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12 junho 2008

Futebol, Maçonaria e mais...

Não, não venho deixar nenhum texto sobre o Euro-2008 nem sobre a vitória da Selecção Portuguesa sobre a da República Checa. Isso já foi glosado em vários tons pela imprensa, pela rádio, pela televisão e pelas conversas de emprego, amigos e de café. Hoje, o tema de partida para o texto é o futebol, mas é outro e de outras paragens.

Li no jornal electrónico Midiamax - o Jornal Eletrônico do Mato Grosso do Sul uma notícia na secção de Esportes, da autoria do jornalista Jorge Franco, com um título que logo me chamou a atenção: Capital terá Copa Maçônica de Futebol Society.
Os detalhes primeiro. Que é isso de "Futebol Society"? A Wikipedia elucida-nos, nesta entrada: Futebol Society é uma variação do futebol. Jogado em campos menores, e usualmente com grama sintética (ou outros materiais artificiais). Disputado por 7 atletas de cada lado, tem regras próprias, criadas por um brasileiro, Milton Mattani. Difundido em todo o mundo, principalmente na América do Sul. Hoje, no Brasil, é a modalidade mais praticada com cerca de 12 milhões de praticantes.

Resolvido o pormenor, vamos então à notícia:

Promovido pela Prefeitura de Campo Grande, numa realização da Funesp (Fundação Municipal de Esporte), começa no dia 5 de julho, a primeira edição da Copa Maçônica de Futebol Society, competição que conta com a parceria das potências maçônicas GOMS, GOB-MS e Grande Loja Maçônica, além da Federação de Futebol Society de Mato Grosso do Sul.

A competição reunirá maçons ativos das três potências de Mato Grosso do Sul, que poderão inscrever quantas equipes pretenderem. Cada equipe será composta por 15 atletas com idade superior a 40 anos, podendo cada uma inscrever ainda até dois atletas com idade inferior a 40 anos. Um destes jogadores será, obrigatoriamente, o goleiro.

Também será permitida a fusão de duas ou mais lojas de uma mesma potência para a composição das equipes.

As inscrições poderão ser feitas na Funesp, até o dia 1º de julho, sendo que cada equipe pagará a quantia de 15 cobertores, que serão doados para a campanha do agasalho promovida pela primeira dama de Campo Grande, Maria Antonieta Trad.

O congresso técnico, que definirá a tabela de jogos e a composição dos grupos ocorrerá às 16 horas do dia 5 de julho, na praça esportiva do Belmar Fidalgo, com a presença do prefeito Nelsinho Trad (PMDB) e dos Grão-Mestres Herbet Xavier (Grande Oriente de Mato Grosso do Sul), Juares Vasconcelos (Grande Loja) e Gercírio Domingos Mendes (Grande Oriente do Brasil).

Para o presidente da Funesp, Carlos Alberto de Assis, esta competição visa promover a integração e a confraternização entre os maçons. "É uma forma de prestigiarmos e ao mesmo tempo agradecer a estas pessoas, que tanto fazem pelo bem estar de nossa sociedade, bem como prestamos a colaboração com a campanha do agasalho".

Brasileiro é mesmo assim: futebol, mesmo de sete, tem lugar de destaque. Mas o que me chamou a atenção na notícia foi algo diverso: a naturalidade da confraternização entre maçons de Obediências distintas. Aqui não há querelas sobre regularidade ou reconhecimento. Cada um joga no seu time e, golo daqui, defesa dacolá, todos confraternizam.

É um bom exemplo a seguir deste lado do Atlântico. É bom que todos vamos entendendo e praticando que, estando cada um integrado na sua Obediência, que tem características, aqui mais, ali menos, diferentes das outras, não tem que, não deve, ignorar ou verberar quem escolheu integrar-se noutra. Se esta é Regular, aquela Liberal, uma reconhecida internacionalmente por uns, outra por outros, e uma terceira por nenhuns, são outras questões, que nada têm a ver com o desejável amistoso trato que deve existir entre quem busca o aperfeiçoamento e a Luz - onde quer que o faça. Se um maçon vir um certo sinal pedindo ajuda, o que faz é prestar socorro, dar auxilio, providenciar alívio; não vai perguntar a quem necessita de auxílio em que Obediência está inserido. Quando é hora de prestar homenagem fúnebre a um maçon que passou ao Oriente Eterno, não importa nem em que Obediência ele se encontrava, nem se quem está ao meu lado na Cadeia de União é Regular, Liberal, Reconhecido ou não. Homens livres e de bons costumes prestam homenagem a um outro, que pousou já as suas ferramentas. É tudo! E é assim que deve ser!

Obviamente que as determinações de cada Obediência devem ser respeitadas. No meu caso, como Maçon Regular, não visito Loja que não seja Regular e não admito visitantes que não sejam maçons Regulares na minha Loja. São essas as regras que vigoram e que me comprometi a cumprir, ponto final. Mas essas regras não me impedem de, fora de Loja, confraternizar, colaborar, debater, organizar, enfim, relacionar-me com outros homens livres e de bons costumes que optaram por se inserir e trabalhar em outras Obediências. Nem, já agora, embora a minha Obediência seja exclusivamente masculina - e eu concordo com isso, e já expliquei aqui porquê -, tenho qualquer impedimento em estabelecer idêntico relacionamento com senhoras que, integradas em sua organização própria, comungam também dos ideais e objectivos maçónicos. Em resumo, homens e mulheres de boa vontade, comungando dos ideais maçónicos, têm um vasto campo de cooperação, que podem e devem aproveitar e utilizar, independentemente de cada um se inserir na sua específica Obediência e cumprir as regras que nelas vigoram.

Por isso, não se praticando por estas bandas o Futebol Society, mas praticando-se o Futsal, bem gostaria de ver organizado um campeonato de Futsal, com equipas formadas por obreiros da GLLP/GLRP, do GOL, da GLRP, da GLTP e do que mais por aí houver! Pontapé na canela aqui, golo acolá, defesa mais adiante, também assim se aprende a distinguir entre o essencial e o acessório...

Mas, atenção!, não pode ser já! É que o craque da Loja Mestre Affonso Domingues, o José Ruah, lesionou-se recentemente num renhido jogo e está fora de combate por uns tempos - e nós precisamos do nosso craque!

Rui Bandeira

13 dezembro 2007

Desafio

Lido na edição electrónica do Diário da Serra, de Tangará da Serra, Mato Grosso, Brasil, em artigo de 13/12/2007, de Luciano Góis:

A loja Maçônica 13 de Maio realizou na noite da última terça-feira, 11, um torneio de confraternização envolvendo seis equipes. As equipes foram formadas por jogadores que treinam durante a semana no campo da Maçonaria e outros jogadores que foram convidados, com o propósito de confraternizar e colaborar também com o Lar dos Idosos. Cada atleta doou um produto de limpeza, que foram entregues ao Lar dos Idosos.

Como se vê, Maçonaria não é necessariamente sisudez nem preocupação com aperfeiçoamento. Pode muito bem ser também divertimento, desporto, confraternização.

Afinal de contas, mens sana in corpore sano (mente sã em corpo são) é uma condição que já na antiga Roma se entendia como desejável (por isso é que criaram o brocardo que ainda hoje é utilizado...).

Repare-se ainda como judiciosamente se junta o útil ao agradável: convívio, confraternização, desporto, mas também solidariedade. O torneio foi um pretexto para ajudar o Lar de Idosos em algo que, manifestamente, lhe é útil: produtos de limpeza. E sem um grande custo individual: a "inscrição" de cada jogador para o torneio foi um produto de limpeza. Os produtos recolhidos foram então doados ao lar de Idosos.

Simples, fácil, eficaz!

Esta pequena notícia ensina-nos uma coisa, pelo menos: é possível ajudar, sem necessidade de grandes organizações, grandes esforços. Um pouco de imaginação chega para poder ajudar.

Aprendamos, pois.

A propósito, e se arranjássemos uma brincadeirinha do género cá no nosso cantinho europeu? Que tal um ou mais jogozitos de Futebol de 5? O José Ruah, que dizem que é craque - e, se for, é um craque de peso, basta olhar para ele... - é que podia organizar uma equipa da Mestre Affonso Domingues!

Eu, como o meu departamento é mais o de lançar ideias para o ar e ver se alguém as agarra, avanço já com o desafio: há para aí uma Loja Maçónica que queira medir forças (com a Sabedoria disponível e a Beleza possível) no Futebol de 5 com a Loja Mestre Affonso Domingues? Cá por mim, como é uma actividade profana, estendo o desafio também às Lojas do GOL. Condição essencial: haverá que combinar previamente o que cada jogador deve dar, como taxa de inscrição, para posteriormente ser entregue a uma instituição de solidariedade acordada entre ambas as Lojas.

Quem sabe? Há ideias assim malucas que prosperam... Já viram se, pontapé aqui, golo acolá, um dia se chegasse a um Grande Torneio de Futebol de 5 Maçónico, com direito a transmissão televisiva na Sport TV e tudo? Com os respectivos direitos de transmissão a reverterem para Solidariedade? Deixem-me sonhar...

Rui Bandeira

28 abril 2007

Disto & Daquilo ...

O nosso querido José falou sobre o estado do "estado", mas... ... ... imperdoavel (!), nem uma linha sobre o "campeonato" que se disputa este fim de semana.
Campeonato claro, porque campeonato é Benfica-Sporting, o resto é paisagem...

Eu por mim estarei fora... cá dentro, até 4ªfeira próxima, mas seguirei via TV o "derby".

Só puxei este assunto porque espero (é um voto que deixo por aqui) que venhamos a ter e a ver (os que gostam) um jogo de futebol a sério, sem malabarismos nem de jogadores, nem de árbitros, e muito... MUITO menos de pseudo-espectadores (felizmente parece que alguns estarão entretidos lá por Santa Comba, o que dá esperança de civilidade ali para os lados da "catedral"), selvagens habitualmente à solta nos nossos campos de futebol.

O resultado (para satisfação do nosso querido e habitual "Profano") é o que menos me interessa, porque o que dá "pica" é ver jogadores a sério (já que são profissionais que honrem a profissão) a jogar futebol, com virilidade, com serenidade, com inteligência, com entrega ao espectáculo que lhes dá tanto dinheiro a ganhar.

E quanto ao resultado... quero que o resultado se trame !

E "Viva o Benfica" !

Até quarta-feira. Bom fim de semana e bom 1º de Maio.

JPSetúbal

19 janeiro 2007

Apito Dourado

Acabo de ouvir na Radio que vai ser reaberto um processo contra o Sr. Pinto da Costa. Espero que seja o primeiro de muitos e que finalmente se comece a luta contra a verdadeira Máfia.
Não pretendo julgar e condenar publicamente o dito senhor, alias porque existe a presunção de inocência do cidadão.
Este passo é dado no sentido contrário do que geralmente acontece, que é o arquivamento.
Fico com a secreta esperança que outros passos sejam dados e conduzam o dito senhor a julgamento, e já agora que o condenem, porque isto de presunção e agua benta cada um....
E se não for por corrupção no futebol, que seja por evasão fiscal, ou por multas de transito, ou por cuspir para chão !
Espero que desta vez sejam de facto apuradas as responsabilidades e os culpados punidos e que o F.C.Porto vá para à 3ª divisão distrital com proibição de subir durante 25 anos.

JoseSR

20 dezembro 2006

Leilão a favor de José Torres, O Gigante (Bom...)


JOSÉ Torres descobriu aos 61 anos, quando foi «meter os papéis» para a reforma, que passou uma vida inteira enganado no futebol. Entrou no mundo do trabalho aos 15 anos, como aprendiz de serralheiro, depois foi jogador profissional até aos 42, dos quais 12 no Benfica, e ainda fez mais meia dúzia de épocas como treinador e seleccionador nacional. Mas, na Caixa, os únicos descontos em seu nome remontam à adolescência. Agora, apenas receberá uma pensão porque foi agraciado com duas comendas. (Expresso em 1/5/1999)


A Federação Portuguesa de Futebol revelou que vai leiloar no seu site a escultura Memória que pensa, José Torres o Bom Gigante, de José Coelho. O dinheiro arrecadado será entregue ao ex-Magriço, que sofre de doença prolongada.
A peça pode ser apreciada na Casa Pedro Álvares Cabral/Casa do Brasil, em Santarém. O leilão tem o seu início na quinta-feira e termina no dia 5 de Janeiro, no site www.fpf.pt.
José Coelho espera que o leilão consiga recolher «um montante elevado para suprir as dificuldades financeiras e de saúde» de José Torres.
(DiárioDigital em 20/12/2006)

Esta notícia surgiu, na comunicação social de hoje (infelizmente apenas a vimos no Diário Digital), e é resultado de um movimento "Pró Bom Gigante" que apareceu na NET há alguns meses, num rebate das consciências que durante anos saltaram nas bancadas dos estádios do mundo, braços no ar e gargantas escancaradas com os "GOOOOOOOOOOOO...LOs" que o "Zé Torres" marcava e dava a marcar, no Benfica e na Selecção Nacional.
Que este movimento não seja uma esmola porque o Zé Torres não merece esmolas !
O Zé Torres merece, sim, a solidariedade franca, aberta, simples e honesta de todos os portugueses que sejam capazes de sentir que o desporto português Lhe deve alguma coisa.
É uma dívida que se está a pagar, e com grande atraso !
Infelizmente a entidade-origem desta iniciativa não é de molde a dar-nos esperança de algum resultado bom, muito menos excelente, mas enfim, "a ver vamos" o que vai sair daqui.
JPSetúbal

15 dezembro 2006

Mãos Limpas

Mãos limpas foi o nome dado a uma operação anti corrupção e anti máfia levado a cabo no final da decada de 80 inicio da decada de 90 do seculo XX, em Itália

Os rostos mais emblemáticos desta operação foram os Magistrados Falcone e Borsellino, ambos assassinados pela Mafia em 1992 com 2 meses de intervalo e da mesma maneira - bomba na estrada que explodiu à passagem dos respectivos carros.

Nesta operação ( mais detalhes aqui ) foram investigados politicos, empresarios, etc.
Não exactamente igual a esta coisa que cá temos que se chama Apito Dourado mas respeitadas as escalas ...
Na ultima semana e fruto de uma biografia de uma tal de Carolina surgem factos e revelações relacionados com este caso do Apito que dura vai para mais de 2 anos, e que nem as mais aturadas investigaçoes da PJ e do DIAP de Gondomar conseguiram deslindar.

Eis que, qual D. Sebastião ( bem talvez Sebastiã), nos aparece das brumas a Procuradora Maria Jose Morgado para combater a Máfia Portuense ( tal como já ficou demonstrado em post anterior).
Será que é desta ?
Ou caberá aqui uma celebre frase de Eça, devidamente adaptada ao Procurador Pinto Monteiro,
- Eis mais um pinto aos pés de uma que se disputa.

JoseSR

11 dezembro 2006

Há Máfias e Máfias

É verdade !

Quem julgava que a a verdadeira Máfia era um produto Italiano pois que se desengane. Não é. É um produto Portuense ( não confundir com português) com duas variantes - em Italia há a Camorra e a Siciliana - que são a Portista e a Gondomarense.

Em Italia durante o ano de 2006 foi julgado o caso Calcio Caos que envolvia clubes de Futebol e dirigentes. Os pobres coitados não fizeram nada de muito grave, compraram uns arbitros viciaram uns resultados, ganharam uns dinheiritos numas apostas, enfim o trivial para uma situação análoga e veja-se lá o desplante das autoridades foram condenados.

É indamissivel que o tivessem sido, coitados foram despromovidos, começaram os campeonatos com pontos negativos, tiveram que vender uns jogadores a preço de saldo, etc....

Cá no nosso canto - mais propriamente na região da Naçon Portista ( que fique aqui claro que eu sou da Nação Portuguesa) - andam as investigaçoes a correr ha mais de 2 anos com Nomes muito mais poeticos - Apito Dourado ( Calcio CAOS é muito mais objectivo) - e até agora nada.

Ficamos inclusivamente a saber de fonte aparentemente segura e publica , resultado de um livro publicado por Uma Senhora de publicos vicios e eventuais virtudes privadas que privou intimamamente com o Chefe da Familia Portista ( e talvez com mais um ou outro membro da mesma familia) como eram as coisas feitas.

Na verdade eu entendo que não haja punição, pois se em Italia foi uma injustiça o que fizeram à Juventus e ao Milan, aqui por se comprarem uns arbitros, viciarem uns jogos, ganhar uns dinheiritos nas apostas, dar ensaios de porrada ( se fosse mesmo um enxerto de porrada, mas foi só um ensaio) nos vereadores, vigiar Magistrados não pode haver castigo.

Aliás não vai haver castigo, o que sustenta a minha tese que a verdadeira Mafia é Portuense e não Italiana.

Ou então estou enganado e aos agentes da justiça cá do burgo, falta-lhes as bolas para jogarem e por isso é que ainda estão nos balnearios a mudar de equipamento e a pensar na melhor estrategia ALTERNativa.

Mas enfim, as vezes nos meus momentos de Delirio, sonho que a equipa da justiça entra em campo com as bolas e que arrasa a Naçon Portista e a Gondomarense por inequivoco resultado.

Mas pronto todos nós temos o direito de sonhar com um Mundo melhor.


JoseSR

29 agosto 2006

2 MOMENTOS PORTUGUESES 2

REVOLUÇÃO NA ENERGIA SOLAR

Vem no Suplemento de Economia do último “Expresso”.
Conforme alguma “pedra partida” há pouco tempo, por aqui, deixa-me satisfeito ter a confirmação de que as coisas estão a mexer para o lado das alternativas (falo de energias, claro!).
Como defendo há muito tempo há quem aposte, e bem, no desenvolvimento das chamadas novas energias que realmente não são nem mais nem menos, do que as energias originais do Universo.
Vejam só há quanto tempo elas são as “novas energias”...
Neste artigo fala-se do desenvolvimento de placas fotovoltaicas que utilizam materiais diferentes dos usados anteriormente, mais baratos e com melhor aproveitamento da energia captada.

Aposto que também nos casos das energias eólica e das marés os processos então em movimento, e ainda bem.


DESPORTO x FUTEBOL

Já atentaram bem na “coutada do futebol” ?
Não, não é o “coitado do futebol”, é mesmo a “coutada do futebol” !
É verdade, é uma “coutada” propriedade dos sócios “Liga & Federação” que, tal como as de caça, tem uma área grande de flora, “mono-casta”, constituida apenas por “loureiros” que se multiplicam a olhos vistos entre os quais se criam ninhadas de “pintos”, às dúzias.
É vê-los multiplicarem-se...
Nesta coutada, tanto a caça com o abate de plantas estão completamente fora de causa, vá-se lá saber porquê, o que provoca uma infestação geral do desporto português.
É que nem o fogo entra nesta floresta, nem a gripe quer nada com estas aves.
É preciso ter azar !

JPSetúbal

01 julho 2006

RICARDO!!!!


Ricardo! Ricardo! Ricardo! Ricardo RICARDO! RICARDO! RICARDO! RICARDO! RICARDO!
Ricardo! Ricardo! Ricardo! Ricardo! RICARDO!RICARDO! RICARDO! RICARDO!
Ricardo! Ricardo! Ricardo! Ricardo! RICARDO! RICARDO!
Rui Bandeira

26 junho 2006

Da ética


Ao assistir ontem à transmissão do Portugal - Holanda em futebol, um pormenor me chamou a atenção: a imediata e ruidosa reacção do público a uma acção violadora da ética.

A selecção portuguesa vencia por 1 - 0, jogava com um jogador a menos e estava a ser literalmente "massacrada" pela Holanda. A barra já devolvera um remate, o guarda-redes português já efectuara duas difíceis defesas a perigosos remates. O público holandês era em muito maior número do que os portugueses que assistiam no local ao jogo - parece que numa relação de 4 para 1. Havia também muito público que não era holandês nem português. Mas, de forma geral, sentia-se no ar que a resistência da equipa portuguesa podia ser quebrada a qualquer momento. E o entusiasmo de quem era neutral, naturalmente manifestava-se a favor de quem atacava e contra quem defendia.

Resumindo: com excepção da minoria portuguesa, todo o estádio incitava a Holanda no seu assalto ao reduto português. A imensa maioria do público desejava, aguardava, o golo holandês e incitava a selecção holandesa; e parecia que era apenas uma questão de tempo até que toda aquela pressão vergasse o reduto luso!

Eis senão quando o jogp foi interrompido, quando a bola era controlada pela equipa portuguesa, para assistência a um jogador. Efectuada esta, o jogo recomeçou com bola ao solo e todos esperavam - jogadores portugueses incluídos - que a selecção holandesa, como é já consensual em situações destas, entregasse o controlo da bola ao adversário, que o detinha aquando da interrupção.

O jogador holandês que estava junto do lançamento de bola ao solo também pareceu assim entender e efectuou um displicente pontapé na bola, afastando-a, creio que com a intenção de a entregar à equipa portuguesa.

Só que, caprichosamente, a bola foi parar a um outro jogador holandês, o qual, após uma breve, mas nítida, hesitação, resolveu não seguir o comando ético já consensual nestas situações e tentou aproveitar-se da inacção do adversário para iniciar uma jogada de ataque.

Foi então que todo aquele estádio, que ainda momentos antes incentivava fogosamente a selecção holandesa irrompeu num ruidoso protesto contra o jogador holandês, que só acalmou quando o mesmo foi travado em falta por Deco (o que, aliás, lhe valeu a primeira das duas advertências que viriam a causar a sua expulsão...)! Até adeptos holandeses eu vi a protestarem contra o jogador da selecção que apoiavam!

Este momento, no meu entender, foi decisivo. Algo então se quebrou na empatia entre a maioria do público e a selecção holandesa e, até ao final, o entusiasmo e o apoio a esta selecção não foram já os mesmos, deixaram de ser tão fortes, entusiasmados e entusiasmantes.

Curiosamente, não mais a selecção holandesa voltou a dispor de oportunidades de golo tão flagrantes como as que teve até aí.

O sentido ético está enraizado nas sociedade humanas. Podem variar os valores éticos. Pode variar a força social que lhes é conferida. Mas uma quebra de ética, entendida como violação de uma obrigação comportamental consensualmente admitida e exigida, é, por regra, objecto de reacção dir-se-ia que instintiva.

Foi o caso: não só o público não mais pressionou como vinha pressionando, como os próprios jogadores holandeses aparentaram ter sentido essa perda de apoio e, de alguma forma, perderam algo do seu ânimo.

Pode ser exagero meu, mas fiquei com a sensação que foi este o momento da viragem do jogo, foi este o pormenor que se veio a, subtilmente, verificar decisivo, reforçando o querer e a união da equipa lusa e minando a vontade da selecção dos Países Baixos.

Foi uma violação da Ética que se voltou contra o seu autor.

Ou, pelo menos, agrada-me pensar que assim foi!

Rui Bandeira