10 setembro 2007

Textos, comentários e etc.


Uma das coisas mais atractivas de um blogue é a inter-acção entre os autores dos textos e os leitores destes. Num blogue, a caixa de comentários é uma das suas mais importantes zonas, quer para os autores dos textos, quer para os leitores do blogue. Felizmente, aqui no A Partir Pedra vamos tendo leitores atentos que produzem comentários judiciosos, que não só contribuem para melhor perspectivar os textos como, muitas vezes, abrem caminho aos autores de textos para novos textos.

Tenho sempre o cuidado de ler atentamente todos e cada um dos comentários. A alguns não julgo necessário responder, assumindo que quem fez o comentário não espera resposta, tendo apenas querido deixar registada uma apreciação ou uma achega; a outros, respondo o que entendo adequado responder, acrescentar ou elucidar; mas há alguns comentários, os que mais me entusiasmam, que são aqueles que, lidos, me dão uma sensação de desperdício se ficarem confinados à caixa dos ditos - a esses transcrevo-os e , sendo caso disso, respondo-lhes em novo texto.

A título de exemplo, recordo aqui o comentário que, a propósito deste texto (que me deu muito gozo escrever...) constituiu a deliciosa resposta que a PatBR deu ao dito texto e que deu origem a mais este texto (também escrito com muito boa disposição). Este último texto mereceu ainda um outro fino comentário da PatBR, que deixei sem resposta, não porque o não tivesse apreciado, mas apenas porque, se algo aprendi nas minhas mais de cinco décadas de vida, foi a indispensabilidade de saber deixar a última palavra às senhoras... sob pena de sofrer as consequências, se assim se não fizer...

A que título vem isto? Porque trago à colação estes textos? Por quatro razões, cuja exposição garantidamente (este advérbio é assumidamente plagiado do seu utilizador habitual, o JPSetúbal) demonstra que são expostas por ordem absolutamente arbitrária e, de forma alguma, por ordem da respectiva importância (cada um que faça essa ordenação segundo este critério, se para aí estiver virado):

a. Porque é um pretexto para resgatar do bolor do arquivo do blogue textos que a minha proverbial imodéstia me faz pensar que é uma pena se não forem apercebidos pelos leitores mais recentes do blogue. Com efeito, um dos problemas de um blogue é que, soterrados nas catacumbas do seu arquivo, se encontram textos de que os leitores que passaram a conhecer o blogue já depois da sua publicação só raramente se dão conta. E uma das formas de minimizar o problema é, de vez em quando (sem exageros: de longe em longe...), utilizar um qualquer pretexto para chamar a atenção para eles.

b. Porque, tendo sido confrontado com o relato das noites de insónia que o José Ruah sofreu, preocupado como iria ele conseguir aguentar o blogue em Agosto, com os demais autores dos textos de férias (problema que, aliás, superiormente resolveu com o seu Desafio), quero desde já poupá-lo à torturante perspectiva de repetição de tais horrores para a próxima vez que ele ficar com o blogue nos braços, com este conselho: o período de férias é um óptimo período para republicar (com um pequeno comentário introdutório, não se deve ceder ao pecado da preguiça...) textos antigos, facilitando a sua descoberta pelos novos leitores e o seu rememorar pelos antigos.

c. Porque é altura de lembrar à PatBR que ela está MUITO EM FALTA com o exercício da função de comentadora oficial do blogue - PatBR: aproveita para nos iluminares com um dos teus acutilantes comentários já a este texto; pelo menos sempre disfarçará os comentários que temo vou receber com as minhas provocações ao JPSetúbal e ao José Ruah...; e, de passagem, lembra o teu mais-que-tudo que, agora que ele já está aliviado do encargo de dirigir a Loja, que tão zelosamente assegurou nos últimos doze meses, tem uma massa de leitores expectantes dos textos que espero que ele volte aqui a publicar (sugiro-te que providencies que ele escreva para aí um por semana - afinal de contas é uma coisa QUE ELE PODE FAZER EM CASA - TOPAS????).

d. Por fim (e claro que não é a menos importante das razões), porque hoje estive todo o dia ausente em serviço no Algarve e não pude escrever nada de jeito... E aviso já que, porque amanhã tenho o dia todo dedicado a uma agradável deslocação em serviço a Bragança, que previsivelmente me ocupará todo o tempo entre as sete da manhã e até quando sabem Deus e o juiz de Bragança, tenciono usar o mesmo expediente logo a seguir à meia noite e assim "desenrascar" o texto de amanhã - mas manda a verdade que diga que com mais fundamento, pois vou merecidamente "puxar" para o corpo principal do blogue três interessantes comentários feitos a três textos por um nosso leitor e Irmão, a que não respondi precisamente porque tencionava integrá-los num texto; e, de caminho, aproveito para chamar a atenção para mais quatro textos de que também gosto muito e espero que os nossos leitores também gostem (não vale a pena ir agora à procura: daqui a pouco já está o texto feito e publicado...).

Rui Bandeira

09 setembro 2007

Continuidade - Aí está o 18º

Em Julho passado anunciei aqui a eleiçao do JPSetubal para o cargo de Veneravel Mestre da Loja Mestre Affonso Domingues.

Como isto da Maçonaria é a sério (pelo menos na Affonso Domingues), não tardou nem um dia a mais que o tempo minimo possivel para que o JPSetubal fosse instalado como Veneravel Mestre da Loja.

Instalado porque literalmente e simbolicamente o Veneravel é instalado na Cadeira de Veneravel, que representa simbolicamente a Cadeira De Salomão.

A Cerimónia decorreu com toda a SOlenidade que se impunha.

JPSetubal deu já uma clara ideia da forma como vai querer que decorra o seu Veneralato e com isso demosntrar claramente que pretende deixar a Loja mais forte , o que aliás tem sido uma constante.

A ti JPSetubal, co-blogueiro,VM e amigo um Triplo e Fraterno Abraço com votos de sucesso.

José Ruah

07 setembro 2007

O oitavo Venerável Mestre

O oitavo Venerável Mestre, tal como ocorrera com José M. M., completou o mandato do seu antecessor e foi eleito e assegurou um novo, e agora completo, mandato. Porém, e até hoje, foi o único Venerável Mestre duas vezes eleito para essa função. Com efeito, José M. M. completara o mandato do seu antecessor por designação do Grão-Mestre; o oitavo Venerável Mestre, como bem lembrou aqui o José Ruah, foi, após a decisão da Loja, subsequente à cisão ocorrida em 1996/1997, de permanecer leal ao Grão-Mestre, regularmente eleito para completar o mandato de José Ruah que, pelas razões que estão explicadas no texto para que remete o atalho acima, entendeu renunciar ao seu mandato. Em Julho de 1997, na reunião normalmente agendada para eleições, foi reeleito para continuar a ocupar a Cadeira de Salomão entre Setembro de 1997 e igual mês de 1998, o que ocorreu.

Jean-Pierre G. foi o oitavo Venerável Mestre da Loja Mestre Affonso Domingues e, mais uma vez, a Loja teve a fortuna de ter o homem certo a dirigi-la no momento certo. Sendo, como o seu nome indica, de origem e cultura francesas, Jean-Pierre G. não possuía a fraqueza, tão comum nos portugueses, do "nacional-porreirismo". Como ele muitas vezes disse e repetiu, com ele "serviço é serviço, conhaque é conhaque", isto é, a amizade não colidia com o dever, a obrigação e o poder de dirigir impunham-lhe que tomasse as decisões que entendia certas, independentemente das amizades, e havia um tempo para folgar e um tempo para trabalhar. Tão simples como isto, mas tão saudavelmente distante de algumas das nossas atávicas idiossincrasias...

Assim, Jean-Pierre G. foi um Venerável Mestre que fez o que tinha a fazer. Recebeu uma loja escaqueirada pela cisão e não se lamentou - apanhou os cacos. Recebeu uma Loja amputada dos seus mais experientes quadros e não se apoquentou - trabalhou com os quadros que havia, que ganharam experiência em exercício. Recebeu uma Loja que perdera organização e não se desorientou - organizou-a.

Jean-Pierre G. foi o gestor de meios, de homens e de expectativas que a Loja precisava. Quando teve de ser autoritário, foi-o. Recordo-me de uma certa ocasião em que se debatia a limpeza do quadro de elementos que não compareciam a reuniões e não pagavam quotas. Um dos elementos em causa era um Grande Oficial, que exercia, e bem, e com dedicação e zelo, uma função importante e que era da particular confiança do Grão-Mestre. Absorvido nessas funções, há mais de um ano que não comparecia em Loja. A Loja hesitava. Era certo que há muito não vinha às reuniões. Mas era Grande Oficial... E de confiança do Grão-Mestre... E estava a fazer um bom trabalho... E era um tipo porreiro... Jean-Pierre G. viu no que aquilo ia dar e resolveu cortar a direito: tudo isso está muito bem, mas eu é que sou o Venerável Mestre e foi a mim que me encarregaram de decidir. Porreiro ou não porreiro, de confiança ou não, Grande Oficial ou não, o certo é que ultrapassou o período fixado para estar ausente da Loja e deve ter o mesmo tratamento que os outros, que aqui não há filhos e enteados - ou vem à próxima reunião ou até lá pede para mudar de Loja, senão, decide-se a sua exclusão e o Grão-Mestre que arranje outro Grande Oficial. E ponto final! Todos os elementos da Loja se entreolharam, mas todos meteram a viola no saco: realmente o Irmão estava em falta; e não havia nada nos regulamentos que justificasse que tivesse um tratamento de privilégio; e o Venerável Mestre fora eleito para decidir... Resultado: antes da reunião seguinte, o Secretário da Loja recebeu o formal pedido de transferência para outra Loja, onde era mais conveniente para esse Irmão comparecer, e o problema ficou resolvido!

Com Jean-Pierre G. a Loja aprendeu que a fraternidade não exclui o rigor, que a amizade não autoriza privilégios, que quando é tempo de trabalhar, é tempo de trabalhar. Se o caminho se faz caminhando, então é preciso caminhar, não apenas pensar em fazê-lo.

Tenho para mim que, naquela época, muito beneficiou a Loja em ser dirigida por alguém com uma mentalidade diferente, em que o rigor não era incompatível com a boa disposição. Com efeito, Jean-Pierre G. era e continua a ser um homem com um extraordinário sentido de humor, brincalhão e bonacheirão - mas só na hora do conhaque; na hora do serviço, faz-se o que se tem de se fazer, enquanto se tem de fazer.

Ainda hoje a Loja é um refúgio de boa disposição, de descontraída brincadeira entre Irmãos que se tornaram amigos e que facilmente integram e enturmam os novos. Mas ainda hoje a Loja, dir-se-ia que por reflexo adquirido no tempo do Jean-Pierre G., quando trabalha, trabalha - com rigor e espírito de procurar fazer o melhor possível e de ser hoje melhor que ontem, esperando que seja pior do que amanhã.

Rui Bandeira

06 setembro 2007

Diario de um Desempregado


Lançamento do Livro de José Carlos Soares, Mestre Maçon na GLLP/GLRP ( desvendado com autorização do próprio), ocorre no proximo dia 11 de Setembro pelas 21h30 na Fnac do Colombo.


Aqui vos deixo os primeiros paragrafos do Livro ( informaçao retirada de aqui )



Diário de um Desempregado começou a ser escrito em Julho de 2003. Lá, José Carlos Soares, jornalista recém desempregado, anotava momentos importantes que ocorriam nessa fase complicada da sua vida. Relatos das dificuldades por que passou e passa alguém que de um dia para o outro perde o seu emprego. Nestas páginas encontramos memórias de momentos que o autor considera importantes para o esclarecimento da verdade. Apesar de o já ter feita há algum tempo, José Carlos Soares não alterou o sentido da escrita de modo a reflectir toda a revolta e dor que sentia na altura.




"Afinal nada de extraordinário se passou comigo, infelizmente digo nada de extraordinário porque nos dias que correm não é de todo extraordinário ficar sem trabalho de um dia para o outro. Milhares de portugueses passam ou passaram pelas mesmas dificuldades que eu passei, e ainda passo, neste nosso “cantinho à beira-mar plantado”.Despretensiosamente partilho com todos e cada um de vós a minha experiência, não porque seja um exemplo para quem quer que seja, não porque sou melhor, não porque pense ser alguém muito importante e sábio que mereça ser lido e seguido, mas precisamente pelo contrário, porque sou igual a todos vós que me estão a ler, porque apesar de ter feito parte daquele grupo de “pseudo eleitos” que aparece na televisão e nas páginas das revistas nunca deixei que tal desiderato me “subisse à cabeça” porque tenho como verdade adquirida que o facto de ser, ou ter sido conhecido, não faz nem fez de mim melhor que o mais anónimo dos anónimos cidadãos deste e de qualquer outro país."- José Carlos Soares


José Carlos Soares está actualmente empregado.



José Ruah

Luciano - o tenor - Pavarotti

Nao sei se era Maçon. Nao é relevante.

Foi seguramente um dos melhores tenores da história, e foi com os seus concertos com os amigos e nao só um homem preocupado com as desventuras sociais do Mundo.

Morreu hoje.

Ficam a voz e as interpretaçoes fantasticas.

José Ruah

05 setembro 2007

Moto Clube Bodes do Asfalto

Foi logo nos primeiros dias deste blogue que publiquei dois textos sobre clubes de motociclismo maçónicos. No início do corrente ano, escrevi ainda um terceiro texto sobre o mesmo tema, dedicado a um terceiro clube do género. Todos os clubes referenciados se integravam na cultura anglo-saxónica (dois americanos e um australiano). Tenho agora a oportunidade de divulgar a primeira agremiação de motociclistas maçons do espaço lusófono que chegou ao meu conhecimento. Dá pelo curioso nome de Moto Clube Bodes do Asfalto e - só podia!- foi criado no Brasil, em 1 de Agosto de 2003, em Feira de Santana, Bahia. É coordenado pelo Irmão Edson Fernando Sobrinho. Inicialmente, destinava-se a apoiar maçons motociclistas em viagem. Com a criação de uma lista de maçons motociclistas, o movimento começou a crescer, contando em meados do ano passado com 364 associados, de 14 Estados brasileiros, além do Distrito Federal de Brasília, residentes em 118 cidades do Brasil. Os Bodes do Asfalto fazem questão de frisar que não são a extensão de qualquer Loja nem seguem a hierarquia da maçonaria, que, enquanto clube de motociclistas, não praticam nem pretendem praticar o rigor de uma loja maçónica e que o clube não é local para discussão de assuntos de Lojas. Em contrapartida, reclamam-se de serem um canal de comunicação entre os maçons, os maçons motociclistas e motociclistas em geral, serem cidadãos de comportamento social exemplar e de bons costumes, de preservarem os ensinamentos maçónicos, em resumo, de serem Irmãos na Ordem e no Motociclismo. O clube é formado por maçons regulares de todas as potências, ritos e graus de todo o Brasil. A maioria dos seus membros possui motos acima de 600 cm cúbicos de cilindrada.

O ramo deste clube no Estado de São Paulo organiza, no próximo dia 7 de Setembro, em Dois Córregos, um evento denominado 1º EBA – Encontro dos Bodes do Asfalto. Dois Córregos foi escolhida para o evento por ser um município que está bem no meio do Estado e ainda pelo apreço que os elementos paulistas do clube têm pela cidade, que há pouco reabriu a sua loja maçónica.

Além de efectuar um desfile com as suas motos, a grande maioria das marcas Honda, Suzuki, Yamaha e Harley Davidson, o Moto Clube Bodes do Asfalto realizará, durante todo o dia actividades na Praça Arthur de Carvalho, a da Matriz do Espírito Santo, entre elas, a recolha de roupas, calçados e alimentos, que serão entregues a entidades de auxílio social do município. Cada peça de roupa, par de calçado ou quilo de alimento dará direito a um cupão para concorrer a um sorteio de um prémio no final do dia, que será doado pelo próprio Moto Clube Bodes do Asfalto. Mas o premiado só levará o prémio se estiver na praça na ocasião do sorteio. Ao longo do dia, depois do desfile, os membros do Moto Clube promoverão brincadeiras e gincanas, com sorteio de T-shirts e autocolantes.

Ao longo do dia, um écran gigante apresentará clips temáticos e as motos ficarão em exposição, disponíveis para quem quiser ser fotografado montado nelas. Ainda devem ser sorteados passeios na garupa de qualquer moto ou triciclo do grupo. O encerramento da festa terá a presença da Banda V8.

O Moto Clube Bodes do Asfalto pretende que todos os motociclistas de Dois Córregos participem com o grupo do desfile. A concentração será às 9 horas na Praça Francisco Simões. Os motociclistas da cidade também estão convidados para receberem a benção em motocicleta, domingo, dia 9 de setembro, às 10h15, defronte da Igreja Matriz do Divino Espírito Santo. A concentração para a benção será às 10 horas, na avenida 4 de Fevereiro, daquela cidade.

Uma boa iniciativa, que espero seja acarinhada e acompanhada por todos os maçons da região, sejam eles motociclistas, automobilitsas ou apenas peões.

Rui Bandeira

04 setembro 2007

O dia do maçom no Brasil

Não escrevi em Agosto, mas não deixei de estar atento ao que se passa em relação à maçonaria no mundo lusófono e não só. Entre outras coisas, aprendi que no Brasil se assinala no dia 20 de Agosto o Dia do Maçom. Li notícias sobre diversas iniciativas de várias instituições maçónicas brasileiras, de eventos e homenagens, enfim, do que é expectável nestes dias comemorativos. De entre os vários textos a que tive acesso, um deles me chamou particularmente a atenção. Trata-se de um artigo publicado no diário electrónico de Mato Grosso do Sul Agora MS, escrito por Paulo Rocaro, escritor, jornalista, presidente do Clube de Imprensa de Ponta Porã e director da Sodema (Sociedade de Defesa do Meio Ambiente) no Estado de Mato Grosso do Sul. O citado jornal electrónico expressamente autoriza a reprodução de todos os seus textos, desde que expressamente citada a fonte. Usando dessa autorização, porque o texto me agradou e porque entendo que fica bem no A Partir Pedra, com a devida vénia reproduzo o texto em causa, integralmente e sem qualquer edição, isto é, mantendo a ortografia original.

O dia 20 de agosto constitui-se em importante data para uma das mais antigas e respeitadas sociedades do mundo: a Maçonaria. Comemora-se, com fugaz lembrança o Dia do Maçom, revelando atividades nos templos maçônicos que se rendem à beleza e perfeição. É o apogeu de uma luta geral tanto por uma beleza estética quanto interior, sem discrepâncias no conjunto harmonioso de paz social.

Como disse certa vez uma importante liderança maçônica, o homem é um laboratório onde se processam experiências espetaculares, na sua busca incessante pelo aperfeiçoamento das idéias e por sua satisfação pessoal, profissional e material. Desde os primórdios da humanidade o homem procura a sua satisfação espiritual, como elemento essencial ao seu bem-estar, ao lazer, ao entretenimento, ao trabalho, enfim, à sua afirmação no meio social.

E para que ele alcance esse desiderato, torna-se imprescindível a fé. O homem não busca apenas satisfazer as suas necessidades materiais. Para viver, plenamente, busca a satisfação espiritual. Cheio de poder, posto que é dotado de inteligência – esta explosiva força criadora – o homem transforma o mundo. E chega a uma conclusão derradeira, inapelável: Deus existe!

Mas, de tanto investigar, termina por concluir que algo deve ser melhorado ainda neste mundo de Deus. A beleza interior é a única coisa que o tempo não pode prejudicar. As filosofias desfazem-se como areia; as crenças passam uma após outra, mas o que é belo é um prazer para todas as estações, uma possessão para toda a eternidade.

Para o homem da cidade, ser feliz se traduz em “ter as coisas”: apartamento, rádio, geladeira, televisão, bicicleta, automóvel. Quanto mais engenhocas mecânicas possuir, mais feliz se presume. Para isso se escraviza, trabalha dia e noite e se gaba de ser bem-sucedido.

Para uma minoria, mais para lá, para os lados do interior, o conceito de felicidade é muito mais subjetivo: ser feliz não é ter coisas; ser feliz, é ser livre, não precisar se matar de tanto trabalhar. E, principalmente, não trabalhar obrigado. Conjeturando o trabalho que é desenvolvido pela Maçonaria, podemos concluir que a questão interior não se limita ao espaço que se produz.

Ou seja, o maçom dedica-se, religiosamente, à tarefa de explorar no homem o que ele tem de melhor, seu poder de fazer deste mundo um lugar melhor para se viver. Estudo maçônico não significa superficialidade. Ele é alvo de dissecação, quase que uma obsessão pelo bem maior da humanidade: a família. Com ou sem rituais, mas com fé no Grande Arquiteto do Universo, o que se busca em meio às paredes dos templos é o direcionamento do cidadão para uma vida digna.

Lembra-me o grande pensador Blaise Pascal (1623-1662): “Quando considero a duração mínima de minha vida, absorvida pela eternidade precedente e seguinte, o espaço diminuto que ocupo, e mesmo o que vejo, abismado na infinita imensidão dos espaços que ignoro e que me ignoram, assusto-me e assombro-me de me ver aqui antes que lá, pois não há razão por que antes aqui do que lá, antes no presente do que então. Quem me pôs aqui? Pela ordem e conduta de quem este lugar e este espaço me foram destinados?”

Este grande símbolo daquele século, questiona: “O que é o homem na natureza? Um nada, se comparado ao infinito: um tudo, se comparado ao nada; um meio entre nada e tudo. Infinitamente afastado da compreensão dos extremos, o fim das coisas e seu princípio estão para ele invisivelmente escondidos num segredo impenetrável, igualmente incapaz de ver o nada de onde é tirado e o infinito pelo qual é absorvido”.

Nesse contexto, vive a Maçonaria em meio a acontecimentos importantes, admitidos como verdadeiros, com a finalidade de obter do passado maiores probabilidades para o futuro, no desenvolvimento da atividade espontânea do homem. A história tem por fontes a experiência própria, a narração das pessoas presentes aos fatos ou que poderão ter conhecimento deles e os monumentos que os atestam.

Para que a História se torne uma ciência, as tradições vagas e sem nexo não lhe bastam. Precisa de fatos verificados, observados, classificados e bem descritos. Portanto, a História da Maçonaria se resume ao tópico central de sua missão, quando encara o homem como fonte inesgotável de sabedoria, imbuído da vontade férrea de atingir seus objetivos, mesmo com o sacrifício da própria vida.

Dezenas, quem sabe milhares de Irmãos tiveram as suas vidas ceifadas lutando por uma causa nobre, a de difundir, de propagar no universo os fundamentos da notável Instituição Maçônica, que se assentam nos princípios de Liberdade, Fraternidade e Igualdade.

Ao se propor a enfrentar o desafio de serem trabalhadores de ofício social, os maçons têm em seus alicerces uma história de luta, sacrifício, dissabor, incompreensão, censura de governos déspotas, da igreja de outrora (e de alguns de seus setores retógrados de hoje) e, principalmente, da rede de intrigas urdidas, de uns contra os outros, o que resultou numa divisão do todo.

Contudo, o importante é que prevaleceu a Maçonaria como instituição séria, respeitada, admirada e consagrada como uma sociedade secreta, na qual se pratica o bem sem olhar a quem, forja-se masmorras ao vício, nutre-se o ideal de melhor servir à humanidade. É onde se pratica filantropia na última acepção da palavra. Dignifica-se o homem.

Ouvi certa vez o pronunciamento de um venerável, sobre a missão alçada a pontos importantes da nação, em que deixou claro que é desta forma que inspira-se confiança aos obreiros da Maçonaria; levanta-se templos à virtude; reúne-se em nome da democracia, da liberdade, da fraternidade e da igualdade entre todos os povos, exaltando-se o nome de Deus, o Grande Arquiteto do Universo, como inspiração divina e como proteção dos trabalhos.

No dia em que se comemora o Dia do Maçom, a esperança é de que este continue levando à compreensão de todos os homens livres e conscientes a certeza plena de que é possível se viver sem os princípios da Maçonaria, mas nunca sem praticar nenhum ato maçônico. Afinal, ser maçom é um estado de espírito, é viver em paz com sua consciência, é, essencialmente, praticar o bem à humanidade, palavra de ordem de todo bom e verdadeiro Maçom.

Embora com atraso, esta é a minha forma de assinalar o dia do Maçom no Brasil.

Rui Bandeira

03 setembro 2007

Organização do jogo

Uma das minhas frases favoritas é a que menciona que O cemitério está cheio de insubstituíveis. Este blogue, no mês passado, ilustrou-a na perfeição. Como anunciei, cumpri o meu dever de tirar férias e não escrevi uma linha. Mas a minha falta não se fez sentir, muito graças ao esforço do José Ruah, que assegurou 21 dos 23 textos publicados em Agosto (os outros dois foram publicados pelo JPSetúbal, também fresquinho após o regresso das suas férias nórdicas), mantendo assim a média de um texto por dia útil.

Muito obrigado pela referência ao meu aniversário e antecipado pedido de desculpas pelo meu mais do que provável esquecimento de referenciar os aniversários dos outros autores de textos do blogue...

Quanto à simpática referência à minha dita condição de "médio organizador de jogo" deste blogue, não posso deixar de rectificar: infelizmente nasci com dois pés esquerdos, quer para o futebol, quer para a dança, e qualquer deles é (ainda) pior do que o pé direito do Óscar Cardozo (e nada têm a ver com o fabuloso pé esquerdo dele...); quanto às minhas supostas capacidades de organização do blogue, a prova está nos quinze meses anteriores: revelei-me muito mais adepto da táctica do "todos ao molho e fé em Deus" e na manutenção de um espaço de criatividade e liberdade do que da organização...

Quanto ao futuro, antes do mais uma novidade e um desejo. A novidade é que, se se confirmar o anúncio que directamente me foi feito por um Mestre da Loja Mestre Affonso Domingues, já este mês este blogue vai passar a ter mais um autor de textos a publicar com frequência. O desejo é que, graças a este "reforço" (a custo zero!!!) e ao que espero seja uma cadência de produtividade de cada autor frequente de... digamos... não quero exagerar... nem ser irrealista... pelo menos um texto por semana, espero este ano poder escrever uma média de apenas dois textos por semana, ou seja, cerca de 100 textos até ao final de Julho.

Se assim for, tenho o plano de trabalho para todo este ano praticamente feito: vou continuar, à cadência tendencial de um texto semanal, a série Memória da Loja, até a conduzir até ao Venerável Mestre que exerceu funções no ano maçónico de 2005 - 2006. Depois disso, a actualização será anual, deixando de fora os mandatos do ex-Venerável Mestre e do Venerável Mestre em exercício. Memória não é história, mas pressupõe algum distanciamento e o mínimo dos mínimos é um ano...; tendo no ano transacto publicado uma série de textos sobre o percurso de um profano enquanto candidato, tenciono este ano publicar uma outra série de textos relativo ao percurso de um maçon desde a sua iniciação até ser Mestre, porventura Mestre Instalado, de uma Loja azul; continuarei, embora talvez com menos regularidade, a publicar textos sobre maçons ilustres, sítios maçónicos, outros blogues maçónicos, Lojas de Investigação e curiosidades maçónicas; publicarei, é claro, sempre que tal se justifique, notícias ou referências de actualidade; tenciono descaradamente aproveitar a boa ideia que o José Ruah teve de lançar o seu estival Desafio e escrever alguns textos desenvolvendo pelo menos alguns dos temas colocados pelos leitores deste blogue; finalmente, é claro que sempre acabarei por escrever alguma coisa sobre coisas de que agora não faço a mínima ideia e que, oportunamente, me dará na bolha de escrever...

Como vêem, neste blogue a "organização do jogo" é simples. Agora basta resguardar a baliza, meter velocidade nas alas e ser eficiente na área para termos uma época em que o nosso desempenho agrade ao nosso público. Esse o nosso objectivo!

Rui Bandeira

02 setembro 2007

Viva a Vanessa !


Estou a alinhavar estas ideias já no dia 2 de Setembro, embora para mim em termos de trabalho ainda seja dia 1 e hoje, dia 1, tivemos outra alegria desportiva.
Para emparceirar com o Campeão do Mundo do triplo-salto aí temos, de novo, a enorme Vanessa Fernandes a saltar para o 1º lugar do podium do triatlo, ela também Campeã do Mundo.
Tal como fizemos com o Nelson Évora, daqui vão os parabéns para a Vanessa Fernandes (de todos os 3 do A-Partir-Pedra) que foi responsável por mais uma vez (e são tão poucas, infelizmente) a Bandeira Nacional ter subido mais alto em simultâneo com a Portuguesa a tocar para 60.000 alemães verem e ouvirem (e aplaudirem !).

Há aqui uma óbvia simpatia pelo número 3.
Nós somos 3 e estamos a dar os parabéns ao Nelson que deu 3 saltos e à Vanessa que cumpriu 3 provas.
O 3 tem significado maçónico, sim !, mas trata-se apenas de uma coincidência curiosa.


JPSetúbal

31 agosto 2007

Desafio Final

Acaba hoje o mes de agosto e consequentemente o desafio que lancei aqui.

Se nos primeiros 15 dias a coisa correu bem e o debate foi animado, ja na segunda quinzena a coisa foi muito mais morna a roçar o frio mesmo.

No final resta fazer o balanço final dizendo que nao tendo sido uma iniciativa de grande sucesso também nao foi um insucessso total.

No entanto confesso estava à espera de mais. Sei que o mes de Agosto é muito fraco , muita gente de ferias, etc, mas ...

Inciando-se Setembro, volta o nosso medio organizador de jogo ( assim comparado ao Rui Costa de ha uns anos) de seu nome - também - Rui.

Fica a equipa completa.

Setembro será um mês de grande actividade maçónica, aqui na Grande Loja e nas Lojas. é o mês de tomada de posse dos Veneraveis de cada Loja.

É o mes da renovaçao e das ideias e planos de acçao para o ano seguinte.

Quanto às perguntas e respostas evidentemente que continuaremos a responder a todas as questões que nos forem postas.

Muito obrigado aos "perguntadores" que permitiram que este blog se mantivesse com um nivel de actividade normal durante o mes de Agosto

Jose Ruah

27 agosto 2007

Desafio - Passagem de Grau

Hoje como estou com tempo e disponibilidade respondo já:

O Profano disse...
Caro josé...Já que a "época das perguntas" ainda não encerrou, e ainda bem :)

Venho fazer uma que talvez por ser um pouco "quente demais ou secreta talvez", me arrisco a ficar sem resposta ou com uma que não seja totalmente a que esperava.

Mas aceito e compreendo se a mesma não for respondida tal o assunto que aborda.
e passo a perguntar:

Pelo que sei e posso estar errado, em sessões de Loja, os Aprendizes e os Companheiros não fazem "uso da palavra". Correcto?

Se sim, então como podem eles serem avaliados para "serem aumentados de salário" ( já que não "falam")?
É atravez de "pranchas" que façam e que demonstram os ensinamentos adquiridos ou atravez de exames próprios e adequados ao "aumento de salário"?
Sei que a resposta será pouco "discreta", mas se possível agradeço desde já.
abr...prof...

Olha que excelente ideia - Fazer um exame para passar de grau. !

Nunca me tinha ocorrido esse metodo. Caro amigo gostei, e embora sabendo que dificilmente ( quase impossivel) o porei em prática vou pensar seriamente nisso. (estou a falar a serio)

Como pode calcular o exame nao faz parte da norma.

Está de facto certo quando diz que os companheiros e os aprendizes nao podem falar.

Mas podem escrever, pintar, desenhar, executar e sobretudo pensar. E com isto produzir trabalho a ser apresentado formalmente.

Dependendo de cada loja, e na minha optica as duas formas sao admissiveis, o Aprendiz ou o companheiro usam da palavra para apresentar o seu trabalho da seguinte maneira:

1 - Os trabalhos sao suspensos para o efeito de apresentaçao - com os trabalhos suspensos podem usar da palavra.

2- O Veneravel Mestre concede autorizaçao especial de uso de palavra para efeito de apresentaçao de trabalho.


Em qualquer dos casos uma vez finda a apresentaçao a palavra nao lhe é mais concedida, nem para defesa do trabalho das apreciaçoes feitas pelos mestres presentes.


Depois temos as avaliações complementares, assiduidade, interesse demonstrado nas discussoes pos sessão, presenças nas sessoes de instruçao e respectivo desempenho, etc.

Enfim nao é por falta de metodos de avaliação que um aprendiz ou um companheiro não passam de grau.

José Ruah

O triplo ....Nelson

Não se trata de nenhum ritual novo.

Apenas o tributo deste Blog ao NELSON EVORA pela sua brilhante vitória no Campeonato do Mundo de Atletismo em Osaka, na disciplina de Triplo Salto.

Este nosso País vê-se assim projectado uma vez mais na alta roda do atletismo mundial.


Venha agora a medalha no Salto em Comprimento.

A Partir Pedra

Desafio - sera que falhei alguma pergunta ?

Caros leitores


Estou em divida com algum de vocês ?

Eu acho que não , pois repondi a tudo até agora. Mas como o aviso de novos comentários vai para o mail do Rui e ele está de ferias, pode ter havido um ou outro que nao me apercebi.

Se assim for, por favor repitam a pergunta neste post.

Novas perguntas, ainda estao em tempo uma vez que o prazo acaba a 31 de Agosto.


José Ruah

Desta vez é que foi

Em primeiro lugar as minhas desculpas pela ausencia.

Desta vez nao anunciei, nao fosse o Diabo tece-las, e a coisa aconteceu. Na Sexta passada la fui à pesca. O mesmo grupo da semana anterior acrescido do meu enteado.

Saimos pela fresca, e fui sempre a levar com vento na cara e estava mesmo frio.

Descontando alguns enjoos, entre osquais o do redactor, a coisa correu muito bem, e passadas 3 horas quando voltamos traziamos uma quantidade apreciavel de peixe.

Feitas as contas eram para cima de 100 unidades e com um peso estimado de cerca de 15 a 20 kg.

Directos da Ericeira para Colares, onde fizemos a contablizaçao do produto e a respectiva separaçao, em partes parecidas.

A primeira parte foi a parte do Almoço. Sargos e garoupas pequenas. Tudo para cima do carvão depois de devidamente arranjados e passados por sal.

Depois a separaçao para que cada um levasse para casa uma porçao da pescaria.

Mas aqui entre nós, o Mestre Assador esmerou-se e dos que foram parar à grelha sobrou nada e passaram pelo estreito com uma facilidade .....

Vamos ver se em Setembro ainda se consegue ir mais uma vez.

José Ruah

26 agosto 2007

Entrevista do MRGM


Esta semana o “Sol” publicou uma entrevista com o Muito Respeitável Grão-Mestre da Grande Loja Legal de Portugal/GLRP, Irmão Mário Martin Guia.
É um documento importante que, sugerimos, seja lido atentamente por todos quantos estão interessados nos “segredos” da Maçonaria regular.
Ali o MRGM define políticas, indica caminhos, esclarece as dúvidas mais imediatas relativas às politiquices que, com grande frequência, têm servido de pretexto para “julgamentos definitivos” sobre a Maçonaria e os Maçons.

Como ele diz ainda há muita gente que considera os Maçons como “mata-padres”, particularmente no que se refere à Igreja Católica Apostólica Romana, cujo obscurantismo divulgado não deixa o seu povo sequer, olhar para o lado, não vá descobrir alguma verdade diferente da de Roma, ou pior do que isso, descobrir que a igreja de Roma tem sido ao longo dos séculos, essa sim, mata-maçons.

Temas como a Universidade Moderna, a admissão na Maçonaria, as relações com outras obediências e finalmente o contrato de arrendamento de instalações condignas ficam ali abordados e suficientemente esclarecidos.

Claro que não evitará que as ideias fantasiosas sobre os “mistérios”da maçonaria continuem a ser cultivadas pelos que não querem ver e/ou por todos os que publicitando toda a tolerância do mundo acabam por, com a sua actuação diária, acertar machadadas mortais no que é de facto tolerância, igualdade, ecumenismo.

JPSetúbal

21 agosto 2007

Sabiam que

O dia de hoje para além de ser como ja foi dito o do Aniversario do Rui também ficou celebre pelos factos ( entre outros ) que seguem:


21/08/1560 O astrônomo dinamarquês Tycho Brahe observa um eclipse do sol

21/08/1806 Os trabalhos maçônicos são suspensos no Brasil devido a perseguição

21/08/1896 Conde de Peña-Ramiro (governador de Madrid) ordena a invasão do Gran Oriente Español

21/08/1914 Eclipse Solar

21/08/1939 Alemanha e Rússia firmam um pacto de não agressão

21/08/1940 Morte de Leon Trotsky no México (o atentado foi em 20/08/1940)

21/08/1948 Fundação da Loja Pátria e Liberdade - Teresina

21/08/1956 Fundação da Loja Deus, Ordem e Progresso - Palmeiras de Goiás - GO

21/08/1985 Fundação da loja 'Salgado Filho' - Belo Horizonte - MG

21/08/2005 Inaugurada a praça Mafalda (personagem do cartunista Quino) em Buenos Aires


Até Amanhã

José Ruah

Ele está de férias mas...

não quer dizer que o tempo fique estagnado.

Hoje a semelhança dos anos anteriores nesta mesma data celebra-se o aniversário do RUI

sim do Bandeira, esse mesmo que escreve aqui 11 meses por ano.

Rui - Muitos Parabens, contes muitos mais.


Abraço cá dos co blogueiros

JPSetubal e Jose Ruah

REGRESSADO !

Ora bem, como de costume tudo o que é bom acaba depressa.
Assim foi desta vez, também.
Foram 3 semanas (+/-) por fora de Lisboa, o suficiente para regressar com a sensação de desconforto “vamos a ver como isto está…”.
Claro que está na mesma (afinal 3 semanas dão para alterar o quê ?) mas esta sensação estranha e desconfortável de uma expectativa de alterações, que não tem nada de razoável, faz com que percorra o caminho de regresso até casa com olhos mais abertos e atentos do que é costume, para concluir logo de seguida
– “que chatice, está tudo na mesma !”

Outra sensação que me assalta é a de que estive longe muito tempo (há que tempos não passava por aqui…), outra imagem inteiramente subjectiva, sem qualquer base real (foram só (!) 3 semanas) mas que sinto, sempre que regresso seja lá de onde for.

Tudo misturado com a saudadezinha bem portuguesa, sentimentalona, vinda da falta das rotinas diárias, contactos com os meus Irmãos, os Amigos, o Blog, os tempos de “net” com outros compromissos que me enchem o que sobra do dia a dia com a “canalha míuda…” (só netos são 5 !).

Já dei uma olhada pelo “A-Partir-Pedra” e constatei que o nosso querido Zé Ruha fartou-se de … partir pedra, pois claro, salvando a honra do convento (salvo seja), posta que foi em risco pelo “abandono” dos 2 parceiros da equipa que Lhe deixaram a criança nos braços.
E Ele não só não a adormeceu, como a manteve tão desperta como sempre, alimentando-a e mudando-lhe sempre atempadamente a fralda.

Mas verdade que sinto a falta destes contactos, das nossas sessões, das boas, vivas e alegres discussões nos ágapes.
Para já o “A-Partir-Pedra”.
Para dizer que estou de volta (é uma ameaça…) e para confirmar o conteúdo do meu post “Férias…Férias !” com o qual Vos disse o meu “até ao meu regresso”.

Neste tempo passado fora andei alguns dias pelo norte da Europa e meus caros Amigos, o que escrevi antes mantenho, Lisboa é a Capital do mundo (!).
Conheci outras 3 capitais (Estocolmo, Oslo e Copenhaga), anunciadas como lindíssimas, fascinantes, e blá-blá… e blá-blá….
Mas com franqueza, é preciso ter lata para fazer este jogo de comparações em que as regras não estão definidas de forma a dar oportunidades iguais a todos os jogadores, neste caso as supostas cidades postas em confronto.
O que é que Copenhaga tem de especial ? A doca ? A doninha raquítica a que chamam sereia ?
O render da guarda do Palácio, coisa pífia, sem geito nem garbo ? Ou os ladrões que me ficaram com a câmara e o telemóvel ?
Para os que ainda não visitaram Copenhaga e esperam chegar e tropeçar a cada passo com loiras a atirarem-se para o chão, desiludam-se. Não vão nessa porque, mesmo dando o desconto que é devido pelo susto que apanhavam quando me viam, nem muitas nem tão espectaculares assim…
No meu texto ante-férias só faltou botar a opinião que tenho há muito, e que mais uma vez confirmei… As portuguesas são muito bonitas !

Bem, sobre Copenhaga estamos aviados.
As outras… (Oslo e Estocolmo) ainda são mais fáceis de aviar.
Oslo e Estocolmo não fazem parte deste campeonato, não são cidades !
São extraordinários jardins dentro dos quais também plantaram algumas (coisa pouca !) “casitas”, onde um pobre estrangeiro tem sempre um sorriso amável à espera, onde às 5 da matina já não se pode dormir porque é dia (mesmo, mesmo, estamos em Agosto), onde uma fila grande de automóveis tem 5 carros em andamento, onde o vermelho é para parar e o verde para andar e vejam só, onde nos passeios só se vêm pessoas !
Portanto estão a ver, não vale comparar, uma coisa são cidades e outra bem diferente são estes jardins alcunhados de cidade, Capitais dos respectivos países. São de outro campeonato !

E por aqui ficamos com estas aviadas, também.

E, se conhecem o meu feitio, não esperam com certeza que tenha passado por lá impunemente.
Era o que faltava ! Gastei-lhes as 2 semanas de Sol que tinham para este ano ! Andei por lá com vinte e muitos graus, Sol que queimava, a ter de fugir para as sombras. No dia a seguir à nossa saída choveu que se fartou… Vimos no “Meteo” da zona. Bem feito !

JPSetúbal

19 agosto 2007

Desafio - Da Justiça Maçonica

Escrevo hoje (Domingo) porque sei de antemão que amanhã segunda será muito dificil encontrar tempo para postar, e como meu compromisso é 1 post por dia excepto fim de Semana e Feriado.

O nosso leitor Simple ( de identidade blogueira apenas) é tudo menos simples nas suas perguntas.

Cabe-me a mim dar respostas simples a perguntas complicadas.

A pergunta (com respectiva introduçao e considerandos)

Simple disse...
Caros: Já que prorrogaram o prazo, aqui seguem mais umas.

Li não sei bem onde (tenho que passar a ser mais organizado com os meus bookmarks...) que um maçon deverá resolver eventuais litígios com outros maçons dentro da Maçonaria, sem recurso aos tribunais civis.
Deverá, em princípio, aceitar a mediação do Mestre, mas encontrei referências a um tal "Tribunal Maçónico".
Ora, tanto quanto sei, a Maçonaria Regular pauta-se pelo escrupuloso cumprimento do ordenamento jurídico dos países em que se encontra implantada.
Assim, deveriam bastar-lhe os tribunais civis - a não ser que, à semelhança dos tribunais desportivos, as partes optem explicitamente por um sistema próprio.
Assim sendo, ficam as questões:- A Maçonaria Regular tem um Tribunal?- Para que serve?- Se existe, em que medida pode o seu âmbito colidir com o dos tribunais civis?- Os processos também demoram anos a ser julgados, acabando por prescrever? ;)Um abraço,Simple Aureole


Antes de mais uma correção.

Não prorrogaram ( plural) o prazo - prorroguei (singular) o prazo, logo Caros tem um s a mais.

Em todas as organizaçoes há a necessidade de regular determinado tipo de acçoes e de comportamentos, nomeadamente estipulando quais as consequencias do nao cumprimento.

Exemplo: O pagamento de quota pecuniaria é obrigatório. O nao pagamento tem uma repercussão.

Na Maçonaria Regular isto acontece também.

APenas posso falar do caso da GLLP, pois as estruturas sao distintas ( o poderão ser) de Grande Loja para Grande Loja.

Em Portugal existe um orgao eleito que administra a Justiça maçónica. Actua como primeira instancia quando o nao cumprimento é a um determinado nivel hierarquico, ou como orgao de recurso para decisões aplicadas em Loja.

Das decisões deste Orgao cabe recurso para o pleno da Grande Loja, ou seja para a Assembleia de Grande Loja.

Em caso algum saõ apreciados processos do foro civil, sendo apenas apreciados os resultantes do incumprimento das normas Maçonicas.

Os procedimentos de justiça têm tempos de resoluçao que estão fixos em regulamento próprio e que consequentemente impedem o arrastar no tempo dos ditos processos.

Concluindo:
A Maçonaria Regular administra justiça maçonica apenas.
Sendo de foro interno, nao creio que colida com a Lei Civil.
Os prazos estao estipulados para nao permitir o arrastamento dos processos.
De todas as decisões cabe recurso ao Orgao acima, sendo a decisao definitiva e sem recurso a proferida pela Asembleia de Grande Loja - orgão máximo da Grande LOja.


José Ruah

17 agosto 2007

Foi diferente ou o relato de uma pescaria

Pois caros eis-me de volta.

O Dia até correu muito bem, apenas que foi diferente do pensado.

Chegados à Ericeira pela fresca, 7h00, e estava bem fresco a essa hora, o Mestre da Embarcaçao ( sim que ha muito mais Mestres que aquilo que se pensa) disse-nos que face ao vento e à ondulaçao e estado do mar não iriamos sair.

E nao serviu de nada tentar convencê-lo. Nao saimos e pronto. O melhor que conseguimos foi marcar outra data para a Semana, e solicitar-lhe que fizesse o favor de nos telefonar na vespera a confirmar.

Posto isto o retorno à base, casa dos meus pais em Colares, era a solução. Pelo caminho decidimos que se o dia era de peixe e que se nao o tinhamos conseguido no mar o conseguiriamos seguramente no Mercado.

Eu fiquei na base e o restante da comitiva, Pai + Sobrinhos + 2 amigos da familia, foram nessa expedição.

Retornados com umas sardinhas, bem gordas e com optimo aspecto, foi altura de o Mestre Assador ( eu proprio) entrar em acção.

Foi um daqueles almoços em que saimos da mesa lá para as 5 da tarde, já nem tanto por estarmos a comer mas porque a conversa fluiu.

No retorno a casa a dificuldade de guiar, porque o sono era grande fruto do cansaço ( nunca do alcool porque praticamente nao bebo), mas la cheguei.

Veremos com corre a proxima.

Jose Ruah