03 novembro 2011

A pequena idade do gelo



A segunda metade do primeiro milénio da nossa era foi uma época de crescente prosperidade, que culminou no período entre os século XI e XIII. No seu apogeu, a vimos surgir na Europa as primeiras universidades, as primeiras cruzadas e a Magna Carta. Contudo, logo no século XIV a peste negra devassa a Europa, e durante cerca de quatro séculos viveu-se um período mais difícil. Sabemos o que se passou depois: entre 1775 e 1848 surge a "Idade das Revoluções", que alteraram o paradigma de governação, dando as monarquias absolutistas lugar às repúblicas e estados constitucionais. Era o tempo do Iluminismo, o século das Luzes, que iniciou um ciclo de permanentes e aceleradas transformações que não se fechou ainda.

Na figura acima podemos ver um gráfico estimado das temperaturas médias no hemisfério Norte no último milénio. É clara a diminuição de temperatura que se verificou especialmente entre 1500 e 1700. A figura não tem escala, mas estamos a falar de uma diferença da temperatura média, entre o máximo verificado por volta do ano 1300 e o mínimo por volta do ano 1600, de cerca de um grau Celsius. Muito pouco, dir-se-á.  Todavia, esse pouco foi o suficiente para a Gronelândia, povoada pelos Viquingues por volta do século XIV, viesse a ser praticamente abandonada trezentos anos depois, e o rio Tamisa gelasse no inverno durante o período mais frio, o que não sucedia antes nem sucede agora. Também causou, como se poderia esperar, visíveis e apreciáveis revezes nas colheitas agrícolas.

Não se sabe quais as causas desta diminuição de temperatura, mas supõe-se que possa ter sido causada por  uma diminuição da atividade solar que igualmente se constatou nesse período. Também não se pode demonstrar que a diminuição da temperatura esteve na origem de um aumento da fome e da pobreza, e por isso de maior instabilidade social, que veio a culminar nas revoluções dos séculos XVIII e XIX. Mas é credível que assim tenha sucedido.

Temos uma enorme tendência para ver o mundo pelos olhos da nossa própria espécie. Todavia, se virmos o que sucede a uma cultura de bactérias quando é objeto de aumentos ou diminuições de temperatura, constataremos que os efeitos são bastante semelhantes aos efeitos das mesmas alterações sobre os humanos. Nesta placa de Petri que habitamos, basta uma pequena flutuação de temperatura para causar aumentos ou diminuições da população, períodos de carestia ou prosperidade, ou alternância entre estabilidade política e revoluções.

Paulo M.

http://en.wikipedia.org/wiki/Little_Ice_Age
http://en.wikipedia.org/wiki/Causes_of_the_French_Revolution
http://stepwilh.blogspot.com/2010/07/hockey-stick-graph.html

14 comentários:

Streetwarrior disse...

" Tanto acima, como baixo "

Nuno

Diogo disse...

Os mitos e fatos da mudança climática 1 / 7

Vejam os vídeos. Uma explicação extremamente clara para este embuste.

Abraço

Rui Bandeira disse...

@ Diogo:

Eis uma matéria em que tendo a concordar com o ceticismo do Diogo!

Aliás, já neste blogue (no seu ano inicial, mais precisamente em 31 de agosto de 2006 publiquei um texto intitulado "O aquecimento global é uma treta" (http://a-partir-pedra.blogspot.com/2006/08/o-aquecimento-global-uma-treta.html) em que divulgava o excelente e informativo blogue Mitos Climáticos (http://www.mitos-climaticos.blogspot.com/). O seu autor, Rui Gonçalo Moura, já faleceu, mas felizmente as suas teses e análises, os seus esclarecimentos e ensinamentos sobre esta matéria permanecem disponíveis na Internet.

JPA disse...

Paulo M.

Comentei na altura o texto do Rui. Mantenho a mesma opinião. O aquecimento global é uma treta e o aumento do CO2 é um negócio.

Bom fim de semana
JPA

JPA disse...

Paulo M.

Comentei na altura o texto do Rui. Mantenho a mesma opinião. O aquecimento global é uma treta e o aumento do CO2 é um negócio.

Bom fim de semana
JPA

Diogo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Jose Ruah disse...

@ Diogo,

Por considerar o seu comentário ofensivo tomei a liberdade de o apagar.

Diogo disse...

E quantas mais tretas não andarão por aí (corrigido)?

- A Teoria da Relatividade

- O Darwinismo

- A ida do homem à lua

- As gripes aviarias e suínas

- O buraco do ozono

- A doença das vacas loucas

- O 11 de Setembro

Etc.

Paulo M. disse...

@JPA: A Terra já passou por fases de muito maior concentração de CO2 do que vemos hoje. Também vá tivemos menos. Uma pequena variação do CO2 atmosférico provoca uma variação substancialmente superior na temperatura. Até aqui, não me parece haver polémica... O que está por provar é em que medida é que a ação do Homem tem influenciado as alterações climáticas que temos presenciado nas últimas décadas. Não me sai da memória um facto curioso: quando se esperava que certa zona da China sofresse um aumento de temperatura em função do aumento de CO2, acabou por se ver esta descer em função da reflexão da luz solar nas partículas de poluição na atmosfera... Raramente sabemos tudo, ou dominamos todos os fatores...

@Diogo: Desiludiu-me este seu comentário. Não sei porquê, mas tinha alimentado outras expetativas a seu respeito. É saudável manter um espírito crítico sobre as coisas: só questionando o conhecimento atual se pode levá-lo mais à frente; só assim a ciência se desenvolve e aprofunda. Todavia, do negar só por negar, do ontradizer por contradizer, não advém nada de positivo, de útil, de benfazejo. Entendo que possam ser postas em causa a Teoria da Relatividade e a da evolução das espécies, pois afinal são conjeturas decorrentes de observações que, não obstante explicando a realidade, podem vir a demonstrar-se serem falsas.

Abstenho-me quanto ao 11 de setembro, pois todos sabemos que aconteceu; as questões que coloca são já conhecidas, e prendem-se com a sua autoria e motivação.

Já questionar a existência do buraco do ozono, a ida do homem à lua, as gripes aviarias e suínas ou a doença das vacas loucas - cuja existência e realidade pode, em todos os casos, ser demonstrada, aferida e confirmada - já me deixa desconfortável. É como alguém dizer que se recusa a aceitar que o céu seja azul, ao mesmo tempo que recuse tirar os olhos do chão.

Dá trabalho confirmar essas informações por via independente? Dá. É moroso? É. Pode ser dispendioso? Pode. Isso não o torna impossível. É este um dos problemas da democracia: vale tanto o voto de um perito como o de um ignorante, o de um homem esforçado como o de um ocioso, o de um homem sério como o de um mentiroso. Enfim... é o regime que temos, e dizem que é, apesar das suas limitações, menos mau do que as alternativas...

Paulo M.

Diogo disse...

Caro Paulo M.,

Quanto ao CO2, e levando em consideração muitas das alterações climáticas que já aconteceram – grandes e pequenas glaciações e grandes e pequenos períodos quentes, está provado que o aumento de temperatura antecede o aumento de CO2 na atmosfera e não o contrário.


Quanto aos outros assuntos que nomeei, correndo o risco de ser imodesto, vou-lhe confessar uma coisa: se um determinado tema me interessa tenho por hábito estudá-lo a fundo revolvendo este mundo e o outro na procura da resposta mais verdadeira possível. (Eu interrompi os meus estudos universitários quando era mais novo, e licenciei-me mais tarde noutro curso de informática e gestão). Referi isto apenas para dizer que tive uma cadeira denominada: História das Técnicas e das Ciências, onde os dois temas chave eram precisamente a Teoria da Relatividade e o Darwinismo. Temas, que, por acaso, eu tinha investigado em profundidade anteriormente. Posso discuti-las ponto a ponto consigo ou com quem quer que seja É por isso que:

Teoria da Relatividade – Fiz um trabalho onde demonstrei como se chegava à fórmula da relatividade restrita – E = MC2. Fiz outro trabalho a demonstrar onde esta teoria estava errada. E fiz outro trabalho (que nada tem a ver com os princípios de Einstein) em que demonstrava que o Tempo era relativo.

Quanto ao Darwinismo, ou ao seu update - o neodarwinismo – fiz um trabalho que demonstrava que esta estava errado. Eu sou um evolucionista, mas a evolução não se deu simplesmente por acaso e por selecção natural.

Quanto ao 11 de Setembro, considero-me praticamente um especialista: Já li tanto e já vi tantos documentários sobre as versões, não oficiais e a oficial, e não há um único pormenor onde esta última se aguente nas canetas: não pode haver dúvida nenhuma de que se tratou de um trabalho interno.

Quanto à acção do homem sobre a «destruição da camada de ozono é uma fotocópia da acção do homem sobre o «aquecimento global». Para além de algumas jogadas económicas, destina-se a manter um clima de «catástrofe permanente» no espírito das pessoas.

Quanto às pandemias das vacas loucas, da gripe aviaria e da gripe suína, idem aspas. Durante meses, abriram os jornais todos os dias: ou era um peru que tinha acordado com dores de cabeça na Turquia ou uma galinha que tinha vomitado na China. Mais um clima de «catástrofe permanente» somado às grandes jogadas das farmacêuticas que facturaram centenas de milhões com isto.

Quanto à ida do homem à lua, repare: os americanos tiveram supostamente sete missões tripuladas à lua entre 1969 e 1972 (com aquele acidente da Apollo, que felizmente teve um final feliz). Desde aí, há 40 anos, nunca mais nenhum homem ultrapassou as cinturas de Van allen, que protegem os seres vivos da radiação solar, da radiação cósmica e das erupções solares. Ou seja, com uma tecnologia espacial pré-histórica (em 1969-1972) conseguiu-se uma sucessão de êxitos extraordinários. A partir daí, e já lá vão 40 anos, com uma tecnologia muito mais evoluída, nunca mais um homem foi à lua. Não acha estranho?

Dá trabalho confirmar essas informações por via independente? Dá, e há muitos que o tenha fizeram.

Abraço
Diogo

Diogo disse...

Sobre a ida do homem à lua. Vejam estes vídeos (não legendados) e dêm-me a vossa opinião.

Dark Mission 1 - NASA Moon Hoax - Analysis of the Lunar Photography

Abraço
Diogo
Dark Mission 2 & 3 - NASA Moon Hoax - Environmental Dangers & The Trouble

JPA disse...

Carisimos;

O aumento do CO2 na atmosfera lunar, afastou a partir da década de 80 o Homem da lua.

Um abraço
JPA

Diogo disse...

Caro JPA,

Antes de brincar, aconselho-o vivamente a ver com atenção os vídeos cujos links deixei no comentário acima. Depois diga-me coisas.

Abraço

JPA disse...

Diogo;

Não estou a brincar consigo.

Cumprimentos
JPA