver não estão cumpridos os requisitos da REGULARIDADE.
A GLNF não é regular?
Se uma GL (que nem é irregular)apenas é uma associação profana consagra uma GLRP, temos pois uma GL regular (GLRP)? Ou outra associação profana?
E não se esqueça que a GLLP não foi consagrada. A GL que foi consagrada foi a GLRP. E se não foi consagrada há aqui também falhas maçónicas que são graves. Invalidando os trabalhos que foram feitos. Isto é, não temos maçons desde a sua fundação, mas pseu-maçons portugueses.
Para além disso há aqui mais uma acto de jurisdição legal maçónica. Uma Grande Loja (na maçonaria regular) tem de ter o mesmo nome profano e maçónico. Não há nomes simbólicos na maçonaria regular. Há pois quem defenda a ideia que até por aí há situações que são discutíveis.
E ainda há mais....
Mas deixemos isso para depois.
Eu gostava que alguém com capacidade da escrita da GLNP escrevesse sobre este assunto. Que fizesse uma trabalho profundo sobre estas situações que todos conhecemos. Mas no dia-a-dia como temos outras preocupações. Ficam aqui estas notas. Um contributo.
JMP

Rui Bandeira disse...

@ PURPOSES:

Os atuais requisitos do reconhecimento foram criados em 1929 pela UGLE. Em 1915, quando a UGL ereconheceu a antecessora da GLNF não existia o requisito da criação por três Lojas Regulares.

A GLLP/GLRP é a MESMA Obediência que, sob a sigla GLRP, foi consagrada em 1990 pela GLNF. Foi devido à usurpação dessa sigla pela cisão da Casa do Sino que, para evitar polémicas estéreis, se decidiu mudar o nome.

Por muito que custe a quem custar, o reconhecimento internacional da regularidade é o que é e é dado a quem é dado...

Não inicio polémicas com ninguém. Pelo contrário, limito-me a responder a quem inicia as mesmas...

E esta questão da Regularidade e do Reconhecimento já está de há muito esclarecida. Não ao gosto de todos, bem sei...

Jose Ruah disse...

@purposes

Ora que grande confusao que para aqui vai.
Para quem se arroga o direito de vir aqui dizer que sabe ler e escrever conclui-se que nao sabe soletrar.

Para alguem que afirma com convicçao que está adormecido, seja isso que for, porque nao entendo sequer o conceito, mas que apregoa aos sete ventos que frequenta todas as obediencias e que apresenta pranchas.
Mesmo que a sua loja mae tivesse convencoes com todas, para lhe emitir um passaporte nao poderia estar adormecido. Mas enfim isso saõ coisas de menor dimensao.

Acusa-nos de informar menos correctamente, nomeadamente de afirmar que a GLNP é mista.
Agradeço que nos diga em que post neste blog leu isso.

Quanto ao resto dos seus comentários, por ininteligiveis não merecem sequer uma tentativa mais concentrada de leitura.

Talvez merecessem se soubesse soletrar, mas aí deixava de saber ler e escrever e parece-me que gosta de escrever e sobretudo de se ler a si proprio.

Nesse sentido, sugiro-lhe a criaçao do seu proprio Blog onde poderá com toda a liberdade dizer de sua justiça.

Neste blog para comentar, nao chega dizer mal, é preciso ter capacidade para o fazer.

PRUDANCE disse...

Para não ser “corrido” como fizeram ao José, apenas solicito esclarecimentos. Mas façam-no, se quiserem, sem cátedra. Expliquem e fundamentem para eu perceber. Sou um pequeno Aprendiz. Mas com ideias. Não estou aqui a perguntar qual o nome da vossa Obediência. Nem o que fazem num Blog. Que é público. Eu preciso que me expliquem com paciência. E que me possam demonstrar a veracidade da informação. É possível?

Então gostava de ser esclarecido:

O José diz (fiz uns cortes para ser objectivo):
20 de Novembro de 1913 é criada a GLNIR.
A GLNIR foi criada por DUAS LOJAS: "Centre des Amis" e "Amis et L'Anglaise" de Bordeaux.
Com duas Lojas (só duas Lojas) foi reconhecida pela Grande Loja Unida de Inglaterra (UGLE).
Transforma-se a 29 de Outubro de 1948 em GLNF.
Como podem ver não estão cumpridos os requisitos da REGULARIDADE.

O Sr. Rui escreve:

Os atuais requisitos do reconhecimento foram criados em 1929 pela UGLE. Em 1915, quando a UGL ereconheceu a antecessora da GLNF não existia o requisito da criação por três Lojas Regulares.

Agora eu:

O Sr. Rui diz que “Os actuais requisitos de RECONHECIMENTO…” E diz bem….Não são requisitos de Regularidade. São requisitos de reconhecimento adoptados em 1929. Para mais adiante dizer “quando a UGLE reconheceu…”(RECONHECEU). De acordo!

E o que reconheceu?

Por onde anda a palavra REGULARIDADE?

Lida em contra-senso, segundo a vossa explicação, pela regra de 1929 a GLNIR foi criada de forma irregular em 1913. Mas se foi criada antes de 1929 já é regular. Então há uma lei (de regularidade) conforme os tempos e por quem a pratica? Isto não é tradição. Isso não é regularidade. A regularidade está associada à tradição.

Então do que estamos a falar?

Falamos de regras de reconhecimento? - Só reconhecemos Grandes Lojas que tenham sido reconhecidas por uma de nós (pelas três Obediências que fizeram o acordo) a partir desta data (1929).

Uma vez mais não são regras de regularidade, de tradição.

Voltemos à GLNF.

A regra foi estabelecida em 1929; a GLNF foi constituída em 1948.
De onde vieram as três(3) Lojas regulares para constituírem a GLNF em 1948?

Não vieram de lado nenhum.

A GLNF (antes GLNIR) foi criada (SÓ!) com duas Lojas tal como indicou o José. Pois é… E contra factos não há argumentos.

Voltemos a colocar o pensamento em Ordem.

A GLNF foi criada em 1948. Foi criada 33 anos depois da GLNIR ser reconhecida pela UGLE. Estamos perante este facto. Há 33 anos a UGLE reconheceu uma GL só com duas Lojas. Mas já passaram 33 anos…agora as regras são outras. São as de 1929. Tudo pode ser regularizado. As duas Lojas antigas e uma terceira Loja permitem regularizar esta situação.

De onde veio a terceira Loja?

De lado nenhum…

A GLNF (antes GLNIR) foi criada (SÓ!) com duas Lojas tal como indicou o José. Pois é… E contra factos não há argumentos.

Perante a defesa das ideias que têm feito, podemos concluir que a GLNF é irregular?

Cumprimentos,
José Brandão.

A Jorge disse...

@purposes

Antes de mais deixe-me tranquilizá-lo - nunca ninguém foi "corrido" (a expressão é sua), por discordar do que é mencionado neste blog, já que um dos seus objectivos é precisamente esse - permitir a discussão, nem sequer esse "José" que refere e que não sei quem é.

Contudo, há diversas formas de discordar. Pode-se discordar tentando contruir algo, porque acreditamos que podemos contribuir para melhorar; pode-se discordar tentando destruir, porque nada temos e achamos que nesse caso os outros tambem nada devem ter.

No seu caso, já deu para perceber que esta questão da regularidade o incomóda. É um erro. Pelos vistos sente-se bem numa organização não regular - óptimo. Nós sentimos-nos bem numa organização regular - óptimo para nós. Aparentemente, estamos todos onde queremos estar...

A regularidade não se ganha na "secretaria" - ganha-se respeitando regras e sendo-se reconhecido como tal. Como alguém disse "não somos um país porque queremos, mas porque nos reconhecem como tal".

Mas tudo isto é irrelevante para si o que torna esta discussão desnecessária. Afinal de contas, parece que não atribui qualquer valor à regularidade, só o incomoda que outros a tenham.

Cumprimentos
AJ

P.S.: pelas afirmações que faz, parece que não está adormecido, já que continua a fazer pranchas e a visitar lojas - talvez esteja somente atordoado...

PRUDANCE disse...

Aos Senhores,

DESISTO de ir mais longe.

Algumas notas.

1/ Não sou o José.

2/ A regularidade não me incomoda. Incomoda-vos! Por isso insistem tanto que são regulares e os outros irregulares. Algo a encobrir?

3/Não esclareceram os factos apresentados sobre a GLNF e as consequências que daí derivam. Nem esclarecem, nem os desmentem. Nem querem ir mais longe.

5/ Não o fazem por serem factos! E o que li e escrevi é uma gota de água de irregularidades na formação da GLNF e, consequentemente, em todas aquelas que daí derivam (GLRP, GLLP, GLNP e GLTP, para além de outras noutros países.

6/Sendo factos posso concluir que nem são regulares nem irregulares. São uma associação de pessoas de bem, de reflexão maçónica.

7/Perante o confronto de uma situação formal objectiva, eu, o josé e quem aqui vier será sempre alguém que "torna esta discussão desnecessária".

8/ O José não esclareceu o Sr. Ruah. Mas eu fiz um copy/past dos comentários que ninguém fez o favor de desmentir. A GLNP não é mista. Aqui está o texto:

Para já, " Bem vindo ao seu sítio " Sr. Rui Bandeira, a "malta" estava com saudades suas.

Já comentei anteriormente que se deve separar o trigo do joio. Estas obdiências regulares que apareceram após a cisão assim como a que se define como GLRP, são efectivamente o joio. A GLNP é inclusivé mista".

9/ Nada me move contra este blog que é útil e interessante. Mas na minha opinião tendencioso. Hummm, agora já não sou um homem de bem e aquilo que o José escreveu, que eu escrevi, são (cito)"ininteligiveis não merecem sequer uma tentativa mais concentrada de leitura".
Que grande esclarecimento. Bravo!

10/ Vejam ainda o que dizem do José "... se soubesse soletrar, mas aí deixava de saber ler e escrever e parece-me que gosta de escrever e sobretudo de se ler a si proprio". Bravo! Bravo! Bravo!
Para que fazem pranchas para este Blog? Quem as assina? Algum profano requereu as vossas reflexões? Para que as tornam públicas e não reservadas ao espaço das Lojas? Foi por algum baixo assinado profano que acederam publicar ASSUNTOS MAÇÓNICOS neste Blog?
Se não reconhecem o José, eu e outros COMO MAÇONS, a vossa responsabilidade aumenta. Somos "profanos", senhores "maçons".

11/ Aquilo que escrevo agora não vos é dirigido em termos pessoais, nem a qualquer organização. Mas visa as afirmações por vós efectuadas e as respostas aqui publicadas.

12/ Percebi que não conhecem bem as práticas maçónicas noutros países. Mas a situação do José é frequente. Há convites de maçons activos a maçons adormecidos para que visitam de vez em quando as Lojas das suas Obediências. Vejo que são muito rápidos a fazerem maus juízos sobre os outros.

13/ Estou activo. Não estou adormecido. E eu vivo em Portugal. E assumo visibilidade se o desejarem. E envio pranchas (que podem ser contrárias ao vosso pensamento e afirmações, devidamente fundamentas e com critérios apresntávies) se as publicarem. E podem também criticar, arrolar oposição a elas...Aprendi a viver em liberdade e em aceitar o contrário, o oposto, como uma mais valia e como um desafio.

14/Quando tiverem de fazer um juízo de valores sobre o GOL, GLRP, GLLP, GLTP, Direito Humano e Feminina comecem por Vós.

Não agradeço o o abraço fraterno por não ter sido enviado. Mas eu envio daqui aquilo que mais apreciam. O meu melhor abraço fraterno e como dizem os irmãos brasileiros, um beijo nos vossos corações. São de certeza bons homens e bons maçons. Mas a precisarem de "partir muito a pedra". Mais Loja e vivência em família e menos público e publicidade seria útil. Não?!
Sempre com amizade, é-me indiferente!

PRUDANCE disse...

DE MOMENTO DEI POR TERMINADO ESTE ASSUNTO. VOLTAREI SE FOR NECESSÁRIO.ISTO NÃO É UMA AMEAÇA!NEM ISSO ME OCORRE, MAS CONVÉM ESCLARECER POR SER UM LOCAL PÚBLICO: É APENAS FIRMEZA!
VAMOS TRABALHAR! BOA NOITE!

J.Paiva Setúbal disse...

Este nosso “jovem” comentarista e pelo que me parece grande educador da classe… operário-maçónica tem uma forma curiosa de encher espaço escrito.
Venho aos comentários, agora, só mesmo para chatear…
É que eu sou um desobediente !
Venho “apenasmente” afirmar que me vou deitar.
Recuso a ordem para ir trabalhar ! Vou pr’a cama.
E agora venha cá o comentarista José, Peixoto, Brandão, Prudência, Mário, ou lá o nome que quiser mandar-me trabalhar.
Não vou fazer mais nada. Vou para a cama. (isto é um ponto final !)
Sempre quero ver quem é mais firme.

PRUDANCE disse...

JPSETUBAL!

NÃO .....RSRSRSRSRS!
TAMBÉM VOU DORMIR. POR TER TRABALHADO. E O JPSETUBAL VAI DORMIR PORQUE SÓ AGORA "ACORDOU". MAS NÃO LEVE OS AVENTAIS PARA A CAMA E GUARDE A REGULARIDADE NO FRIO. NÃO SE VÁ ESTRAGAR...RSRSRSRSRS!

J.Paiva Setúbal disse...

áh...áh...áh...
É uma gargalhada reconhecida como regular !

Rui Bandeira disse...

@ Prudance:

O seu comentário inicial, bem como o de PURPOSES, relativamente à constituição da antecessora da GLNF apenas por duas Lojas padece de um erro que afeta todo o vosso raciocínio: é que a cregra de constituição de uma Grande Loja por um mínimo de 3 Lojas não é uma condição de REGULARIDADE, mas apenas (e só a partir de 1929) de RECONHECIMENTO pela UGLE.

A REGULARIDADE afere-se pelo estrito cumprimento das 12 Regras da Regularidade (em português, ver http://www.gllp.pt/12-regras.html). E estas não postulam o requisito de constituição de Grande Loja por um mínimo de 3 Lojas.

Quando muito, e se essa constituição tivesse ocorrido depois de 1929, teria acarretado o não-reconhecimento pela UGLE, sem que a situação tivesse sido modificada.

Assim, o eventual "pecado original" da antecessora da GLNF não acarreta para esta ou para a GLLP/GLRP a irregularidade - e estão os caros PURPOSES e PRUDANCE errados.

Há que ter presente que REGULARIDADE e RECONHECIMENTO são conceitos diferentes. Uma Loja pode ter uma prática de REGULARIDADE, mas não obter RECONHECIMENTO (por advir de uma cisão não aceite, por exemplo).

E, caro PRUDANCE, queira ter em atenção que, comigo, não vale a pena apodar-me disto ou daquilo, ou dizer que eu devia antes fazer assim ou assado.Nunca responde nesse registo.Se e quando entendo que há questões de fundo a esclarecer ou em relação a que eu possa dar o meu contributo, respondo - deixando no merecido oblívio ataques pessoais, considerações desprimorosas, argumentos ad hominem. Se nem isso me parece útil, deixo quem usa desnecessária agressividade a falar sozinho!

Não é por nada de especial, é apenas porque é assim que eu entendo que um maçon se deve comportar.

E, para que não existam qui pro quos, esclareço que, desde a publicação deste comentário até setembro, nada mais comento ou respondo, pela simples razão de que... vou de férias (mas deixo agendado um texto para a próxima quarta-feira!).

PRUDANCE disse...

Amigo Rui,

Li. Ok. È a sua opinião. Mas desde o inicio que lhe digo que não há qualquer pensamento que lhe seja a si dirigido ou a qualquer um dos senhores orientadores do Blog. Mas é dirigido as afirmações que fazem. E muitas delas contrárias ao pensamento inglês.
Tenha uma boas férias. Aproveite. Eu não sei sei se poderei responder logo ao seu texto. Vou há Holanda. Mas não se ponha para aí a dizer coisas que não deve..eu depois respondo-lhe a "direito".rsrsrsrs e depois vai precisar log de novas férias.