Mostrar mensagens com a etiqueta blogue. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta blogue. Mostrar todas as mensagens

22 dezembro 2014

Explicação, renovação e soltício


Tenho andado afastado deste espaço. Por duas razões: a primeira, pessoal, é que estou presentemente empenhado numa tarefa profissional que me consome muito do meu tempo, inclusive o que eu dedicava aos escritos aqui publicados; a segunda tem a ver com a passagem de testemunho na manutenção corrente do blogue para o Nuno Raimundo. Este blogue, como tudo na vida, deve evoluir para não estagnar, para não ser mais do mesmo e, assim, paulatinamente, reduzir-se à irrelevância. Achei - achámos! - que essa evolução deveria passar pela mudança de titularidade da manutenção corrente do blogue. Oito anos é muito tempo, muitos escritos aqui publiquei, de muitos temas tratei, tinha chegado ao ponto de me começar a repetir. Havia que refrescar, que mudar de estilo e de abordagem de temas. Essa evidência determinou a passagem de testemunho para o Nuno com a facilidade e naturalidade de uma simples frase: A partir de agora ficas tu responsável pelo blogue!

Esta passagem de testemunho, porém, no meu ponto de vista, implicava que o antigo cedesse indubitavelmente a condução do blogue, no estilo, na escolha dos temas, na definição dos tempos, ao novo responsável, sem sombras tutelares, sem intervenções, sem dúvidas. Implicava, assim - para mim, de forma muito clara -que quem saía da boca de cena saísse mesmo de cena, para que, sem qualquer perturbação ficasse claro quem era o novo condutor. Impus-me, assim, um período de silêncio de três meses, período mínimo que achei necessário para que ficasse claramente consolidada no espírito de quem segue este blogue a mudança na condução do mesmo. As únicas exceções foram pontuais e relacionadas com a divulgação da campanha VER MAIS.

Não encarei,porém, a saída de cena como definitiva, mas apenas como necessidade temporária para marcar bem a passagem para o estatuto de personagem secundária, suporte e auxiliar do novo e atual condutor do blogue. Por isso e porque o Nuno faz uma breve (e merecida) pausa de duas semanas na sua escrita, por ocasião deste período de festas, aproveitei para preencher a sua ausência com esta breve explicação. A exemplo do Ruah, do Paiva Setúbal e de outros, pontualmente publicarei aqui (talvez mensalmente) e ajudarei, quando necessário, a suprir ausências ou impossibilidades do Nuno, o atual Mestre condutor do blogue. Assim sendo, escrevo hoje, escrevo para a semana e depois... um dia qualquer apareço...

E porquê ter vindo agora explicar o que era já para todos evidente? Porque - é sabido! - nós, maçons, damos atenção e importância ao simbolismo.

Ontem foi o solstício de inverno (no hemisfério norte). Que melhor ocasião para marcar (colocar um marco) a renovação deste blogue, para dar público testemunho da confiança que já em privado transmitira ao Nuno na certeza que ele saberá fazer e fará melhor do que os fundadores deste blogue fizeram e que dedicada e competentemente assegurará a tarefa de ser a sua espinha dorsal até que - como eu tive a fortuna de poder fazer -, quando entender chegada a hora de ser ele a passar o testemunho o passe ao seu sucessor com a mesma naturalidade, facilidade e confiança com que eu o pude fazer.

Assim, este texto marca também o solstício enquanto símbolo da renovação para que o ciclo natural prossiga. No caso, marca, assinala, a renovação que foi feita, como necessária condição para a reinvenção e evolução deste blogue, com novas ideias, novas energias, novas e diferentes buscas, outro estilo. Com a expectativa de que este novo (já atual) ciclo manterá e incrementará a qualidade que procuramos ter neste espaço.

Entretanto - last but not the least! - para todos os meus votos de Boas Festas!

Rui Bandeira

12 maio 2010

Loja Mestre Affonso Domingues: o sítio e o blogue


A presença na Internet da Loja Mestre Affonso Domingues processa-se em dois planos: o sítio da Loja (http://www.rlmad.net/) e este blogue. São dois espaços de comunicação diferentes, embora ambos expressamente pensados e organizados para serem lidos por maçons e por profanos.

O sítio da Loja assume um cariz mais institucional - embora não demasiado. Publica textos maçónicos e material de divulgação, que consideramos interessante. Em suma, procura espelhar a identidade coletiva da Loja.

Este blogue procura ser mais coloquial, diversificado, subjetivo. O seu objetivo é mostrar como pensam, o que são, os maçons da Loja Mestre Affonso Domingues. Por isso, o subtítulo deste blogue afirma que este é feito por maçons da Loja Mestre Affonso Domingues - não pela Loja! Este blogue é a concretização de um dos princípios essenciais da Maçonaria: o respeito da identidade individual de cada um, a riqueza que constitui a integração da diversidade - de pensamento ou da simples opinião, da religião, de sentimentos, de estilos, de personalidades.

Com estes dois diferentes instrumentos (sítio e blogue), a Loja mostra a quem quiser ver duas diferentes facetas da Maçonaria: enquanto grupo, com um acervo de valores comuns (o sítio, cujo responsável sabe que tudo o que ali é publicado é visto, lido e entendido como manifestação da Loja) e (blogue) enquanto indivíduos, pessoas, maçons individualmente considerados, que espelham as suas opiniões, sentimentos, estilos, com a diversidade que cada um que aqui escreve mostra. O todo composto por indivíduos com um núcleo de valores comuns (sítio), os indivíduos que, na sua diversidade, contribuem para as caraterísticas específicas do grupo (blogue). Quem consulta o sítio, consulta a informação, as ideias do grupo, do todo, da Loja; quem lê o blogue, contacta com as ideias de quem escreve, assumindo-se como maçom e como integrante da Loja, mas sempre e principalmente posições individuais, independentes, pessoais. No sítio, tem-se o pensamento coletivo da Loja; no blogue os pensamentos individuais dos maçons que integram a Loja e que se dispõem a aqui os expressar, e quando a tal se dispõem.

Por isso, ainda que este blogue tenha tido, até agora, a maior parte dos textos nele publicados escrita por mim, sempre deixei bem claro e bem frisado que este blogue não é o blogue do Rui Bandeira e amigos, é o blogue dos Mestres Maçons da Loja Mestre Affonso Domingues. A maioria dos textos, até agora ter sido minha, haver períodos em que só se publicam textos meus, são apenas elementos circunstanciais, alteráveis a todo o tempo e, seguramente se, como espero, este blogue tiver longa existência e prosseguir enquanto a Loja existir, a médio ou longo prazo inevitavelmente alterados. Tempo virá - talvez mais próximo do que longínquo - em que os textos que eu aqui publico serão minoria; tempo se seguirá em que outrem assegurará o essencial deste blogue; tempo chegará em que este blogue prosseguirá sem novos textos meus, em que, na coluna da direita o meu nome não estará mais no rol dos que escrevem aqui - quando muito será porventura referenciado no número dos que aqui escreveram...

As caraterísticas que este blogue foi assumindo, individualidade de textos, interatividade com os leitores que decidem comentar, diálogo entre os maçons que escrevem e aqueles, profanos ou maçons, que comentam, os caminhos, quiçá anárquicos mas de uma riqueza e abertura gratificantes, que segue, à boleia da interação dos pensamentos de quem escreve e de quem comenta, podem, por vezes, fazer esquecer que este é um projeto executado por maçons da Loja Mestre Affonso Domingues, um meio, um tipo, uma forma específicos, de comunicação da Loja com o seu exterior. Mas é! Que isso por vezes não se note é a confirmação do êxito do projeto! O blogue A Partir Pedra espera merecer ser considerado um Hino à Liberdade de Pensamento dos Maçons da Loja, enquanto o sítio da Loja, desejavelmente, é a Sinfonia do Pensamento da Loja.

Aqui no blogue, vamos falando, debatendo, expondo ideias sobre de tudo um pouco, sejam matérias maçónicas, seja temas que nada têm a ver com a Maçonaria. O tema aqui é, afinal, a forma como os maçons pensam e vêem o Mundo, as coisas e os interesses que têm e que cultivam. O tema do sítio é o pensamento maçónico, que se divulga e mostra, para que quem quiser encontre, veja e leia. O responsável do sítio entende que alguns dos textos que se publicam aqui no blogue merecem estar incluídos também no sítio - e assim o sítio é também uma espécie de arquivo de textos selecionados do blogue. Isso mostra que o que os maçons da Loja Mestre Affonso Domingues aqui escrevem, sendo o produto do seu labor, do seu pensamento e da sua liberdade individuais, também integra o acervo do conjunto multifacetado de fontes que integram o pensamento institucional da Loja - e deixa-nos, aos que aqui escrevem, felizes.

A diferente natureza dos meios sítio e blogue é conscientemente utilizada em planos diversos. Que seja do meu conhecimento, a Loja Mestre Affonso Domingues é pioneira nesta utilização integrada e diferenciada das ferramentas proporcionadas pelas atuais Tecnologias de Informação. Procura utilizar rentavelmente os diferentes meios do século XXI para divulgar uma mensagem cujas raízes ideológicas provêm do Iluminismo e de mais além. E, com isso, procura desmontar dois mitos em relação Maçonaria: o seu secretismo e o seu poder oculto. Ninguém de boa fé pode acusar de secretismo uma Loja que põe à disposição de quem a ela quiser aceder dois meios de comunicação diferentes, com diferentes níveis e estilos de comunicação e com mais de dois milhares de textos sobre si própria, o seu pensamento, a forma como se organiza, o que faz, porque o faz, como o faz, etc., etc.. E quem ler e souber ler, atentar e souber entender, facilmente concluirá que o único poder que a Maçonaria busca é o de esclarecer, divulgar e, sobretudo, praticar os seus princípios.

A Loja Mestre Affonso Domingues está à beira e comemorar o vigésimo aniversário da sua criação. Esta comemoração envolve iniciativas internas e iniciativas pensadas e trabalhadas e colocadas à disposição de todas as pessoas, sejam ou não maçons. Nos tempos mais próximos, as duas diferentes dimensões do sítio e do blogue vão, temporariamente, aproximar-se. O blogue e o sítio, ambos, vão dedicar parte dos seus espaços à divulgação do vigésimo aniversário da Loja e às iniciativas por esta efeméride suscitadas.

Para já, fiquem atentos: a primeira iniciativa a ser divulgada é dedicada a todos, profanos e maçons. Mas só vou revelar o que é daqui por uma semana...!

Rui Bandeira

09 dezembro 2009

O milésimo (e um) é da Fraternidade (Atlântica)


O nosso sempre muito apreciado JPSetúbal dispôs-se, magnanimamente, a efetuar provisória torcedela nas imemoriais regras da Aritmética (uma das ciências que, por gosto, tradição e inerência os maçons cultivam), de forma a que a 999 anunciasse que se seguia 1001, deixando "reservado" o (simbólico) milésimo texto para o meu humilde teclado.

Assim simbolicamente (outro algo em que os maçons trabalham) se suspendeu o milésimo texto até à minha anunciada chegada de Paris, não no bico de lendária cegonha (que sou demasiado grandinho e... "usado" para tal meio de transporte), mas em prosaica viagem de avião.

Agradeço penhoradamente a atenção e a intenção, mas julgo asado repor aqui a normalidade aritmética, por duas igualmente importantes razões, que de imediato exponho.

A primeira é que o número 1000 não deve, a meu ver, ser apenas encarado como um mero número redondo; deve também ser visto como a pedra (laboriosa, persistente e interessadamente partida) de fecho do ciclo constituído pelo primeiro, espero que de muitos, milhar de textos. E, nesse sentido, quem precisamente foi adequado para, mui justamente, colocar essa pedra de fecho foi o mesmo que teve a iniciativa de, acolhendo ideia consensualizada a três, avançar com a criação deste blogue e nele publicar o seu primeiro texto, no dia 4 de junho de 2006. Faça o leitor o favor de seguir o atalho e verificar com os seus próprios olhos quem foi: é isso mesmo, foi o nosso estimado JPSetúbal! Assentemos, pois e então, que o magnanimamente intitulado Texto 1001 é, afinal, com toda a Justiça e o devido rigor aritmético, o milésimo texto, a tal pedra de fecho da abóbada do primeiro milhar de textos, adequadamente colocada por aquele que partiu e pôs no seu devido sítio a primeira pedra.

A outra, e não menos importante, razão é que este texto que agora lê é dedicado à nossa muito estimada Loja-gémea, a Respeitável Loja Fraternidade Atlântica, n.° 1267 da Grande Loge Nationale Française. Ora, a esta nossa apreciada Loja-gémea não se dedica um texto de fim de ciclo. Tem ela todo o direito e todo o nosso carinho de lhe ser dedicado um texto de INÍCIO de ciclo, de início de novo milheiro, um texto virado para o futuro e não apenas encerrando um, ainda que agradável, passado.

Portanto, este é o texto que inicia o novo milhar, o primeiro dos que estão para vir, não o último dos que já foram escritos. Este é - reivindico-o! - o milésimo primeiro texto deste blogue!

Fui então visitar a Respeitável Loja Fraternidade Atlântica ao Oriente de Neuilly-Bineau, próximo de Paris. Trata-se de uma Loja de língua portuguesa em terras de França, mas em que o português e o francês alternam com a naturalidade dos bilingues. E quem ali não é bilingue aspira a sê-lo. Fiquei particularmente impressionado com o Irmão Guy que, nos seus vetustos, mas rijos, 85 anos (isso mesmo: oitenta e cinco!) resolveu que era tempo e de sua vontade aprender a falar português e, além das lições que toma... juntou-se à Fraternidade Atlântica! Afirmo já aqui pública e solenemente: quando for grande, gostava de ser como o Irmão Guy (e como o nosso Alexis, igualmente jovem com os seus similares 85 anos...).

Aprendi muito com a Loja. Algo faz como nós, algo faz diferente de nós. Alguma dessa diferença merece ser analisada por nós, para passarmos a fazer como eles.

E é esse o propósito e interesse das visitas a outras Lojas: aprender com as semelhanças e diferenças; colher o que fora do nosso grupo se faz de bom, confirmar o que dentro do nosso grupo se faz bem.

A Respeitável Loja Fraternidade Atlântica é, sobretudo, uma Loja alegre, coesa e organizada. Foi um gosto vê-la trabalhar, com o desenrolar dos trabalhos em suave harmonia e discreta eficácia. Foi uma lição ver a sua organização e rotina. Foi um enorme conforto ver e sentir como ali a harmonia impera, a cooperação tem lugar, a busca da qualidade e da melhoria individual e coletiva é uma constante.

Os obreiros da Loja Mestre Affonso Domingues têm razão para se sentirem honrados e muito satisfeitos por a sua Loja estar geminada com a Respeitável Loja Fraternidade Atlântica. E os laços entre as duas Lojas vão-se estreitando. Sou portador do convite para que a Loja Mestre Affonso Domingues esteja presente, no próximo dia 13 de maio de 2010, na comemoração dos 15 anos da Fraternidade Atlântica. Recebi deles o propósito de estarem representados, em junho seguinte, na comemoração do vigésimo aniversário da Loja Mestre Affonso Domingues.

O melhor que posso dizer da minha visita à Respeitável Loja Fraternidade Atlântica é, no fundo, algo muito simples, mas sentido: senti-me lá como na Mestre Affonso Domingues! Nós, os da Mestre Affonso Domingues e da Fraternidade Atlântica sabemos tudo o que de bom isso significa!

Um grande bem-hajam pela exemplar hospitalidade, meus Irmãos, um triplo, fraterno e sentido abraço de satisfação e harmonia vos dei e de vós recebi. Até à próxima e até sempre. Aí e aqui! Para todos, mais avião, menos hotel, é igual!

O nosso passado comum foi bom. O nosso futuro em conjunto será certamente melhor e enormemente gratificante para todos nós!

Rui Bandeira

17 junho 2009

Blogueirólico nada anónimo

("Blogueirólico" acabei de inventar. Significa "escrevinhador compusivo de textos de blogue". Se a palavra pegar, se se tornar neologismo, se porventura chegar a, ainda que de forma obscura, ter lugar no vocabulário da língua portuguesa, já sabem: reivindico a paternidade da sua invenção. Para que conste na Enciclopédia dos Conhecimentos Inúteis...)

Pois é! Estava eu, como há séculos o grande Camões escreveu sobre a bela Inês (de Castro, pois claro!), naquele engano de alma, ledo e cego, gozando o meu merecido repouso de quase três anos de muitos e variegados textos, parcimoniosamente matutando na melhor maneira de ir gerindo o institucional sítio da GLLP/GLRP, quando o José Ruah - amigo da onça! - matreiramente me atira, assim como quem não quer a coisa: Olha lá, o texto do aniversário do blogue fazes tu! Isso podes, não tem nada a ver com a Grande Loja...

E eu, pobre de mim, alma ingénua e pura (pelo menos, de vez em quando, sobretudo quando estou distraído...), nem me apercebi da armadilha, da ratoeira, da rede que subrepticiamente aquela raposa lançava sobre mim, para pilhar meu sossego! E, qual confiante criancinha de olho azul e louros caracóis, disse que sim!

Oh, destino cruel! Ai, que imprudência tamanha! Como pode um momento de desatenção mudar toda uma vida!

Um certo leitor deste blogue diria - que digo eu? Insistiria, teimaria, repetiria - que assim estava destinado, que tudo está determinado. Pensando nisso, intuí porque o determinismo tantos e tão abnegados defensores tem. No fundo, é um descanso, uma paz para a alma e a consciência, uma desculpa sempre à mão: a culpa não foi minha, o disparate não fui eu que o cometi, estava determinado, escrito nas estrelas e no Livro de Todos os Sucessos desde o Big até ao Bang, entendendo-se aquele como o estoiro inicial e este como o suspiro final de tudo o que existe, existiu e existirá...

Mas, ai de mim!, eu sempre tive a - vejo-o agora! - imprudência de acreditar firmemente no livre arbítrio - e na inerente responsabilidade que tal implica para cada um de nós. Não há desculpa possível para o disparate individual. Quem o faz, fê-lo. Por si. Por sua conta e risco. Por sua imprudência, pouco siso ou menos esperteza. Não há maneira de me poder consolar. Não estava nada escrito! O disparate fi-lo eu, por minha única e exclusiva culpa e imprevidência!

E, no entanto, bem poderia eu ter evitado tamanho trambolhão, tão aziago mau passo! Bem sabia eu que o alcoólico em recuperação, aquele que, anónimo ou não, conseguiu arranjar forças para se desintoxicar e consegue - quantas vezes há anos e anos - resistir ao chamamento da traiçoeira garrafa de bebida com álcool, não cede à tentação nem de um saudoso gole, muito menos de um desejado copo, porque sabe que, se ceder, o gole não será o único e o copo será apenas o primeiro.

Bem sabia eu - ex-fumador inveterado e permanentemente saudoso do inenarravelmente saboroso cachimbo - que quem consegue deixar de fumar, ainda que os anos tenham passado depois que se sobrepôs ao doentio hábito e conseguiu parar, se ceder à tentação de "dar só uma passa" é meio caminho andado para, a breve trecho, voltar a gastar mais em tabaco do que em combustível para o automóvel, enegrecer os pulmões, estreitar as artérias e apressar o conhecimento do que está para além da Derradeira Viagem...

Bem sabia eu que o vício, traiçoeiro, espreita, manso e escondido, a oportunidade para se reapossar de nossa vontade!

Apesar disso, apesar de tudo isso saber - oh! suprema imprudência! - disse que sim! Pior! Cumpri! Escrevi mesmo o texto do terceiro aniversário do blogue. Todos são testemunhas! Mas, se alguém duvida da minha desgraça, cavada com as minhas próprias mãos, torneada com o meu próprio teclado, revelada pelo meu próprio monitor, confira aqui a prova do meu deslize, da minha imprevidência!

Pois. Cedi. Não pensei. E agora, pobre e desgraçado blogueirólico nada anónimo, para aqui estou, tremendo, com os neurónios excitados, ansiando por mais e mais textos, com os dedos frementes de excitação alongando-se para o teclado, com cãibras nos olhos de tanto os virar para o monitor e de lá os afastar! Toda a minha abstinência, todo o esforço que me convenci ter tido sucesso, crente de me ter conseguido libertar da compulsão da escrita, foi então em vão?

Cedo? Desisto? Jogo tudo no vermelho, esperando que não saia preto?

Ah! A tentação é grande! A volúpia da palavra, o veludo da frase, assolam-me todos os sentidos!

Mas eu sou maçon! E que faz o maçon? Pratica a virtude e cava masmorras aos vícios! Há que resistir ao vício! Lutar...

Mas eu não sou perfeito! Por isso sou maçon. Porque reconhecço que necessito de me aperfeiçoar. E o ótimo é inimigo do bom. Lutar contra o vício, lutarei. Mas só na medida em que seja vício. Afinal de contas, o segredo está na moderação. Não me deixar cair em excessos. Não escrever nada é fugir do vício. Escrever com moderação é combatê-lo. E os maçons combatem os vícios...

Por isso, eu blogueirólico nada anónimo me confesso: decidi combater o meu vício e... só para mostrar que não tenho medo dele... escrever este texto!

(E quem não percebeu que, como sempre, o tema da escrita é a Maçonaria, faça o favor de ler outra vez, para perceber! Há muitas maneiras de escrever sobre maçonaria. Também levezinhas. Também brincando. Porque, ao contrário do que se diz por aí, a melhor maneira de lidar com as coisas sérias é conseguir brincar com elas. Porque, às vezes, aprende-se mais a brincar do que em muitas horas de aturado estudo. Perguntem a qualquer criança!)

O blogueirólico,

Rui Bandeira

28 abril 2009

Pergunta - Resposta versão 2009

Os tempos vão dificeis. Há muita coisa de ambito maçónico para fazer nos próximos dias, e de algumas aqui daremos noticia, quando for oportuno.

Como as coisas não se fazem sózinhas e o dia continua a ter apenas 24 horas, mesmo para os Maçons, tem sobrado muito pouco para a criação de inéditos para publicação.

Entendo que os leitores estejam um pouco tristes, se sintam "abandonados", mas também por outro lado têm tido a oportunidade de ler alguns textos de autores convidados que são inegavelmente de boa qualidade.

Como especie de compensação e aproveitando a sugestão de um dos leitores mais assiduos deste espaço reabro o tema de perguntas e respostas.

À semelhança do que ja fiz no passado tentarei dentro dos meus conhecimentos responder às perguntas que forem colocadas.

O processo é similar ao que já ocorreu, os leitores colocam as suas questões na caixa de comentário ou por mail, e eu farei por responder em Posts colocados para o efeito.
Todavia, e como Maçon prevenido vale por dois, desta vez haverá condições. Só serão respondidas questões que achar dignas de resposta. Ou seja provocações e abertura de polémicas desnecessárias serão simplesmente ignoradas.

Por outro lado, agradeço que as questões sejam precisas e concisas, pois como disse o tempo é pouco e não será possivel estar a ler "testamentos" com "links" etc.

Fico a aguardar o vosso eventual interesse.


José Ruah

14 abril 2009

Autores Convidados


O A Partir Pedra foi criado com o objectivo de escrever sobre maçonaria. Tem sido animado por Mestres Maçons da Loja Mestre Affonso Domingues. Por muito diversa que seja a maneira que estes Mestres pensem, ela acaba por ser também muito parecida pois tiveram mais ou menos a mesma escola e todos têm uma concepção de Maçonaria muito similar.

Modéstia à parte, o trabalho produzido até hoje tem sido notável e tem contribuído para que muitos leitores tenham aumentado o seu conhecimento sobre a Maçonaria.

É nosso objectivo continuar a proporcionar mais, e se possível melhor, informação sobre Maçonaria.

Uma das formas que encontrámos para tal foi a de tentar ter diferentes maneiras de ver o tema, tendo para tal criado o conceito de “ Autor Convidado” ou se quiserem “Guest Writer”.

De entre as várias possibilidades para concretizar este desígnio, escolhemos fazer alguns convites a Maçons de outros países e de consequentemente de outras Grandes Lojas e Lojas para que numa base regular nos enviassem textos de sua autoria para publicação.

Os textos serão sempre publicados na língua em que forem escritos e sem qualquer edição, representando a opinião e o ponto de vista do respectivo autor.

De entre os convites que fizemos, e ainda faremos alguns mais, já nos transmitiram a sua aceitação os seguintes escritores:

Frederic Milliken do blog: Bee Hive


http://beehive135.blogspot.com/

Michael Halleran do blog: Audi Vide Tace
http://www.freemasoninformation.com/category/aude_vide_tace/
e
http://audevidetace.blogspot.com/

Estes dois autores juntaram-se no projecto Freemasonry Information mas os seus blogs constituem e contêm um excelente acervo de textos.

Nick Johnson do blog : Millennial Freemason
http://www.millennialfreemason.com/

Chris Hodapp do blog: Fremasons for Dummies
http://freemasonsfordummies.blogspot.com/


Assim e dando inicio a este novo ciclo publicaremos amanhã um artigo de Frederic L Milliken, cujo biografia apresentamos é a que segue:

Frederic L. Milliken III

  • B.A. in Government & History, Minor in Economics from Boston University.
  • Past Master Councilor Battle Green DeMolay, Lexington, Massachusetts 1964
  • Raised in historic Plymouth Lodge AF & AM, Plymouth, Massachusetts – where the Pilgrims landed – 1989
  • Worshipful Master of Plymouth Lodge 1994
  • Candidate Instructor for The Plymouth Masonic District
  • Affiliated with Paul Revere Lodge AF & AM 1991
  • Worshipful Master Paul Revere Lodge 1999 & 2000
  • Shriner and 32 degree Scottish Rite Grand Lodge of Massachusetts
  • Master in the East for the 2nd degree One Day Class held at the Grand Lodge of Massachusetts 1999
  • Member of the Paul Revere Colonial Degree Team performing the 3rd degree in the dress of the 1700s with an added patriotic message at the end. A traveling Degree Team.
  • Booked the Paul Revere Degree Team for a performance in Bloomington, Indiana 2001
  • Squire Bentley in the Masonic play “A Rose Upon The Altar” – performed by the traveling Fellowship Masonic Players
  • Moderator on the former Masonic Internet Forum Lodgeroom.com
  • Moderator on the Masonic Internet Forum http://mastermason.com
  • Regular column called “The Beehive” for 2 years for Masonic Magazine
  • Moved from Massachusetts to Texas late 2004
  • Invited by the Yellowhead MasonicDistrict, Alberta, Canada in 2005 to make a one-week speaking tour at various Lodges. Delivered two lengthy papers – “World Peace Through Brotherhood” & “Native American Rituals and The Influence of Freemasonry”
  • Affiliated with East Trinity Lodge #157, Rockwall, Texas, Grand Lodge of Texas 2005
  • Demitted from East Trinity Lodge #157 2006
  • Joined Pride of Mt. Pisgah #135, Dallas, Texas, Prince Hall Grand Lodge of Texas 2006
  • Addressed Prince Hall Texas Grand Lodge Session 2007
  • Knight Templar, York Rite Prince Hall Texas
  • Masonic blog “The Beehive”- http://beehive135.blogspot.com
  • Moved “The Beehive” blog to the mega Masonic site Freemason Information with a consortium of Masonic writerswww.freemasoninformation.com
  • Executive Director of the Internet Masonic museum and library Phoenix Masonry – www.phoenixmasonry.org
  • On Facebook as Frederic L. Milliken
  • On Twitter as Lexlib
  • Operate a political blog – http://lexingtonlibertarian.blogspot.com


Esperamos assim dar corpo a um dos desígnios da Maçonaria e que consiste numa verdadeira fraternidade Universal.

O A Partir Pedra inicia assim mais uma etapa que se espera venha a contribuir para uma melhor e mais diversificada comunicação sobre Maçonaria.

JPSetúbal
A.Jorge
José Ruah

01 abril 2009

Pequena nota explicativa

Antes de proceder à publicação do próximo post, que será amanhã dia 2 de Abril, importa fazer o enquadramento do mesmo.
O seu autor, Mestre Maçon e Antigo Veneravel da Loja Mestre Affonso Domingues, é para mim um marco na minha vida maçónica e na vida da Loja.
Corria o ano de 1993 e o VM I.P.C. encarregou-me de fazer uma inquirição a um profano. Era a minha primeira inquirição.
Por questões de agenda ficou marcada para o almoço de 22 de Outubro de 1993, num restaurante em Cascais.
Deparei-me com um homem muito experimentado em conversas e reuniões e o inquirido fui eu e não ele. Convem juntar que eu ainda nao tinha 30 anos de idade e quem estava a minha frente era administrador de uma empresa muito conhecida.
A empatia foi enorme.
Em 1996 convidei-o para ser o 1º Vigilante no meu Veneralato. Foi quem me sucedeu e completou o meu mandato de Março de 1997 até ser re-eleito e instalado novamente em Setembro para aquele que seria de facto o seu mandato, como poder ser lido aqui
Por razões profissionais teve que ir desempenhar funções fora de Portugal, longe da sua loja mas e mais dificil para ele longe da sua familia.
Continua, ele que sendo francês se radicou em Portugal há muitos anos e aqui constituiu familia ( ja tem netos), a ser um emigrante e está actualmente em países do Leste Europeu, com maior incidencia na Polónia.
Maçon convicto e assumido integrou uma Loja na Polónia a Respeitavel Loja La France que trabalha em lingua francesa.
Estou para quem não o conhece a falar do, e escrevo o seu nome porque para tal ele me deu autorização, Jean-Pierre Grassi.
Contactei-o recentemente incentivando-o a participar neste blog, a relatar-nos a sua vivencia maçonica longe da SUA Loja mãe.
Respondeu-me que o iria fazer. Disse-me que era Orador na Loja La France e que me mandaria as suas pranchas.
Já começou a mandar. E nos vamos publicar. A prancha está em Francês e a maioria dos seus textos também o serão.
Os comentários poderão ser em Português ou Francês.

José Ruah

28 março 2009

Fim de ciclo

Este vai ser o último texto que, pelo menos durante algum tempo, publicarei no A Partir Pedra.

Foi publicado um Decreto do Muito Respeitável Grão-Mestre, pelo qual fui designado para assegurar o ofício de Grande Correio Mor da Grande Loja Legal de Portugal/GLRP.

O Grande Correio Mor é o oficial que tem a seu cargo a execução da política de comunicação, interna e externa, quer nacional, quer internacional, da Grande Loja. É também responsável pela manutenção da página na Internet da Grande Loja (http://www.gllp.pt/).

É frequente dizer-se que apenas duas pessoas falam em nome da Grande Loja e a vinculam, através das suas declarações: o Muito Respeitável Grão-Mestre e o Grande Correio Mor. Assim é, efetivamente. Por este facto, a confiança que o Muito Respeitável Grão-Mestre em mim depositou, ao confiar-me o exercício deste ofício, fez simultaneamente recair sobre os meus ombros uma pesada responsabilidade e a necessidade de fazer uma opção. Ao passar a ser porta-voz da GLLP/GLRP, veiculo a posição institucional da Obediência. Não posso, pois, permitir-me o gesto pessoal de divulgar as minhas opiniões pessoais. E, portanto, decidi que, enquanto exercer este ofício, cessarei a publicação de textos no A Partir Pedra.

Dir-se-ia que porventura esta decisão não seria necessária, que seria possível separar a comunicação institucional da opinião pessoal. Não me parece. Desde logo, nunca tive jeito para a duplicidade, invocar que quando disse branco tinha vestido o casaco de Grande Correio Mor e que quanto disse bege, tinha esse casaco despido e estava nas confortáveis mangas de camisa da minha opinião pessoal, que só a mim me vincula. Depois, a assunção de responsabilidades implica, se se está de boa fé, a adequação de comportamentos às exigências das responsabilidades. O responsável pela comunicação institucional de uma organização tem de ter, é imperioso que tenha, a autodisciplina de só veicular as posições institucionais e deixar de debitar opiniões pessoais. Porque, das três, uma: ou a opinião pessoal é coincidente com a posição institucional e então é inútil afirmar pessoalmente o que se disse institucionalmente, ou a opinião pessoal se revela melhor do que a posição institucional e então está a fazer um mau trabalho de porta-voz, apoucando e prejudicando o que deve realçar e promover, ou a opinião pessoal é pior do que a posição institucional e então o melhor é guardá-la para si e não fazer figura de urso...

Portanto, a decisão está tomada!

Tudo tem um princípio e tudo, a certa altura, finda ou se suspende. Este blogue, de que fui um dos fundadores, é algo que me deixa satisfeito comigo próprio. Do nada, conseguimos criar obra, ser ponto de referência em matéria de informação e comentário sobre Maçonaria. Pessoalmente, escrever aqui ajudou-me, e muito, a organizar e solidificar as minhas ideias, a aprender um pouco do muito que me faltava e falta aprender. Suspender a minha intervenção nele, virar uma página, encerrar um ciclo, é, para mim, um ato de naturalidade de quem se habituou a entender que a vida é uma sucessão de permanentes, embora às vezes quase insensíveis ou não sentidas, mudanças. Em certa medida, estou grato por este ciclo terminar, não por incapacidade minha, mas devido à assunção de outras responsabilidades.

Durante quase três anos, publiquei a maior parte dos textos deste blogue. Mas sempre recusei que o mesmo fosse visto como o blogue do Rui Bandeira e outros. Escrevi aqui que espero que o blogue continue quando (...) já não estiver em condições de nele escrever. Se tiver continuidade, se passar de geração em geração de maçons da Loja Mestre Affonso Domingues, como os princípios maçónicos passam de geração em geração de maçons desde há muitos e muitos anos, terá sido uma boa ideia iniciá-lo. E, se assim for, altura chegará em que os textos escritos por Rui Bandeira serão uma minoria esquecida no arquivo do blogue, eventualmente um ou outro lido aqui e ali, pelo acaso de aleatória busca num motor de busca, quiçá com a mesma curiosidade e bonomia com que acolhemos uma velharia testemunho de época passada...

Um blogue escrito pelo Rui Bandeira seria algo de efémero. Um blogue escrito pelos maçons da Loja Mestre Affonso Domingues tem as sementes da perenidade, que é grandiosa.

O fim de um ciclo é também o começo de outro.. Espero, creio, estou certo que se iniciará um novo ciclo no blogue, caracterizado pela mais larga participação de Mestres maçons da Loja Mestre Affonso Domingues. Por ora, o blogue fica nas mãos e sob os cuidados do José Ruah, do JPSetúbal e do A. Jorge. Mas outros se lhes vão juntar, a breve prazo, espero. Uns, apenas ocasionalmente publicando textos, para tal utilizando a identidade Mestre Affonso Domingues, criada precisamente com o objetivo de servir para isso mesmo, para que o Mestre da Loja Mestre Affonso Domingues que deseje colocar ocasionalmente um texto, tenha uma ferramenta simples para o fazer; outros, tomar-lhe-ão o gosto e publicarão com alguma regularidade, para tanto sendo-lhes atribuída uma identidade própria. E assim o blogue prosseguirá, assim continuará a fazer sentido.

A todos os que, ao longo destes quase três anos tiveram a paciência de me lerem e, apesar do meu estilo arrevesado, da minha escrita prolixa e da insignificância das minhas ideias, tiveram a bondade de aqui voltar, o meu agradecimento pela vossa grande, enorme, imensa paciência.

A todos aqueles que comentaram os meus textos - a todos mesmo, sem exceção alguma! - louvando ou criticando, inquirindo ou esclarecendo, concordando ou discordando, mais do que um simples agradecimento, uma pública justiça: cada comentário foi uma incomensurável ajuda. Porque cada comentário permitia concretizar a abstração para quem se escreve, o Leitor, que é ninguém e são todos e que se não sabe quem é, nem quando é, nem porque é. E porque, bastas vezes, um comentário é uma fonte de ideias para novos textos. Se algum valor tem este blogue, não o duvidem: uma parte importante dele resulta dos comentários feitos. A todos peço que prossigam com a vossa colaboração. Serão uma ajuda preciosa para os que continuam a assegurar este espaço. Mais do que imaginam!

Ao José Ruah, ao JPSetúbal e ao A. Jorge, apenas duas palavras: a primeira para manifestar a honra e o gosto que foi, para mim, partilhar este espaço convosco; a segunda, para manifestar a minha plena confiança de que não só vão assegurar a gestão e continuação deste blogue, como vão fazê-lo com mais qualidade, diversidade, espontaneidade, enfim, melhor do que eu alguma vez conseguiria fazer.

Aos Mestres maçons, atuais e futuros, da Loja Mestre Affonso Domingues, peço agora a vossa atenção: este testemunho, que aqui agora vou deixar de segurar, foi construído pedaço a pedaço, texto a texto, frase a frase, letra a letra. Aqui e agora o pouso, no solo da nossa Loja, junto ao Oriente, em frente ao lugar do Venerável Mestre e ao Altar dos Juramentos, entre a Pedra Bruta e a Pedra Cúbica. Exorto-os a nele pegarem. Não temam! Este testemunho está feito de forma que cada um que lhe pegue, fica com um pedaço, que acrescenta à medida que vai escrevendo, e sobra sempre testemunho para os demais. Trouxe-o até aqui e aqui o deixo! Levem-no adiante, longe e mais além!

A todos os que aqui me foram lendo, espero que vão visitando a página da GLLP/GLRP, em http://www.gllp.pt/. Espero torná-la melhor do que a recebo do meu antecessor - mas pior do que o meu sucessor dela faça... O seu conteúdo necessariamente que é e será diferente, e mais sóbrio, do que este blogue - é uma página institucional. Mas espero torná-la mais variada, informativa e , sobretudo, sempre atualizada. Não terá atualizações praticamente diárias, como este blogue, mas proponho-vos o seguinte: marquem na vossa agenda o dia 5 de cada mês e, nesse dia, visitem a página: se tudo correr como eu espero, haverá sempre algo de novo ou diferente.

Até um dia!

Rui Bandeira

02 fevereiro 2009

As quatro dimensões do blogue


Quem consulta a banda direita do blogue, encontra, logo abaixo do Arquivo do Blogue, um espaço designado por Textos via RSS e, nele o ícone laranja com um ponto e dois arcos de círculo, a branco, que identifica o serviço de RSS, isto é, o serviço pelo qual o internauta pode ter assinalado, no local próprio do seu explorador da Rede, um atalho para o último texto publicado no A Partir Pedra.

Logo abaixo deste espaço, encontra um outro, intitulado Textos via correio eletrónico. Neste, encontra um atalho identificado como Receba os textos do A Partir Pedra por correio eletrónico. Este atalho dá acesso direto ao serviço de subscrição, gratuita, de uma funcionalidade útil para quem nem sempre tem tempo para navegar na Rede Mundial de Computadores, mas não quer perder a possibilidade de ler todos os textos que se publicam no A Partir Pedra: o envio, por regra entre as 21 e as 23 horas (hora de Portugal Continental, TMG), de uma mensagem de correio eletrónico para a caixa de correio eletrónico do subscritor do serviço, contendo o texto ou os textos (se foi publicado mais do que um) publicados no A partir Pedra nas 24 horas antecedentes.

Logo abaixo, tem um outro espaço, denominado Assinantes por RSS e por correio eletrónico, que contém uma imagem com a indicação, atualizada, do número de subscritores destes dois serviços, relativamente ao A Partir Pedra.

Estes espaços já existem há algum tempo e têm sido objeto de apreciável interesse e utilização, por parte dos nossos leitores, particularmente o relativo à subscrição da receção dos textos publicados no A Partir Pedra por correio eletrónico. Em menos de um ano, subscreveram os dois serviços 137 interessados, dos quais 125 para a receção dos textos por correio eletrónico e 12 por RSS - números à data da publicação deste texto.

Estes serviços eram fornecidos através do norte-americano Feedburner, o qual foi adquirido, no ano transato, pelo Google. O Google decidiu agora integrar o serviço na sua gama própria, embora mantendo a designação de Feedburner. Em consequência, está a decorrer - creio que até final do corrente mês - o processo de migração da plataforma original Feedburner para a plataforma Google.

A razão de ser principal deste texto é informar os nossos leitores que procedemos hoje à migração da conta para a nova plataforma. Em princípio, e se tudo correu bem, todos as já existentes requisições de feeds e de receção dos textos por correio eletrónico migraram para a nova plataforma e os leitores aderentes continuarão a receber os feeds e as mensagens de correio eletrónico, sem perturbações e sem necessidade de qualquer atuação. Mas, se porventura alguma anomalia ocorrer, solicito que me deem conta do facto para o endereço mestreaffonsodomingues@gmail.com e tentarei ver o que se passa. Mas, no limite, qualquer anomalia será fácil e rapidamente superada através de uma nova requisição do serviço, a efetuar já para a nova plataforma (o atalho já está atualizado para o efeito).

O conjunto de ferramentas de acesso aos textos do A Partir Pedra completa-se com o espaço Seguidores - atualmente 11. Este espaço destina-se a informais quais os detentores de contas Google que decidiram obter da plataforma o seguimento de todos os textos publicados no a Partir Pedra, através do painel de acesso à respetiva conta.

Tudo isto faz com que 148 leitores do A Partir Pedra sigam este blogue sem necessidade de a ele acederem diretamente e, portanto, sem serem contabilizados pelo contador de visitas. Este dá-nos conta de visitas diárias que variam normalmente entre cerca de 150 e 250 (episodicamente, um pouco menos ou um pouco mais). Ou seja, presentemente, o A Partir Pedra chega a cerca de 300-400 leitores por esse Mundo fora.

Por nós, fazemos o que podemos para facilitar aos nossos leitores o acesso aos textos. Por isso temos um blogue a quatro dimensões: acesso direto, RSS, correio eletrónico e seguimento.

A todos o nosso muito obrigado pelo interesse e a minha garantia pessoal de que procurarei que os textos aqui publicados continuem a manter o vosso interesse. Nem sempre haverá o "suco da barbatana", mas espero que a qualidade média não vos desiluda.

Rui Bandeira

26 novembro 2008

O porquê do Acordo Ortográfico no blogue

Termino com este texto, ao menos por ora, uma longa série de textos dedicados ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990. Faço-o em jeito de balanço e de justificação. Sei - nunca disso duvidei! - que alguns (muitos? todos?) dos habituais visitantes deste blogue algumas das vezes, se não em todas, em que depararam com textos sobre o dito Acordo Ortográfico tiveram alguns pensamentos de impaciência: este blogue é essencialmente dedicado a desenvolver o tema da maçonaria, que cabimento tem estar aqui a divulgar e comentar esta coisa do Acordo Ortográfico? Pelo menos um obreiro da Loja Mestre Affonso Domingues manifestou-me essa impaciência, esse desencanto, a sua discordância.

Bem ciente estava do risco que corria. Além do mais, o tema é árido. E dedicar mais de duas dezenas de textos a esse árido tema foi, talvez, abusar da paciência de quem se habituou a visitar este blogue. Foram três meses, de setembro a novembro, em que, em todas as semanas, havia um texto sobre esta "seca", algumas semanas dois. Garanto-vos: também para mim o tema Acordo Ortográfico não é nada apelativo... Se vos serve de consolo, foi tão secante preparar e publicar os textos como lê-los (ou passar por cima deles sem os ler...).

Mas quem pensou que divulgar, comentar, publicar, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 não tem nada a ver com Maçonaria, pense outra vez e pense melhor!

Maçonaria não é só tratar de coisas espirituais. Maçonaria não é só lidar obscuramente com uma linguagem simbólica como meio de extrair, absorver, princípios éticos, desenvolvimentos morais, lustre espiritual. Maçonaria é, antes de tudo, acima de tudo, contra tudo, o APERFEIÇOAMENTO DO HOMEM. Em todas as suas vertentes. O Homem inteiro não é só espírito, como não é só matéria. É ambos. A Maçonaria não se destina a anular, destruir, a parte material, animal, comezinha, do Homem. Esta é tão inerente a nós como as mais nobres caraterísticas do nosso espírito. A maçonaria ajuda o Homem a dominar as suas paixões. Não a destruí-las, não a anulá-las. Isso não seria humano, não seria natural. E as regras da Natureza são as que são, assim foram instituídas pelo Criador, grossa prosápia seria presumir que se pode alterá-las!

A Maçonaria, na sua forma e prática atuais, conformou-se no século XVIII, a partir dos princípios do Iluminismo. Não postula que o maçon se esgote em esotéricos pensamentos sobre os mais recônditos resquícios do seu espírito e os mais etéreos níveis a que desejará elevá-los. Isso também - com conta, peso e medida - tem lugar, mas a Maçonaria é essencialmente um método de aperfeiçoamento do Homem Inteiro. E uma das formas por que se manifesta esse propósito é pela aquisição e aprofundamento de conhecimentos. A ideia não é fazer de brutos incultos e ignorantes especialistas em espiritualidades etéreas. A ideia é precisamente mostrar, praticar, que a Ciência e a Espiritualidade não são opostas, mas complementares. O maçon deve trabalhar no seu aperfeiçoamento moral e espiritual, mas simultaneamente deve também melhorar, elevar-se, aprender, na vertente do conhecimento das Artes e das Ciências.

Também para o maçon - diria que principalmente para o maçon! - o saber não ocupa lugar. Mais: é pelo hábito de saber, de estudar, de aprender, que o maçon também se aperfeiçoa, cresce, é mais homem e, sendo-o, se aproxima do ideal digno da sua natureza.

Uma das tarefas que se pede aos maçons é que produzam trabalhos e os apresentem aos seus irmãos. Para que aprendam e ensinem. E, todos juntos, um pouco todos melhorem. Esses trabalhos não devem ser apenas sobre simbologia, espiritualidade, etéreos temas. Devem ser também sobre conhecimento, puro e simples, puro e duro. Cultura geral. Divulgação. Estudo. Saber. Porque o maçon cultiva-se, também como forma de se aperfeiçoar. De resto, um período específico da formação do maçon é dedicado ao estudo de si próprio, das Artes e das Ciências.

Imaginemos um homem que se dedicava a exercitar, a muscular, a desenvolver, apenas o braço direito. Possivelmente lograria vir a ter um desenvolvidíssimo bíceps direito, um forte antebraço direito, uma mãozorra direita, tudo amplamente desenvolvido. Mas continuaria a ser um lingrinhas atrofiado no braço esquerdo e no resto do seu corpo... Melhoraria? Estaria mais perfeito? Não! Pelo contrário, estaria desequilibrado e com um aspeto antinatural. Seria pior a emenda que o soneto. Porque não se teria cuidado do desenvolvimento, do exercício, da melhoria HARMONIOSA de todo o corpo e ter-se-ia, ao contrário, criado uma aberração, um lingrinhas sobremusculado num, e só num, braço...

A mesma coisa sucederia se o maçon apenas cuidasse do seu espírito, dos seus princípios morais, das suas crenças religiosas, descurando a manutenção e aperfeiçoamento dos conhecimentos científicos e sociais. Seria melhor? Estaria mais perfeito? Não! Seria apenas um bruto ignorante armado em beato...

A Sociedade moderna, pelas suas exigências, pela sua competitividade, dá muita atenção à aquisição de conhecimentos técnicos e científicos. Daí que seja natural que os maçons alertem para a necessidade de contrabalançar com o cuidado com os valores morais e espirituais, para que o desenvolvimento do homem seja harmonioso, total, equilibrado. Mas, quando o maçon depara com tema ou assunto que desconhece, ou conhece mal, pode e deve buscar melhorar o seu conhecimento sobre ele e partilhá-lo com seus irmãos.

Não se pede que os maçons sejam especialistas de tudo. Aliás, a ideia não é que um maçon, quando elabora e apresenta trabalhos em Loja, debite amplos, extensos, profundos conhecimentos especializados. A loja maçónica não é propriamente o local adequado para se debater as dificuldades técnicas da escolha, combinação e aproveitamento dos combustíveis adequados à propulsão de nave interplanetária, tendo em conta as necessidades de aprovisionamento, velocidade pura prolongada e manobrabilidade da nave propulsada... A ideia é o maçon dedicar-se a estudar algo que não saiba, ou não saiba convenientemente, e com isso aprenda algo e partilhe o que aprendeu com os demais. Também!

E não se estudam só temas agradáveis. Os áridos também estão diante de nós para que também sobe eles aprendamos um pouco.

Por isso entendi que era útil estudar o que era o Acordo Ortográfico, as mudanças que trazia, como se devia passar a escrever. E decidi partilhá-lo com todos os que por este blogue passam. Em conjunto e em simultâneo com as minhas habituais considerações sobre temas mais estritamente (tradicionalmente?) maçónicos. No fundo, como diz o Povo, nem sempre sardinha, nem sempre galinha...

Ou seja, quero eu dizer cá no meu estilo arrevesado que aprender e divulgar como se deve corretamente escrever é tão maçónico, tão útil, tão indispensável, para a prossecução do objetivo de aperfeiçoamento buscado pelo maçon como perorar, especular, sobre o mais profundo tema esotérico. Por isso decidi assumir o risco de vos enfastiar com a publicação de 21 Bases mediocremente comentadas e mais uma resenha das principais alterações resultantes do Acordo Ortográfico.

O que não quer dizer que não seja com algum alívio que ponha ponto final no assunto...

Rui Bandeira

11 novembro 2008

Prémio dardos


Este blogue recebeu o "Prémio dardos". Não é nada de especial. Nem sequer, a bem dizer, se pode considerar prémio. É mais uma brincadeira. Tipo corrente de homenagens.

A coisa funciona assim: um maduro inventa um "prémio", dá-lhe um nome que considera apelativo e cria ou escolhe uma imagem ilustrativa. Depois, inventa as regras e lança a corrente. Segundo me apercebi, o maduro que inventou o "Prémio dardos" decidiu que fossem escolhidos 15 blogues. Mandou-lhes mensagens a dizer que tinham recebido, por decisão do seu júri de um o tal prémio. Ficavam com duas obrigações: uma, a de publicar a imagem do prémio no seu blogue. A outra, escolher os seus 15 blogues preferidos, colocar a sua identificação no blogue e intimá-los a prosseguir com a corrente nos mesmos moldes. Claro que muitos não seguem a brincadeira. Mas sempre há uns quantos que, qual Ola de estádio de futebol, pela piada da coisa lá vão passando a corrente.

Embora, com uma progressão geométrica potencial de base 15 a única admiração seja ter-se um blogue não nomeado, a verdade é que - todos somos humanos! - receber a indicação que se foi nomeado, mesmo para uma brincadeira sem especiais consequências, sempre dá uma massagenzita ao ego...

Portanto, mesmo não sendo nada de especial, aqui registo: um amigo nosso, generoso e com o coração do tamanho do mundo, lembrou-se de nos nomear como um dos seus "Prémios dardo": foi o José Carlos Soares, que mantém o blogue café da esquina. A massagem ao ego sabe ainda melhor por vir de um competente jornalista...

Claro que nós aqui no A partir pedra não alimentamos correntes. Mas, como ficámos com o ego aconchegadinho, sempre ponho lá em cima a imagem inventada para o "prémio".

E não vou dar "prémios" a ninguém. Mas não faz mal nenhum indicar os blogues que acompanho com frequência. Claro que a maioria são de temática maçónica! Não lhes vou mandar mensagem nenhuma, nem transmitir suposto "prémio", mas aqui fica a relação dos meus preferidos:

Blogues de temática maçónica

EM PORTUGUÊS

Blog do maçom

União e prosperidade

Kabbalah e Maçonaria

Dei tagliatori

Grémio Estrela d'Alva

EM FRANCÊS

Blog Maçonnique

Entre les colonnes

EM INGLÊS

Luz do Oriente (Macau) (In installation)

Audi, Vide, Tace

Binyan Habayis

Blogues não maçónicos

Café da esquina

O Profano

Amigos de Aristides e Angelina Sousa Mendes

Lagash

Aqui e agora

E não é que indiquei quinze? Ele há coincidências...

Rui Bandeira

16 setembro 2008

Mais um marco no A Partir Pedra

São neste momento 1h 40 min do dia 16 de Setembro de 2008, pelo fuso horário de Lisboa, e acabo de constatar que entre a 1h05 e a 1h11 entrou o visitante

100 000 - Cem Mil

É certo que é só mais um numero, mas é a inexoravel entrada nos 6 digitos. E isso torna o nosso trabalho muito mais complexo, pois para passar para os 7 digitos é preciso contabilizar 900 000 vistantes adicionais.

Nada que não se consiga em ainda durante este século !

Aos nossos devotos, simpaticos, atentos, fieis, assiduos e amigos leitores um Agradecimento especial porque fazem com que valha a pena continuar a porfiar e a escrever.


José Ruah

10 setembro 2008

Já somos fonte!

,

Foi hoje publicado na edição eletrónica do jornal Ponto Final, de Macau, um artigo, da autoria do jornalista João Paulo Meneses, intitulado Está a nascer a terceira loja maçónica em Macau.

Para além de apreciarmos uma notícia genericamente bem feita relativa a uma Loja em constituição da GLLP/GLRP, Obediência em que se integra a Loja Mestre Affonso Domingues, que temos nós a ver com isso? Dois aspetos:

O primeiro, notar que a Imprensa tradicional começa a usar assumidamente como fonte de informação e pesquisa os blogues, no caso os blogues de temática maçónica. Com efeito, expressamente se refere na dita notícia que parte das informações recolhidas para a notícia foram obtidas no blogue Luz do Oriente (Macau) (in installation), para cujo endereço remete um dos atalhos que disponibilizamos na coluna da direita do A Partir Pedra.

O segundo, assumir que o "outro blogue que segue a mesma filiação da GLLP", no qual o "mestre instalador" escreveu um comentário transcrito na notícia foi o nosso A Partir Pedra. O comentário foi publicado por AMG, Mestre Instalador da Loja em processo de constituição, a propósito do texto Loja Luz do Oriente (Macau).

A notícia parece-me genericamente correta e elaborada com o propósito de informar. Detetei, no entanto, duas pequenas imprecisões: a GLLP/ GLRP foi criada, não em 1996, mas sim em 1990, então sob o nome de GLRP. Em 1996, na sequência da cisão dos elementos afetos ao que ficou conhecido como "golpe da Casa do Sino", mudou de nome para GLLP/GLRP; não é completamente exato que todas as Lojas da GLLP/GLRP trabalhem, como afirma a notícia, no Rito Escocês Antigo e Aceite: a maior parte das Lojas da GLLP trabalham no REAA, mas há Lojas trabalhando noutros ritos. Aliás, e não sendo contas do nosso rosário, creio que não será também correto afirmar-se que todas as Lojas do GOL trabalhem no Rito Francês... Mas, bem vistas as coisas, trata-se de imprecisões naturais em quem assumidamente teve alguma dificuldade em recolher as informações que pretendia.

Rui Bandeira

29 agosto 2008

Balanço do Mês de Agosto

Não terá sido o mês mais produtivo em termos de textos, aliás penso que não chegará a ter um texto por cada dia util do mês. Este numero que é normalmente o objectivo a que nos propomos, não foi atingido por várias razões a saber:

Não tive imaginação;
Não tive capacidade;
Não tive tempo;
Etc.

É por demais evidente que esta ultima razão, perfeitamente definida, foi a que mais contribuiu para o reduzido numero de textos.

Tivemos um pouco de tudo, inclusivamente um cão.

Juntamos um novo "escrevinhador" ao Blog, cujo nome A.Jorge já se vê na lista, mas que por uma razão ou por outra ainda não pôs aqui o seu primeiro texto, que é de grande qualidade.

Caro A.Jorge, o melhor é pores o texto porque senão passo por mentiroso.

Todavia e apesar de ser Agosto, o blog registou um afluxo de leitores muito grande. Posso garantir que os máximos diários de visitas de sempre foram registados este mês, e que a média diária de visitantes está muito próximo ou mesmo acima da melhor media historica de sempre.

E perguntam-se os leitores.

Será que ensandeceu ? Estará fora de si ? Porque razão publica ele um balanço antes do fim do mês ?

Pois, bem é que vou viajar e só volto no fim da proxima semana.

Lá para 7 ou 8 de Setembro retomo a actividade blogueira.

José Ruah

PS: quem fica que não se acanhe e que ponha aqui textos.

12 agosto 2008

É Agosto mas o trabalho não para

Caros Leitores / Dear Readers / Chers Lecteurs

Mesmo sendo Agosto o trabalho dos Maçons não para !
Although it's August, Masons do not stop working!
Même en Aout les Maçons travaillent!

Um dos nossos Irmãos está a ultimar o novo site da Loja Mestre Affonso Domingues.
One of our Brethren is finishing the Lodge's new site.
Un de nos freres est en train de terminer le nouveau Site de la Loge.

Agradecemos todos os comentários e quantos mais melhor para esta versão Beta
Please leave your opinion about this Beta version.
Nous remmercions tous les commentaires pour cette version Beta.

www.rlmad.net


Obrigado / Thank you / Merci


José Ruah

06 agosto 2008

Quando a Internet falha ...

Hoje foi um dia daqueles !

O modem internet avariou. Fiquei cortado do mundo.
Finalmente ao fim de varias horas (7) de espera e inumeras chamadas telefonicas, para os varios serviços, chegou o técnico.

Trocado o modem e a Internet voltou. O técnico foi embora, e eu fui verificar todos os serviços.

Tudo a funcionar, pois não !!! O mail não funcionava.

Liguei novamente para o fornecedor e imagine-se, quando os técnicos mudam o modem, os clientes ficam sem mail, porque o MAC Address do Modem esta associado à conta principal e logo, há um problema de reconhecimento.

Normalmente, o sistema informatico do Fornecedor de Internet deveria associar automáticamente o codigo do novo Modem à conta de mail, mas não.

Torna-se então necessário que o cliente ( eu) vá à pagina do Fornecedor de Internet e proceda à recuperação das contas de mail.

Fiquei abismado !!!

Lá tive que fazer essa recuperação.

E com isto nem paciencia para escrever um post a serio pelo que fica este que é de recurso.

Espero que amanhã a coisa seja melhor

José Ruah

04 agosto 2008

Portuguese Freemasons Blog

We have received several comments and messages of Brethren from across the North Atlantic. Usually they manage to understand a bit of Portuguese and they inquire us about translation possibilities. Unfortunately to our knowledge there are no reliable translators available in the Internet, at least for free.

I decided to post in English, to honour these visitors, and to explain them a little of our project.

We are three Master Masons, from Lodge Mestre Affonso Domingues, nº 5, belonging to Grand Lodge Legal Portugal, the Portuguese regular Grand Lodge recognized in all World.

Two of us, Rui and me are from the first generation of the Lodge, as we were admitted the same day in 1991, Rui as a Fellow Craft coming from a German Lodge, and me as Entered Apprentice. Our third member JPSetubal is from the 2nd generation, as he was admitted in the beginning of the XXI century and he is finishing his term as Worshipful Master.

Two years ago, the decision of creating this Blog appeared. The conditions to post are simple:
Only Master Masons of our Lodge can Post.
Freedom of speech is absolute, no restrictions or censorship.
The Blog does not belong to Lodge, but it’s written by Master Masons of the Lodge.

It was named “ A Partir Pedra” that mean’s literally translated - To Break a Stone – in a clear reference to the traditional Masonic work.

It started as “let’s see what happens! “

Today it’s a 90 000+ visitors Blog, almost 85 e-mail subscribers, and at the best of our knowledge read basically by Brazilian and Portuguese Masons and non Masons.

We have visitors from more than 50 countries, and received comments from all over the World.

We try to publish 5 posts per week, and to involve our readers in Q&A threads, they Ask we Answer.

Two years later we are still here and we have ideas for the future.

We have covered a few issues, but our mainstream is Masonic themes. We practice in Lodge the Ancient and Accept Scottish Rite for the first three degrees – Apprentice; Fellow craft; Master Mason – as it’s the main rite in our Grand Lodge.

This way most of our texts when approaching Masonic Themes are influenced by the AASR.

We, Rui Bandeira mostly, covered also the History of our Lodge, basically with and article about each W. Master and every important event.

Issues like environment, energy shortage, medical advances, and solidarity among others are also treated in the Blog.

Hope that this small post, that I ask you to comment and ask any questions you wish, is the opening of our Blog to the English speaking Brethren thus making another step to Universal Freemasonry Brotherhood.
José Ruah

01 agosto 2008

É Agosto - é Tempo de Perguntas e Respostas

Carissimos Leitores

O Rui foi de férias, merecidas.

Neste Blog com maior ou menor assiduidade escrevem mais pessoas, e estando o "escrevinhador-mor" ausente, devem os demais assegurar a produção.

À semelhança do ano passado aqui vos deixo o desafio de fazerem as perguntas que quiserem que eu responderei conforme souber.

Tenho também que acabar o post sobre " Como entrar na Maçonaria" e poderão eventualmente aparecer algumas noticias interessantes.

Cá vos espero


José Ruah

31 julho 2008

Reposição de textos do primeiro ano do blogue


Dois problemas há muito pairavam no meu espírito relativamente ao blogue.

Um, o facto de a estrutura organizativa de um blogue enterrar nas profundezas do seu arquivo textos que merecem ser lidos por quem só veio a conhecer o blogue depois de eles terem sido publicados. Ou de serem relidos por quem já os leu, mas os deixou ir deslizando pela inevitável corrente do esquecimento.

O outro, a inevitável necessidade de férias e a possível quebra do desde o início vigente e quase sempre garantido ritmo de publicação de, pelo menos, um texto por dia útil. Há dois anos, no entusiasmo de um blogue recém-lançado, entre os três mais assíduos autores de textos lá conseguimos falhar pouco esse ritmo. O ano passado, as despesas do blogue em Agosto foram quase por inteiro assumidas pelo José Ruah, com uma pequena ajuda do JPSetúbal - que eu declarei descanso absoluto e ausência total de publicação em Agosto. Não sei se este ano o Ruah terá a mesma disponibilidade que o ano passado - uma das coisas que fazem este blogue ser como é, com as suas virtudes e defeitos, com o interesse que possa ter e a variedade possível, é que quem nele escreve nunca combina nada sobre a escrita no blogue com os outros. Ganha-se em liberdade, em frescura, o que se perde em programação, em organização. Por sua vez, o JPSetúbal, como se pôde ultimamente verificar, tem estado de pousio - por razões que os demais autores de textos sabem absolutamente justificadas e, até, tornando inevitável esse pousio - e não sei se recomeçará a sua escrita ainda durante Agosto. Resumindo, em matéria de textos aqui no A Partir Pedra, as perspectivas de Agosto apontam para alguma secura - que eu também me arrasto até férias e anseio por um mês inteirinho a não fazer nada do que fiz nos últimos onze meses, escrita no blogue incluída.

Esta possível secura em Agosto de alguma forma preocupou-me, por daí resultar uma quebra na regularidade de publicação e, assim, do hábito de nos ler que muitos dos nossos leitores, com muito agrado nosso, já criaram. E não me consolava o facto de Agosto ser o tradicional mês forte de férias em Portugal, em que meio mundo está a banhos, na terra ou em viagem e o outro meio arrepela-se por assim não estar... É que não me esqueço que cerca de dois terços das visitas a este blogue vêm do Brasil e aí Agosto não é mês de férias generalizadas como em Portugal...

Repararam, talvez, que, no parágrafo anterior, o verbo "preocupar" foi utilizado no pretérito perfeito. É que penso ter encontrado uma solução que, em simultâneo, permite minimizar os dois problemas indicados: Agosto, aqui no blogue, vai ser mês de REPOSIÇÃO DE TEXTOS DO PRIMEIRO ANO DO BLOGUE. É isso mesmo: no texto de hoje, indico atalhos para 31 textos meus publicados no primeiro ano do blogue. Um por cada dia, incluindo fins de semana e feriados!

Duas notas: a primeira é que optei por escolher só textos meus, por me ter sentido incapaz de seleccionar (e seleccionar implica escolher, pôr uns e excluir outros) textos que não são de minha autoria. Os meus textos, ainda consegui seriá-los por ordem de relevância, da relevância que eu atribuo ao que eu escrevi. Confesso-me incapaz de seguir, com o indispensável rigor, um critério coerente da relevância que os outros autores de textos no blogue atribuem ao que eles escreveram. E não quis correr o risco de seleccionar textos deles que eles próprios excluiriam em comparação com outros que publicaram. De qualquer forma, ainda bem: fica a ideia e, se tiverem tempo e vontade, talvez os outros autores de textos oportunamente efectuem uma selecção dos seus textos.... A segunda é que não estou a insinuar ou a desmotivar os outros autores de textos no blogue de publicar em Agosto. Se puderem e quiserem, quaisquer textos que eles publiquem são bem-vindos e, certamente, apreciados pelos nossos leitores. Quem não vai publicar nada em Agosto sei eu quem é: a minha pessoa!

Portanto, caros leitores, sem prejuízo de serem publicados textos em Agosto por outros autores no blogue, mas em substituição da minha certa ausência durante este mês, aqui vos deixo 31 atalhos para outros tantos textos que publiquei no primeiro ano do blogue. Cada um fará como entender: ler um texto por dia, lê-los todos de uma vez, ler uns quantos primeiro, outros depois e outros ainda mais tarde... ou ignorar estes atalhos. Neste espaço, a Liberdade está dos dois lados: de quem escreve e de quem lê (ou não...). Como não podia deixar de ser!

Os atalhos são apresentados por ordem de publicação dos respectivos textos no blogue. Começa-se por um texto muito bem disposto, que me deu muito gozo escrever. Não se esqueçam de ler os comentários: uma cunhada colocou ali uma resposta à altura... Segue-se um texto sobre o processo iniciático, uma série de textos sobre as Colunas, que também muito gostei de escrever, uma outra sobre os Landmarks e uma terceira sobre os Antigos Deveres. Seguem-se dois textos que considero essenciais para se compreender a Maçonaria Regular, sobre as razões para se não ser e para se ser maçon. Os quatro últimos textos procuram registar aspectos da História da GLLP/GLRP e da Loja Mestre Affonso Domingues, sendo os últimos três um início de uma série que se prolongou por todo o ano seguinte e - espero - terá actualizações anuais.

Espero que apreciem estes textos do primeiro ano do blogue. Por mim, até Setembro, se o Grande Arquitecto a isso não objectar. Eis então os atalhos, indicando-se um por cada dia do mês:

Rui Bandeira

28 julho 2008

Em busca dos assinantes perdidos

Durante parte do fim de semana e do dia de hoje, o ícone que, na banda direita do blogue, indica o número de assinantes do blogue indicou, não os 76 assinantes que efectivamente estão activos, mas apenas 5.

Estive este fim de semana e quase todo o dia de hoje sem acesso a um computador e não pude verificar o que se passava - apenas tinha comigo o meu PDA, onde recebi uma mensagem avisando-me da ocorrência e através do qual acedi ao blogue e verifiquei a veracidade do aviso, mas que, por limitações tecnológicas de comunicação de dados, não me possibilita introduzir palavras passe, quer no Blogger, quer no Feedburner. Tive que me limitar a especular sobre o que acontecera. Seria que houvera um súbito e em larga escala desinteresse pelo blogue? Existira alguma virose que atacara o registo de assinantes? Alguém acedera, apesar das habituais seguranças, à administração do registo de assinantes e apagara a quase totalidade dos existentes? Ou apagara mesmo todos e já houvera cinco reinscrições? Teria sido acidente ou deliberado? Que fazer para corrigir a situação o melhor possível? E para evitar que o que sucedera não voltasse a acontecer?

Afinal, chegado à noite a sítio com acesso a um computador com Internet, acedido o blogue, a normalidade estava reposta: 76 assinantes - os que o blogue presentemente tem.

Afinal o que existiu foi apenas uma falha ou uma interrupção de serviço, porventura para manutenção, do Feedburner! E o facto de o ícone indicar 5 assinantes e não os 76 existentes também tem uma explicação simples. Conforme podem ver na banda direita do blogue, há duas maneiras de receber avisos ou os textos do A Partir Pedra: via RSS ou mediante recepção de correio electrónico. No caso do A Partir Pedra, presentemente temos activos 5 assinantes via RSS e 71 via correio electrónico. A anomalia ou suspensão do serviço do Feedburner só abrangeu estes últimos. O serviço de RSS manteve-se sempre operacional. Daí manter-se o registo desses 5 assinantes visível.

Enfim, uma ocorrência felizmente rara, mas sem gravidade ou consequências aborrecidas. E ainda bem que ocorreu ao fim de semana, numa altura em que se não publicaram textos no A Partir Pedra.

Tudo como dantes, quartel-general em Abrantes! Amanhã regressa-se ao normal, nos três últimos dias que antecedem as minhas férias!

Rui Bandeira