04 abril 2011

Sei Ruhig!



Estive na Polónia no fim de semana passado, razão por que não escrevi o meu costumeiro artigo semanal. Foi uma visita-relâmpago, com visita a Auschwitz e uma voltinha por Cracóvia para desanuviar o espírito. A fotografia acima foi tirada nas melhores "casernas" onde dormiam os prisioneiros; sim, as melhores, que as piores eram todas de madeira, num local onde a temperatura desce frequentemente abaixo dos -20 ºC no Inverno.

Na parede que se vê, uma ordem - "SEI RUHIG!", ou "Estejam calados!" - chamou-me especialmente a atenção, pois logo me recordou o meu tempo de Aprendiz e Companheiro, em que também tinha que manter silêncio. Porém, logo, horrorizado, afastei a ideia de sequer comparar duas realidades tão díspares. Contudo, voltei à carga, pensando desta vez: "Porque é que me repugna tanto, afinal, comparar estes dois silêncios? É claro que são muito diferentes, mas o que é que os distingue tanto?"

Ali estava eu, embrenhado nestes meus pensamentos, quando ouço de uma das pessoas que me acompanhava uma observação nestas linhas: "O que me faz mais impressão é que eles não tinham para onde fugir, como mudar nada, eram só conduzidos, não tinham escolha nenhuma. Não tinham liberdade nenhuma, nem esperança de a vir a ter."

De facto, não tinham. O seu silêncio - como tudo o resto - era forçado e imposto para seu prejuízo. Já o meu, só era forçado e imposto enquanto eu quisesse ser maçon - coisa a que ninguém me obrigava - e, mesmo assim, tinha um horizonte temporal. Mas, mais do que isso, era-me imposto em meu proveito. Era, assim, uma liberdade condicionada, para a qual eu tinha uma válvula de escape: podia sempre pedir para sair, coisa que ninguém me impediria de fazer.

Eles... pois, também acabavam todos por sair...

Não tenho alento para escrever mais. Deixo-vos a recomendação de que, se nunca o fizeram, procurem na Wikipédia e no YouTube artigos sobre Auschwitz. Há muita controvérsia sobre o tema, mas a Luz surge do confronto dos opostos - e a liberdade só se pode exercer na escolha entre alternativas...


Paulo M.

26 comentários:

Nuno Raimundo disse...

Boas Paulo,
Boa reflexão a que convidas a fazer ;)
TAF

JPA disse...

Foi terrível.
No entanto está a ser aproveitado, não da melhor maneira.

Cumprimentos
JPA

Diogo disse...

Elie Wiesel é um judeu nascido na Roménia a 30 de Setembro de 1928. Aos 15 anos é deportado para Auschwitz, onde esteve prisioneiro durante dez meses, e depois para Buchenwald. Sobrevivente dos campos de concentração nazis, torna-se cidadão americano em 1963 e obtém uma cátedra de ciências humanas na universidade de Boston. Em 1980, Elie Wiesel funda o Conselho para o Holocausto americano. Condecorado em França com a Legião de Honra, recebeu a Medalha do Congresso americano, recebeu o título de doutor honoris causa em mais de cem universidades e recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1986. O Comité norueguês do Nobel denominou-o "mensageiro para a humanidade."

As suas obras, quase 40 livros, edificadas para resgatar a memória do Holocausto e defender outros grupos vítimas de perseguições receberam igualmente vários prémios literários. Em Outubro de 2006, o Primeiro-ministro israelita Ehud Olmert propôs-lhe o cargo de Presidente do Estado de Israel. Elie Wiesel recusou a oferta explicando que não era mais do que um "escritor". Elie Wiesel preside, nos EUA, desde 1993, à Academia Universal de Culturas.


Elie Wiesel, no seu livro autobiográfico «Noite», onde descreve os dez meses em que esteve prisioneiro no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, não refere uma única vez nenhuma das cinco enormes câmaras de gás que funcionaram em Auschwitz-Birkenau.

E quando os Russos estavam prestes a tomar conta de Auschwitz em Janeiro de 1945, Elie e o seu pai escolheram ir para a Alemanha com os nazis em retirada em vez de serem libertados pelo maior aliado de América. Se tivessem permanecido no campo, teriam podido, dentro de dias, contado ao mundo inteiro tudo sobre o extermínio dos judeus perpetrado pelos nazis em Auschwitz - mas, Elie e o pai escolheram, em vez disso, viajar para oeste com os nazis, a pé, de noite, num Inverno particularmente frio, e consequentemente continuarem a trabalhar para a defesa do Reich.

Excerto do livro «Noite» de Elie Wiesel:

- O que é fazemos, pai?
Ele estava perdido nos seus pensamentos. A escolha estava nas nossas mãos. Por uma vez, podíamos ser nós a decidir o nosso destino: ficarmos os dois no hospital, onde podia fazer com que ele desse entrada como doente ou como enfermeiro, graças ao meu médico, ou, então, seguir os outros.
Tinha decidido acompanhar o meu pai para onde quer que fosse.
- E então, o que é que fazemos pai?
Ele calou-se.
- Deixemo-nos ser evacuados juntamente com os outros – disse-lhe eu.
Ele não respondeu. Olhava para o meu pé.
- Achas que consegues andar?
- Sim, acho que sim.
- Espero que não nos arrependamos, Elizer!



A escolha aqui feita em Auschwitz por Elie Wiesel e o seu pai, em Janeiro de 1945, é de extrema importância. Em toda a história do sofrimento judeu às mãos dos nazis, que altura poderia ser mais dramática do que o precioso momento em que um judeu podia escolher entre a libertação pelos Soviéticos ou fugir com os genocidas nazis para a Alemanha, continuando a trabalhar para eles e ajudando-os a preservar o seu regime demoníaco?

Abraço

Paulo M. disse...

"Oskar Gröning, ex- membro das juventude hitlerista e do partido nazista, fez parte Waffen SS com a idade de 20 anos. Em 1942, depois de dois anos de trabalho administrativo na SS, foi servir em Auschwitz. Inicialmente Gröning acreditava que este era um campo de concentração normal, mas imediatamente observou, como parte de sua iniciação ao trabalho do campo, a chegada de um primeiro comboio de prisioneiros. Após a triagem feita pelo "pessoal médico" da SS, 20% dos recém-chegados eram levados para trabalhar nos campos, enquanto os doentes eram transportados em macas, com o símbolo da Cruz Vermelha, que davam uma ilusão de normalidade.

Gröning fez parte do grupo que levou os prisioneiros inaptos para o trabalho ou doentes até as câmaras de gás, disfarçadas como duchas. Finalmente presenciou a queima dos corpos nos fornos crematórios e a organização dos bens para sua posterior classificação. Gröning solicitou ser transferido para uma unidade de combate, mas seus serviços como administrativos eram requeridos ali e portanto passou cerca de dois anos levando as contas dos bens recuperados dos pertences dos prisioneiros. Ao final da guerra foi feito prisioneiro até 1948. Durante seu interrogatório omitiu seu período em Auschwitz.

Recentemente, cansado do aumento da propaganda negacionista sobre o Holocausto e com a proximidade do sexagésimo aniversário da liberação de Auschwitz, Oskar decidiu testemunhar sobre seu passado nazista. Sua decisão de falar, 60 anos depois, deveu-se a conversações com amigos, convencidos pela propaganda negacionista do exagero montado em torno de Auschwitz." (in Wikipedia)

Abraço,
Paulo M.

Jose Ruah disse...

@Diogo,
O negacionismo no seu melhor, vindo de quem nao tem pejo, nem nunca teve, em distorcer as verdades. Wiesel esteve em Monowitz ( tambem conhecido como Buna) um dos apendices industriais de Aushwitz-Birkenau. Em Monowitz não havia camaras de gás.
Wiesel e mais uns milhares de prisioneiros, os mais capazes fisicamente, foram evacuados por vontade dos Nazis para Buchenwald e para outros campos na Alemanha, numa ultima tentativa Nazi de preservar a mão de obra ESCRAVA. Os prisioneiros seleccionados para essa marcha, conhecida com Marcha da Morte, nao tiveram alternativa outra que aceitar as ordens (poderemos ironicamente considerar um convite musculado) de evacuaçao.
Esta Marcha da Morte acontece de facto em inicio de Janeiro de 1945, quando o Exercito Vermelho se encontrava já muito perto.
Quanto às Camaras de Gás, talvez se tivesse lido mais um ou dois livros como por exemplo os de Primo Levi, ele também sobrevivente de Aushwitz-Birkenau, não dissesse as barbaridades que diz.
Quer as camaras de gás, quer os crematorios existiram, e isso eu posso dizer em primeira mao, porque ja visitei esses campos de morte e vi o que havia para ver.
Ha muito que nao lia o seu fel e veneno destilados com tanta sanha, o que reforça a minha ideia de é Personna non Grata neste blog, na minha opinião.

Diogo disse...

Caro jose Ruah,

A História é uma ciência e, como tal, sempre sujeita a constante escrutínio, donde, julgo que palavras como negacionismo, afirmacionismo ou exterminacionismo não fazem sentido.

Elie Wiesel esteve em Buna, mas principalmente em Birkenau e até no campo principal de Auschwitz. Era impossível não ter ouvido falar das câmaras de gás. Isso pode ser comprovado lendo o livro «Noite» (que comprei).


Ruah: «Wiesel e mais uns milhares de prisioneiros, os mais capazes fisicamente, foram evacuados por vontade dos Nazis para Buchenwald e para outros campos na Alemanha, numa ultima tentativa Nazi de preservar a mão de obra ESCRAVA. Os prisioneiros seleccionados para essa marcha, conhecida com Marcha da Morte, não tiveram alternativa outra que aceitar as ordens (poderemos ironicamente considerar um convite musculado) de evacuação»

Segundo Wiesel, isso não foi bem assim. De tal forma que ele escolheu ir com o pai (podendo terem ficado os dois no campo) com os alemães na «Marcha da Morte»:

Excerto do livro «Noite» de Elie Wiesel:

- O que é fazemos, pai?
Ele estava perdido nos seus pensamentos. A escolha estava nas nossas mãos. Por uma vez, podíamos ser nós a decidir o nosso destino: ficarmos os dois no hospital, onde podia fazer com que ele desse entrada como doente ou como enfermeiro, graças ao meu médico, ou, então, seguir os outros.
Tinha decidido acompanhar o meu pai para onde quer que fosse.
- E então, o que é que fazemos pai?
Ele calou-se.
- Deixemo-nos ser evacuados juntamente com os outros – disse-lhe eu.
Ele não respondeu. Olhava para o meu pé.
- Achas que consegues andar?
- Sim, acho que sim.
- Espero que não nos arrependamos, Elizer!



Caro jose Ruah, não há aqui fel nem veneno. Há apenas um desejo de verdade histórica.

Jose Ruah disse...

@ diogo

http://www.esferadoslivros.pt/livros.php?id_li=%20113

talvez devesse ler mais coisas....

Marcos Amaro disse...

@ Diogo;

Permita-me sugerir-lhe mais uma leitura, acerca do que se passou nos campos de extermínio, na Polónia, durante o magistério do partido Nazi e de toda a cúpula de líderes do mesmo.

http://www.alfarrabista.com/E/1017402/Livro/Os%20Cremat%C3%B3rios%20de%20Auschwitz/Editorial%20Not%C3%ADcias

@ Diogo;

Apesar de como já manifestei em algumas das minhas intervenções, dirá possivelmente o Diogo, em todas, não partilhar o seu ponto de vista, neste caso isso não acontece.

Diogo neste caso eu fico realmente preocupado por eu ter perdido o meu tempo a contrapor e a argumentar, através da concordância e ou contraposição, temas e ou pontos de vista, no passado consigo. Pois apesar de algumas vezes achar que o Diogo ia longe de mais, na sua forma de exposição e ou argumentação, sempre o considerei alguém com um nível de educação e cultura geral acima da média e por isso, e só por isso, valia a pena trocar argumentação e ou, aceito, até fazer alguma provocação, para obter uma contra reacção.

No entanto creio que agora, toda a minha expectativa, (desta vez não posso sequer considerar que a sua exposição é apenas um ponto de vista e uma opinião sem qualquer significado e ou mau intuito) não só não posso partilhar o seu ponto de vista, como não posso de deixar de, publicamente, repudiar o que o Diogo e ou qualquer outra pessoa negue, ou tente utilizar qualquer tipo de argumentação e ou explicação, para negar aquilo que o próprio povo e líderes Alemães, assumiram como a vergonha do século 20, o acto mais bárbaro e selvagem (perdoem-me os selvagens e os bárbaros) da história da humanidade, e pelo qual pediram desculpas ao povo Judeu, pelo hediondo crime e comportamento nojento que os criminosos que autorizaram, pensaram e praticaram, nada fizeram para parar e ou denunciar o mesmo.

Apenas quero pedir desculpa ao Diogo por uma coisa, é que já à algum tempo atrás tinha dito que não mais comentaria qualquer intervenção sua, mas desta vez não é possível ignorar tal ignominia e falta de respeito pela memória, e vidas, de todos aqueles que as perderam, foram torturados e escravizados, por um grupo de “coisas”, a que erradamente muitos chamaram de "Homens Maus", pois eu creio que quem fez o que fez e quem defende e ou tenta branquear o que foi feito, não merece a designação de nada mais a não ser “coisa”.

Desta vez termino apenas com um LAMENTO esta minha intervenção, pois demonstra um lado de ira pessoal , acto que deveria de ser capaz de controlar, e não um bem-haja, pois perante tal tipo de atitude um bem-haja é algo que não pode haver.

Jose Ruah disse...

@Diogo,

Talvez deva ver este documentário que lhe demonstra claramente que face a provas irrefutaveis não há mais ciencia adaptativa.
Assuma o que é, é mais simples, nao por mim que sei o que você é, mas por si. Assim sempre poderia ser verdadeiro consigo mesmo.

Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=slZMOkYJFO0&feature=related

Parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=mUEEYa0pvgU&feature=related

Parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=LoRfhm48b-0&NR=1

Parte 4

http://www.youtube.com/watch?v=kXP2L3MG7gs&NR=1


Parte 5
http://www.youtube.com/watch?v=X6hyhxUWb1k&feature=related

Parte 6
http://www.youtube.com/watch?v=4-xm6nUbeXQ&feature=related

Diogo disse...

Caros Jose Ruah e M.A.,

Quanto aos vídeos e links que me indicaram só terei oportunidade de vê-los ao fim da tarde.


M.A. : «… desta vez não é possível ignorar tal ignominia e falta de respeito pela memória, e vidas, de todos aqueles que as perderam, foram torturados e escravizados, por um grupo de “coisas”, a que erradamente muitos chamaram de "Homens Maus", pois eu creio que quem fez o que fez e quem defende e ou tenta branquear o que foi feito, não merece a designação de nada mais a não ser “coisa”.

Caro M.A.,

Churchill afirmou que a Verdade é sempre a primeira vítima da guerra.

Até 2007, eu tinha a opinião sobre o Holocausto Judeu que a esmagadora maioria das pessoas tem. Não tinha qualquer razão para duvidar fosse do que fosse. Afinal, a Segunda Grande Guerra aconteceu apenas há 60 anos atrás, ainda há milhares de testemunhas vivas, há fotografias, há filmes, há documentos e os campos de concentração ainda estão de pé. Como poderia colocar este acontecimento (ou partes dele) em dúvida?

Considero-me um cidadão do mundo, uma pessoa generosa, nada me move contra este ou aquele povo e já aprendi que a humanidade tanto é capaz dos maiores actos de bondade como dos crimes mais hediondos.

Acontece que em 2007 comecei a ler outras fontes sobre os acontecimentos da Segunda Grande Guerra, nomeadamente sobre o Holocausto Judeu, e essas fontes levantavam questões bastante difíceis de explicar à luz da versão oficial. Essas discrepâncias levaram-me a estudar a questão mais a fundo e a avaliar com mais prudência as provas e os testemunhos que comummente são apresentados.

Infelizmente, ao longo da História, os holocaustos e os genocídios de milhões de pessoas em todo o mundo têm sido demasiado frequentes. Mas apesar de todo o horror que possamos sentir perante a morte de tantos inocentes, julgo termos o dever de investigar a fundo os acontecimentos em causa para que não fiquem quaisquer dúvidas sobre o que de facto aconteceu. Se um familiar meu morresse e alguém fosse acusado dessa morte, eu gostaria de saber exactamente o que acontecera.

Diogo disse...

Caro José Ruah,

Vi todos os vídeos que me indicou (da Oprah com o Wiesel) e não me apercebi de nada de relevante.


Agora, sobre as discrepâncias sobre a história oficial do Holocausto Judeu e muito mais grave que o facto de Elie Wiesel (no seu livro Noite) não ter sabido de nenhuma câmara de gás em Auschwitz, e ter preferido fugir com o pai acompanhando os alemães na «Marcha da Morte» em vez de esperar pelos libertadores soviéticos, é a história da «câmara de gás» de Dachau.


De 1945 a 1960 os meios de comunicação e os tribunais Aliados afirmaram que câmaras de gás homicidas tinham sido usadas em Dachau, Mauthausen e Hartheim. Aparentemente, não existiam falta de provas desse facto. Foi particularmente chamada a atenção para a "câmara de gás" de Dachau e para as suas vítimas.

Um dos dias mais decisivos do julgamento de Nuremberga foi aquele no qual a acusação exibiu um filme sobre os campos de concentração alemães. O horror supremo chegou com a "câmara de gás" de Dachau. O orador explicou o funcionamento do dispositivo que supostamente gaseou "provavelmente 100 pessoas de cada vez". É difícil exagerar o quanto a exibição desse filme influenciou a imaginação das pessoas, incluindo a maior parte dos acusados alemães. É provável que a exibição do filme em Nuremberga tenha sido um dos eventos que mais ajudaram a incitar a opinião pública contra os alemães.
*****************
The US Seventh Army publicou um livro - 'Dachau Liberated, the Official Report by the U.S. Seventh Army', disponível aqui:


http://www.archive.org/details/Dachau_669

Excerto:

Câmaras de Gás – Os prisioneiros que eram trazidos para o campo de Dachau com o únicon objectivo de serem executados eram na maior parte dos casos Judeus e Russos. Eram trazidos para o complexo, alinhados junto às câmaras de gás, e eram examinados duma forma similar aos prisioneiros que vinham para Dachau para ficarem presos. A seguir, eram mandados seguir para uma sala e era-lhes dito para se despirem. A todos era dado uma toalha e um bocado de sabão, como se eles fossem tomar um duche. Durante todo este processo, não lhes era dado nenhuma pista de que iam ser executados, porque a rotina era igual para todos os prisioneiros que chegavam ao campo.

Então, entravam na câmara de gás. Sobre a entrada, em grandes letras pretas, estava escrito “Brause Bad” (chuveiros). Havia cerca de 15 saídas de chuveiro no tecto donde o gás era liberto. Existia (em Dachau) uma câmara grande com capacidade para 200 pessoas e cinco com capacidade para 50 pessoas. A execução durava aproximadamente 10 minutos. Da câmara de gás, a porta conduzia ao crematório para o qua os corpos eram removidos por prisioneiros seleccionados para o trabalho. Os cadáveres eram colocados em cinco fornos, dois ou três duma vez.

(continua)

Diogo disse...

(continuação)

O original do excerto anterior em inglês:

GAS CHAMBERS The internees who were brought to Camp Dachau for the sole purpose of being executed were in most cases Jews and Russians. They were brought into the compound, lined up near the gas chambers, and were screened in a similar manner as internees who came to Dachau for imprisonment. Then they were marched to a room and told to undress. Everyone was givan a towel and a piece of soap, as though they were about to take a shower. During this whole screening process, no hint was ever given that they were to be executed, for the routine was similar upon the arrival of all internees at the camp.

Then they entered the gas chamber. Over the entrance, in large blaok letters, was written "Brause Bad" (showers). There were about 15 shower faucets suspended frcm the ceiling from which gas was then released. There was one lare;e chamber, capacity of which was 200, and five smaller gas chambers, capacity of each being 50. It took approximately 10 minutes for the execution. From the gas chamber, the door led to the Krematory to which the bodies were removed by internees who were selected for the job. The dead bodies were then placed in 5 furnaces, two to tlhree bodies at a time.

**************************

O PROBLEMA É QUE NINGUÉM MORREU NA CÂMARA DE GÁS DE DACHAU:

http://www.ushmm.org/wlc/en/article.php?ModuleId=10005214

Em 1942, o complexo do crematório foi construído próximo do campo principal. Incluía o crematório velho e o novo crematório (Barrack X) com uma câmara de gás. Não existem provas credíveis de que a câmara de gás na Barrack X tenha sido usada para matar seres humanos.

In 1942, the crematorium area was constructed next to the main camp. It included the old crematorium and the new crematorium (Barrack X) with a gas chamber. There is no credible evidence that the gas chamber in Barrack X was used to murder human beings.

***************

Desde 1965, quando abriu o Memorial de Dachau, até 2002, era possível ler num painel da «câmara de gás» de Dachau a seguinte frase em cinco línguas diferentes:

CÂMARA DE GÁS – disfarçada de "sala de chuveiros" - nunca foi usada como câmara de gás

Marcos Amaro disse...

@ Diogo;

Por favor aclare a escuridão que vai em mim.

Especulemos:

1ª As câmaras de gás não existiram;

2º Os crematórios não existiram;

3º As execuções em massa foram uma ilusão criada pelos Aliados;

4º Os nazis eram todos bons rapazes e não cometeram quaisquer crimes contra a Humanidade;

5º Os corpos encontrados eram todos bonecos de cera / plástico / pano, ou o que seja;

6º Os testemunhos daqueles que sobreviveram aos campos de concentração, e que dizem que foram chacinados, torturados, eliminados de forma aleatória sem qualquer razão, provocação e ou acção, são todos falsos;

7º Os documentários efectuados na altura, com as visitas de populações vizinhas, militares de vários países, foram todos falseados;

8º Apenas morreu 1 (um) único Judeu em todo este processo;

O Diogo acha que se apenas a ilusão, reflexo de uma extrema loucura e ou total cegueira de quem não quer ver por qualquer questão racial e ou facciosismo, neste caso Anti-Semita, da especulação, acima apresentada, apenas o ponto 8º fosse verdade, era ou não condenável um ser humano matar outro, sem ser em defesa da sua própria vida (legitima defesa)?

Acha ou não que quem matou milhares de seres humanos, independentemente da forma e ou motivo, deve de ser considerado uma “coisa” nojenta e repugnante?

Crê o Diogo que só depois destes anos todos é que finalmente alguém fala a verdade e que durante todos os anos anteriores às descobertas destes iluminados, todo o Mundo foi gerido e manipulado?

Acha-se o Diogo e alguns outros, que tentam a todo custo desmentir factos, verdades, registos e provas que outros e muitos mais milhares provaram e comprovaram, únicos detentores da verdade?

Diogo só as suas respostas podem iluminar a minha mente quanto ao grau de verdade e visão que realmente o Diogo pode ter.

Deixo ao seu critério as respostas às questões que por decerto muitas certezas vão dar a quem este blogue lê, participa e escreve (se é que ainda são precisas quais quer respostas, para aclarar e demonstrar o seu pensamento).

Jose Ruah disse...

@Diogo

Até lhe podia responder, mas não é a mesma coisa.

O meu tempo é precioso demais para gasta-lo consigo, que nao o merece.

Paulo M. disse...

@ M.A.:

A sua tentativa é boa e honesta. A resposta é que, adivinho-a, será nestas linhas:


1ª As câmaras de gás não existiram;
Existir, existiram; mas eram ou para matar piolhos dos colchões, ou usadas excecionalmente para executar alguma leva de criminosos.

2º Os crematórios não existiram;
Existir, existiram, mas eram para queimar lixo, e por vezes algum desgraçado que morria de doença ou de frio - ou de "envenenamento por chumbo" por ter ido contra alguma bala.

3º As execuções em massa foram uma ilusão criada pelos Aliados;
Ilusão, ilusão, não foram bem, mas foram um grande exagero. Lá que morreram alguns milhares nos campos de concentração ninguém o nega, que as doenças grassavam, a alimentação
era má e o frio não perdoava. Uns quantos prisioneiros perigosos - soviéticos e quejandos - poderão ter sido eliminados em grupo, mas só isso.

4º Os nazis eram todos bons rapazes e não cometeram quaisquer crimes contra a Humanidade;
Não eram todos bons rapazes, mas eram quase todos; lá haveria algum mais sádico, mas não se pode tomar a parte pelo todo. Os rapazes até queriam fazer coisas boas, princípios nobres como proteger e acarinhar a família, a religião e a pátria.

5º Os corpos encontrados eram todos bonecos de cera / plástico / pano, ou o que seja;
Não, eram mesmo mortos, mas como se disse as condições eram más, a sopa não chegava, andava tudo de diarreia, até inquinavam a água e depois morriam de tifo, e além disso havia o frio, mas o gás não, que esse era só para as pulgas e os piolhos dos colchões.

6º Os testemunhos daqueles que sobreviveram aos campos de concentração, e que dizem que foram chacinados, torturados, eliminados de forma aleatória sem qualquer razão, provocação e ou acção, são todos falsos;
Falsos não são, coitados, ficaram afetados com o que lhes aconteceu, deliravam, não distinguiam os pesadelos da realidade, não sabem o que dizem, mas estão convencidos mesmo que aquilo aconteceu, mas era da febre, e da fome, que a sopa não chegava, até os rapazes da farda comiam mal, vejam pelas fotos, todos tão magrinhos a comparar com as pessoas de hoje.

7º Os documentários efectuados na altura, com as visitas de populações vizinhas, militares de vários países, foram todos falseados;
A culpa não foi dos aliados, coitados, também não abusemos, isso foram os soviéticos que eram peritos de desinformação, fartaram-se de inventar e plantar mentiras, e depois há sempre quem acredite nos tontinhos, coitados, alguns nunca puseram os pés num forno crematório, e fartavam-se de arranjar histórias para ver se lhes davam umas lecas, na altura vivia-se mal e os jornalistas queriam sangue para encher as primeiras páginas dos jornais.

8º Apenas morreu 1 (um) único Judeu em todo este processo;
Bom, só um não foi, foram mais alguns, mas não foi por serem judeus, foi por serem criminosos, até morreu um tipo que era do Benfica e não é por isso que se fazem excursões da 2ª Circular à Polónia a não ser que haja jogo.

Enfim, é minha opinião que cada um deve ter o direito de acreditar no que quiser, e de dizer em que acredita - e nós o direito de refutar aquilo que achamos ser disparate.

Mas que é asneira grossa... isso é.

Abraço,
Paulo M.

JPA disse...

Penso que existem outros lugares para discutir este tema.
Aqui é que acho que não.

Cumprimentos
JPA

Marcos Amaro disse...

@Paulo M.;

Outra realidade:

Creio apenas que referente à sua resposta do ponto 8º a próxima deslocação do Benfica não será à Polónia mas a Braga, pois o PSV creio que já está ultrapassado e o próximo não me parece que seja outro que não o Braga e já agora sempre se poupava dinheiro nas viagens, se bem que depois se aumentavam os custos em material danificado. (lol)

Esta realidade:

Apenas quero dar por terminada a minha intervenção neste seu texto, que a princípio tinha decidido apenas ler sem me manifestar, mas não consegui conter-me.

Peço desculpa, se com os meus comentários de alguma forma desvirtuei a sua ideia inicial, mas tal não foi com nenhuma intenção a não ser o manifesto da minha indignação.

Bem-haja R.:. M.:. Paulo M.

Diogo disse...

Sobre os testemunhos das câmaras de gás em campos de concentração alemães há muitos e fiáveis.

Tomemos o caso de Bergen-Belsen. É hoje pacífico que esse campo nunca teve nenhuma câmara de gás:

Wikipédia - Bergen-Belsen, em 1942, tornou-se um campo de concentração; as SS tomaram o comando em Abril de 1943. Ao contrário do que muitos pensam, nesse campo não havia câmaras de gás, uma vez que os assassínios em massa deveriam ter lugar nos Campos de Extermínio (Vernichtungslager) no Leste Europeu.


MAS MUITAS TESTEMUNHAS DIZEM O CONTRÁRIO:

Associated Press, 1945 - Em Lueneburg, na Alemanha, um médico Judeu, testemunhando no julgamento de 45 homens e mulheres por crimes de guerra nos campos de concentração de Bergen-Belsen e Auschwitz, afirmou que 80.000 Judeus, representando a totalidade do gueto de Lodz, na Polónia, foram gaseados e incinerados numa noite no campo de Bergen-Belsen.

"In Lueneburg, Germany, a Jewish physician, testifying at the trial of 45 men and women for war crimes at the Belsen and Oswiecim [Auschwitz] concentration camps, said that 80,000 Jews, representing the entire ghetto of Lodz, Poland, had been gassed or burned to death in one night at the Belsen camp." Associated Press story, 1945.

*******************

A 15 de Setembro de 2007, o jornal Toronto Star publicou um artigo no qual o seguinte era afirmado como um facto indiscutível:
Bergen-Belsen, um campo de concentração alemão onde os Judeus eram assassinados em câmaras de gás durante a II Guerra Mundial.

On September 15, 2007, the Toronto Star newspaper published an article in which the following was stated as an undisputed fact:
.... Bergen-Belsen, a German concentration camp where Jews were murdered in gas chambers during the World War II.


(continua)

Diogo disse...

(Continuação)

A 16 de Setembro de 2007, o jornal The Commercial Appeal de Memphis, Tennessee, publicou um artigo sobre um sobrevivente do Holocausto no qual era mostrada uma fotografia de um homem numa vala comum em Bergen-Belsen. O texto sob a foto dizia:

Associated Press – O Dr. Fritz Klein, que seleccionava prisioneiros para serem enviados para a câmara de gás do campo de concentração de Begen-Belsen na Alemanha, foi obrigado a levar corpos para a vala comum depois do campo ser liberto pelos britânicos em Abril de 1945. Foram encontrados sessenta mil prisioneiros no campo. Klein foi mais tarde julgado e enforcado.

On September 16, 2007, The Commercial Appeal newspaper in Memphis, Tennessee published a story about a Holocaust survivor in which a photo of a man standing inside a mass grave in Bergen-Belsen, was shown. The text under the photo was as follow:

Associated Press - Dr. Fritz Klein (center), who selected prisoners to be sent to the gas chamber at Bergen-Belsen concentration camp in Germany, was forced to move bodies to a mass grave after the camp was liberated by the British in April 1945. Sixty thousand prisoners were found in the camp. Klein was later tried and hanged.


*******************

O seguinte testemunho de uma câmara de gás em Bergen-Belsen foi publicado no Montreal Gazette a 5 de Agosto de 1993:

St LAURENT – Como prisioneiro no campo de concentração de Bergen-Belsen durante a Segunda Guerra Mundial, Moshe Peer foi enviado para a câmara de gás pelo menos seis vezes. De todas as vezes sobreviveu, observando com horror como as mulheres e as crianças gaseadas com ele sofriam e morriam. Até hoje, Peer não sabe como conseguiu sobreviver. “Talvez as crianças resistam melhor, não sei,” disse ele numa entrevista na semana passada.

The following eye-witness account of the gas chamber in Bergen-Belsen was published in the Montreal Gazette - August 5, 1993

ST. LAURENT - As an 11 year-old boy held captive at the Bergen-Belsen concentration camp during World War II, Moshe Peer was sent to the gas chamber at least six times. Each time he survived, watching with horror as many of the women and children gassed with him collapsed and died. To this day, Peer doesn't know how he was able to survive. "Maybe children resist better, I don't know," he said in an interview last week.



Etc.

Anónimo disse...

A culpa deve ser minha, que profaníssimo me confesso, mas a mim o silêncio lembra-me outras coisas. Assim de repente, pitágoras com o seu método, e o papiro de Anubis. A morte e o renascimento, a câmara da reflexão, mas também a câmara do meio.
No fundo, - lá estou eu a ser sincrético - todos nós, profanos ou não, somos confrontados pelo duplo mistério da vida e da morte, perante o qual só podemos invocar o silêncio para descrever o indescritível: aos profanos, sobre o altar o liber mundi, aos outros, o liber legis.
Às vezes, só perante a morte, temos a coragem e a oportunidade de fazer uma revisão sobre quem somos e o que fizemos. Com sorte, sairá daí algo que nos faça da ir lei da morte libertando. (ainda que a "sorte" não tenha nada que ver com o caso).
Silêncio.... Easier said then done, quando somos quase sempre assolados por uma cacafonia interna de pulsões caóticas.
Talvez o Mestre seja o Eterno Aprendiz, confrontando-se sempre, vezes sem conta, com quem é e daí nasça algum ouro

Diogo disse...

Caros amigos do «A PARTIR PEDRA»,

Utilizando apenas informação o mais oficial possível:

1 - Elie Wiesel, prémio Nobel da Paz, convidado para ser Presidente de Israel e actual presidente da Academia Universal de Culturas, no seu livro «NOITE», não refere em parte alguma a existência de câmaras de gás em Auschwitz, e num diálogo com o seu pai decide ir para a Alemanha com os exterminadores nazis «na célebre marcha da morte» em vez de esperar pelos libertadores soviéticos.

2 – Um filme sobre a câmara de gás de Dachau foi exibido no tribunal Internacional de Nuremberga. Contudo, hoje, o United States Holocaust Memorial Museum, afirma que não existem provas credíveis de que a câmara de gás de Dachau tenha sido alguma vez usada para matar seres humanos.

3 – Quanto aos muitos testemunhos sobre a câmara de gás de Bergen-Belsen, sabe-se hoje que nenhum é verdadeiro.

Donde, que pensar sobre tudo isto?


M.A. e Paulo M., eu posso responder às vossas questões ponto por ponto. Será que querem?

Abraço

Paulo M. disse...

Diogo:

Deixemos de brincar nas zonas de sombra, e vamos ao preto e ao branco: admite ou nega que foram mortas centenas de milhar de pessoas nas câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau?

Paulo M.

Diogo disse...

Paulo M.;

No Wikipédia:

«Auschwitz II (Birkenau) é o campo que a maior parte das pessoas conhece como Auschwitz. Ali se encerraram centenas de milhares de judeus e ali também foram executados mais de um milhão de judeus e ciganos.

O objectivo principal do campo não era o de manter prisioneiros como força de trabalho (caso de Auschwitz I e III) mas sim de exterminá-los. Para cumprir esse objectivo, equipou-se o campo com quatro crematórios e câmaras de gás. Cada câmara de gás podia receber até 2.500 prisioneiros por turno. O extermínio em grande escala começou na primavera de 1942.

A maioria dos prisioneiros chegava ao campo por trem, com frequência depois de uma terrível viagem, em vagões de carga, que durava vários dias. A partir de 1944, estendeu-se a linha para que os trens chegassem directamente ao campo. Algumas vezes, logo após a chegada, os prisioneiros eram conduzidos directamente às câmaras de gás. Em outras ocasiões, os nazistas seleccionavam alguns prisioneiros, sob a supervisão de Josef Mengele, para ser enviados a campos de trabalho ou para realizar experimentos. Geralmente as crianças, os anciãos e os doentes eram enviados directamente para as câmaras de gás.

As câmaras de gás de Birkenau foram destruídas pelos nazis em Novembro de 1944 com a intenção de esconder as actividades do campo das tropas soviéticas. Em 17 de Janeiro de 1945 os nazistas iniciaram uma evacuação do campo. A maioria dos prisioneiros deveria partir para o oeste. Aqueles muito fracos para caminhar foram deixados para trás. Perto de 7.500 prisioneiros (ou 3.000 segundo outras fontes), pesando entre 23 e 35Kg, foram liberados pelo Exército Vermelho em 27 de Janeiro de 1945.»


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1 – Se os nazis queriam esconder os gaseamentos dos aliados, porque é que destruíram as câmaras de gás de Birkenau e deixaram incólume a câmara de gás de Auschwitz I? E porque deixaram os nazis para trás 7.500 prisioneiros testemunhas dos gaseamentos quando fugiram dos soviéticos?

2 – Que faziam 7.000 prisioneiros doentes e pesando entre 23 e 35Kg no hospital de Auschwitz? Incapazes de trabalhar, porque os alimentavam os nazis em vez de os enviar imediatamente para as câmaras de gás?


Por estas discrepâncias e por muitas outras de que tenho conhecimento, não posso acreditar que tenham existido câmaras de gás em Auschwitz.

Abraço

Paulo M. disse...

Diogo:

Mesmo sobre os factos mais triviais há várias interpretações e descrições possíveis. Escolher aquela que fazemos nossa face a dados contraditórios é um exercício de temperança e sabedoria.

O Diogo opta sempre pela versao mais fantástica, colocando sistematicamente a sua opinião sobre factos que não lhe chegaram senão por via indireta acima da de quem viveu a situação em primeira mão.

Há pessoas assim que, em alternativa a uma realidade monótona, previsível ou dolorosa, optam por uma que lhes proporcione o fugaz sentimento de saber o que os outros não sabem, pensar como os outros não pensam, ver o que os outros - pobres cegos - não vêem.

Essa postura é quase tão odiosa quanto as ideias que defende. Sugiro-lhe que aprenda a ler coisas que contrariem aquilo em que acredita, e aprenda a retirar das mesmas ensinamentos validos. Recomendo-lhe que procure e reavalie as razões pessoais e íntimas que o levam a pensar como pensa, sabendo que trilha um caminho solitário que o leva ao ostracismo e repugnância da maioria daqueles com quem se cruza.

A Vida deve ser feliz. Boa sorte na sua.
Bem precisa.

Paulo M.

Diogo disse...

Paulo M - Mesmo sobre os factos mais triviais há várias interpretações e descrições possíveis. Escolher aquela que fazemos nossa face a dados contraditórios é um exercício de temperança e sabedoria.

Diogo – Concordo em absoluto.


Paulo M - O Diogo opta sempre pela versão mais fantástica, colocando sistematicamente a sua opinião sobre factos que não lhe chegaram senão por via indirecta acima da de quem viveu a situação em primeira mão.

Diogo – A versão mais fantástica? Nos meus comentários acima, em relação a Dachau e Bergen-Belsen, referi testemunhos de quem viveu a situação em primeira mão e as conclusões a que chegaram as entidades oficiais da altura – todos concordavam em que ambos os campos existiam câmaras de gás e que pessoas teriam sido gaseadas nessas instalações.

Hoje, tanto reconhecidos historiadores como entidades como o United States Holocaust Memorial Museum e o Yad Vashem (o memorial oficial de Israel para o Holocausto) afirmam que não existiam câmaras de gás nesses campos. É assim tão absurdo concordar com estes últimos?


Paulo M - Há pessoas assim que, em alternativa a uma realidade monótona, previsível ou dolorosa, optam por uma que lhes proporcione o fugaz sentimento de saber o que os outros não sabem, pensar como os outros não pensam, ver o que os outros - pobres cegos - não vêem.

Diogo – Caro Paulo, não pense que isto é fruto de qualquer complexo de superioridade. Tal como afirmei antes, até 2007 eu tinha sobre o Holocausto a mesma opinião de todas as pessoas que eu conhecia. A partir dessa altura comecei a ler textos e a ver vídeos que não condiziam com as informações que tinha. Comecei então a estudar com mais profundidade o assunto e a verificar que existiam contradições a mais na história do Holocausto. Se o Paulo aprofundar o assunto, não acredito que não chegue às mesmas conclusões.


Paulo M - Essa postura é quase tão odiosa quanto as ideias que defende. Sugiro-lhe que aprenda a ler coisas que contrariem aquilo em que acredita, e aprenda a retirar das mesmas ensinamentos validos. Recomendo-lhe que procure e reavalie as razões pessoais e íntimas que o levam a pensar como pensa, sabendo que trilha um caminho solitário que o leva ao ostracismo e repugnância da maioria daqueles com quem se cruza.

Diogo – Quanto à minha postura já lhe respondi no ponto anterior. Quanto às ideias que defendo – não poder acreditar na existência de câmaras de gás nos campos de concentração nazis – são odiosas porquê? Se se confirmar que milhões de seres humanos não morreram nas câmaras de gás, num horrível sofrimento, não será isto uma óptima notícia? Pense nisso.

Abraço

Streetwarrior disse...

A grande pergunta que eu gostaria de ver respondida é.
Será que existe realmente, liberdade para se poder ( a fundo ) investigar o que aconteceu como crimes de guerra aos quais chamamos Holocausto?

Quem Bloqueia parte da informação e qual a razão para que aqueles pretendem procurar a fundo respostas ás suas maiores duvidas, são estigmatizados e estereotipados?
Qual a razão de se puder falar (a fundo ) seja tomando a posição oficial ou negando-a de outros holocaustos e genocídios, tal como o Arménio, o Curdo e outros tantos na história recente mas em relação á 2ª guerra Mundial, existe este paradoxo de não se puder falar ou colocar em causa certos números.
Atenção, eu não sou um negacionista do Holocausto mas que não haja a mínima duvida que existe toda uma propaganda de comércio onde se retira lucros políticos da actual versão, existe.

Obrigado
Nuno